sábado, 31 de dezembro de 2011

Carniceiros?! Deviam comer alface.

     

     
Começou. Na capa, o Velho comunista descansando ao sol; dentro, a lista de 233 'torturadores', coronel Brilhante Ustra encabeçando. É o Especial Prestes, publicado na primeira edição de 2012 da Revista de História da Biblioteca Nacional, financiada inteiramente com dinheiro público.  http://www.revistadehistoria.com.br/secao/na-rhbn/especial-prestes   
     Vamos ver se eu entendi. Os revolucionários de esquerda acusam a ditadura de, deliberada e sistematicamente, torturar e violar os direitos humanos. Não são abusos - dizem . É método - garantem.
    Os ditadores também reprimem e cerceam a liberdade de expressão, é outra acusação. Engraçado é que os revolucionários alardeiam os desmandos no momento mesmo em que, usando de liberdade de expressão, listam como torturadores 233 militares e civis, com nome, sobrenome, patente e função, sem que, depois, nada lhes aconteça.  Ninguém é torturado, nem por fazer a lista nem por divulgá-la na imprensa. Não é interessante esta ditadura?
 A lista dos 233 'torturadores' foi redigida em 1975, por um grupo de 35 presos políticos, que estavam cumprindo pena nas cadeias. José Genoino era um deles. Alguns jornais na época fizeram um registro do assunto,a lista foi publicada na íntegra, em 1978, no Em Tempo (jornal alternativo infestado de revolucionários de todo tipo e peça fundamental na criação do PT).
       
     Agora, me diz: como é que, no auge do poder, uma ditadura que matava e esfolava, torturava e trucidava, deixa que se publique uma lista desta natureza? Como um regime sangrento, opressivo e assassino permite a circulação de um jornal de comunistas notórios e conhecidos, que publicam uma lista com nome, sobrenome e função de torturadores que servem nos organismo da repressão e nenhum dos responsáveis pela publicação é preso, torturado, trucidado e esfolado? Mas a lista não quer provar precisamente que a repressão é um bando de carniceiros monstruosos que torturavam ouvindo música clássica?! 
     E mais: a lista tinha sido elaborada por presos políticos que estavam cumprindo pena dentro das cadeias, nas mãos dos 'carniceiros'. Ora, era só ir lá, pegar um por um e dar um 'corretivo'. A mera circulação e existência de um jornal como Em Tempo é prova de .... liberdade de expressão! Este deve ser um 'exemplum in contrarium' de que fala o professor Olavo de Carvalho.






Especial Prestes

O acervo pessoal de Luiz Carlos Prestes, que será doado por sua viúva, Maria Prestes, ao Arquivo Nacional, traz entre cartas trocadas com os filhos e a esposa, fotografias e documentos que mostram diferentes momentos da história política do Brasil



  •  Os donos do chumbo: veja a lista de 1975 com os nomes de 233 torturadores, conforme consta no relatório da IV Reunião Anual do Comitê de Solidariedade aos Revolucionários do Brasil encontrado no acervo pessoal de Luiz Carlos Prestes


  •  A viúva Maria Prestes conta as histórias de uma vida digna de roteiro de cinema, que inclui prisão, fuga, clandestinidade e, claro, amor

2 comentários:

  1. Caros amigos e amigas

    Faz algum tempo eu ecrevi um email no qual da conhecimento à voces da publicação, no ano de 2010, do livro UM TEMPO PARA NÃO ESQUECER 1964-1985 de autoria do comunista RUBIM SANTOS LEÃO DE AQUINO.
    Coloquei que neste livro tem um capítulo chamado MANDANTES, EXECUTANTES E CONIVENTES COM A TORTURA E A MORTE DE PRESOS POLÍTICOS no qual ele cita nominalmente mais de 1500 pessoas entre militares, policiais, PMs, médicos, advogados etc. em ordem alfabética e não de importância.
    De cada um deles ele dá o NOME, CODINOME, ONDE SERVIA, QUE FUNÇÕES EXERCIA, ONDE ATUAVA, SE RECEBEU MEDALHA DO PACIFICADOR COM PALMA. etc
    Como fontes ele cita: Diários Oficiais, Almanaques do Exército, Marinha e Aeronáutica entre outras obras como Brasil Nunca mais, documentos de presos políticos brasileiros, Esquerda armada. etc.
    Ao citar uma das fontes, ele diz textualmente o seguinte: "depoimentos de militantes que viveram e lutaram naquela época tenebrosa e de sonhos que continuam vivos em muitos de nós ".
    O livro é cheio de detalhes que, garanto, muitos militares nunca tomaram conhecimento.
    O fato é que à época que fiz o referido email, ninguém se deu conta, como estão fazendo agora, que a vingança já havia começado.
    A única diferença entre o livro, que deve estar sendo o livro de cabeceira da petralhada da comissão da verdade, e a revista citada é a origem do dinheiro que os produziu. O dinheiro da revista saiu do nosso bolso.
    Rogerio

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  2. Com o advento do "reino esquerdista", como estamos vivenciando, procura-se eliminar todas as oposições e ideias contrárias à concepção do partido no poder que pretende ser único, fazendo prevalecer a ideia totalitária, conforme aconteceu no passado e, ainda persiste em alguns paí­ses erigidos a verdadeiros "museus vivos".
    O fato é que os militantes comunistas cometem as maiores atrocidades conscientemente acreditando descaradamente que a ideologia sociopolí­tica criminosa que professam os elide de qualquer culpa.
    Assim, pelo viés ideológico tentam fazer prevalecer a "˜memória seletiva" em que muitos ignoram ou fingem desconhecer que nos paí­ses do Cone Sul - quem pegou em armas, assaltou, sequestrou, roubou, assassinou, vitimou civis inocentes, alheios à ideologia revolucionária foi reconhecido pelo poder público como vítima e recebe polpudas indenizações, pensões e aposentadorias, enquanto que as VERDADEIRAS VÍTIMAS DA SUBVERSÃO ARMADA foram esquecidas pelo mesmo poder público, ou seja, os SUBVERSIVOS enriquecem a custa do dinheiro público e as VERDADEIRAS VÍTIMAS permanecem no limbo jurí­dico, inclusive como seres humanos, o que significa negação da própria pessoa humana.
    Porém, a tal "comissão da verdade" mesmo com seu viés esquerdista pode, com o debate que se seguirá, trazer a lume muitos documentos ainda não conhecidos do público.
    rivadavia

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