quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Contra o PT

      
       Eu votei em José Serra por falta de opção. Na eleição para Presidente da República, todos os candidatos eram de esquerda, não havia entre eles nenhum que defendesse explicitamente os ideais conservadores dos brasileiros. Estranho. Afinal, nós somos um povo religioso, nossa cultura é fortemente influenciada pelos valores morais do cristianismo, o brasileiro, em sua maioria, é contra aborto, contra legalização de droga e contra prostituição. 

      Pesquisas recentes revelam que a maioria esmagadora dos brasileiros rejeita ou tem restrições ao homossexualismo (é bom ressaltar que o brasileiro não aceita qualquer violência contra os homossexuais).
   
      Quer ver mais? Pergunte ao brasileiro se ele quer socialismo ou comunismo. Ele vai dizer que a propriedade privada é um direito, que ele não aceita invasão de terra nem de propriedade urbana; que ele quer democracia, liberdade de credo, de expressão e de ir e vir; que ele quer o direito de cuidar de seus filhos, de lhe dar palmadas, se for preciso. E não quer que lhe digam se ele pode fumar, comer carne, comer muito ou comer pouco. 
   
        Brasileiro quer trabalhar para ter vida boa, não para dar boa vida para os burocratas do governo, que lhe tiram quase metade do que ele ganha sem devolver-lhe nem uma décima parte do que ele tem direito. Brasileiro também não quer trabalhar para continuar engordando a república de sindicalistas e mensaleiros, nem contribuir com seu suor para ajudar 'aloprados' a empilhar dinheiro. Ora, se brasileiro é assim, por que só tem esquerdista falando em nome dele?  Por que não existe partido conservador, de direita, no Brasil?
   
        Falar em direita, hoje, no Brasil virou anátema. Parece que o único modelito que existe é a direita fisiológica, patrimonialista, chegada a maracutaias entre amigos, falsos moralismos, voto de cabresto e coronéis, representada por Malufs, Sarneys, Renans, Barbalhos, Collors, todos da base aliada do PT, por sinal.

     Não mesmo. Para me representar, e a milhões de brasileiros, eu quero um partido que defenda os valores da civilização a que pertenço, fruto da moral cristã, do direito romano e da filosofia grega.

   
     Et pour cause, eu luto contra o projeto de poder que o PT quer implantar e está em curso no Brasil. As Atas do Foro de São Paulo existem e revelam uma realidade: o plano de recuperar na América Latina o que foi perdido na URSS e no resto do Leste Europeu com a queda do Muro de Berlim, em 89. Isto não é minha opinião. São fatos e dados. 
     
       Tenho dedicado grande parte de meu tempo a muitas páginas de livros, aulas, vídeos, palestras e sites sobre o assunto. Que o PT é um partido revolucionário, marxista-leninista gramsciano só não vê quem não quer. O Partido dos Trabalhadores engana a muitos, mas não a todos.
   

       Sobre eleger Serra, fazia sentido. Primeiro, porque ninguém precisava provar que, para ocupar a Presidência da República, ele era muito mais qualificado que Dona Redonda. O caso não é de ver pra crer, tá na cara. Segundo, Serra representava um respiro e uma folga para que as forças conservadoras se reorganizassem e ocupassem o espaço que elas têm a obrigação de ocupar. Os conservadores e a direita têm  direito à existência, nas democracias eles devem existir.
   

       É de rir esta bobagem de que Serra é de direita; ele é, no máximo, a direita da esquerda. O PSDB é a esquerda social-democrata, de matriz européia, clientelista, que defende a distribuição de renda com Estado forte e alta taxação. A diferença com o PT é que o PSDB aceita a alternância de poder.
   

       O Partido dos Trabalhadores é outra coisa. O PT faz crer, através de camuflagens, volteios e dissimulações, que ele não é o que realmente é: um partido marxista-leninista, empenhado na implantação de um projeto totalitário de sociedade socialista. O PNDH-3 é uma pálida amostra de seus arreganhos ditatoriais.
   

       Para entender a via petista, basta‎ prestar atenção ao discurso do representante do Partido Comunista Cubano, na reunião do Foro de São Paulo, em 2007, em San Salvador/Nicarágua:
   

       "Aprovechar los espacios institucionales conquistados por medio de la lucha eleitoral puede, em las actuales condiciones, constituir un paso importante em el camino hacia la edificación de sociedades socialistas, si es que somos capaces de utilizarlos para la necessaria acumulación política que nos permita transformar el poder oligárquico en poder popular" Na novilíngua, 'poder popular' quer dizer 'Estado socialista'.  
   
        Mas - ninguém se iluda - a esquerda encarnada por alguns setores do PSDB não chega a ser exatamente coisa de sacristão. Ela flerta com a agenda globalista da ONUque visa enfraquecer dos Estados nacionais e a tradição cristã, que é o fundamento da civilização ocidental.

        É isto o que quer, no fundo, o politicamente correto, em que o cidadão, esquizofrenicamente, não decide nada - tudo é proibido (fumar, comer sal, açúcar, dar palmada, possuir armas) mas pode tudo (abortar, praticar eutanásia, casar com o poodle, fumar e cheirar, por aí).
  

        Eu quero o Estado mínimo, que cuide dos realmente pobres, mas estimule o empreendedorismo, a determinação das pessoas em cuidar de suas vidas e ser responsáveis pelo seu sustento e sucesso. Brasileiro é que tem de mandar no seu próprio nariz. 

        Esta horda de ONG's que defendem os "direituzumanos" e que nadam em dólares e dinheiro do governo (dizem ser organizações NÃO-governamentais, sei) estão enfiando na cabeça dos brasileiros a idéia de que todo mundo tem direito de viver à custa de Estado porque é pobre, porque é preto, porque é índio, porque é gordo, porque é homossexual, porque é zarolho, porque é coreano. Cazzo!
  

        O Estado tem de sair das costas e de cima da cabeça do indíviduo. Tem de respeitar a propriedade privada e as liberdades de expressão e de credo,  E mais: o Estado laico não deve ser confessional, mas o governo eleito tem de representar o povo. Se o povo brasileiro é majoritariamente cristão (95% é maioria), como é que o PT -  e, se deixar, também o PSDB - quer empurrar  o aborto goela abaixo? O povo não quer. Ponto final.

Nenhum comentário:

Postar um comentário