sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Cara feia, fala fina e lero-lero.

     O discurso de Osmarina Silva é recheado de 'veja bem', 'no que concerne', 'crise ambiental' e 'pensamento estratégico'. Puro lero-lero e conversa oca que não conseguem esconder o (des)preparo da candidata do PV para ocupar a Presidência da República. 

     É bom lembrar que Osmarina foi analfabeta até os 16 anos, quando fez o Mobral e dois supletivos, antes de entrar para a Universidade Federal do Acre. 
   
      O repórter Lúcio Flávio Pinto, do jornal O Estado de São Paulo, escreveu um artigo quando a senadorinha da fala fina foi escolhida por Lula para ocupar o Ministério do Meio Ambiente. Ele disse:
   
      "Para vários auditórios qualificados regionais, Marina Silva é uma referência distante. Mais ainda do que isso: em relação a diversas faces do caleidoscópio amazônico, não há uma manifestação da ministra que traduza um conhecimento de causa a respeito. Para uma região tão ampla e complexa, o saber de Marina pode estar perigosamente especializado em Acre. Ou estar enviesado, como se diz, pelo tipo de interlocução internacional que tem tido.
   
       "Ela passou a ser interlocutora freqüente de ONGs de amplitude mundial e de agências multilaterais, como o Banco Mundial e a ONU, ou mesmo de outros governos, como a Usaid, a agência de cooperação internacional dos Estados Unidos, de passado atribulado, que tem tido participação destacada no Acre. O Estado do Acre é pequeno e específico demais, e suas saídas precárias demais, para ser um modelo aplicável a toda a Amazônia."
   
       "O valor da nova ministra do Meio Ambiente deve ser relativizado por esse seu universo de experiência. Além do mais, ainda que a Amazônia seja item essencial na agenda do seu ministério, os temas que vão exigir a atenção da Marina possuem uma transcendência notavelmente maior do que a região, que ocupa 60% do território nacional, numa fronteira de biodiversidade natural que abriga pouco mais de 10% da população brasileira, hoje fortemente concentrada em cidades que se consolidam sobre a agressão ao ambiente em torno delas. Um dos terrenos pioneiros para a ministra será justamente o urbano, para o qual será pressionada a se interessar com atenção cada vez maior – e impaciência crescente".

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