sábado, 28 de julho de 2012

Escravidão Islâmica


       "Sandice é dizer que a Igreja legitimou a escravidão. A Igreja sempre condenou a escravidão, embora fosse obrigada a aceitá-la quando não tinha forças para mudar a situação. Em Roma, logo que a população do Império Romano converteu-se ao cristianismo, acabou a escravidão, não sendo sequer necessária uma lei de libertação dos escravos. 

      Durante os mil anos da Idade Média, a escravidão desapareceu na Europa. Continuou sempre a existir entre os árabes e na África, não entre os cristãos. No Renascimento, com o poder declinante da Igreja na Idade Moderna, voltaram o paganismo e a escravidão, herdados da cultura greco-romana. 
      
     Ao contrário dos cristãos,  os muçulmanos sempre praticaram a escravização, pois, para o Islã, o que não crê, o ímpio, pode ser escravizado. Os negros que vinham para o Brasil,  atender à necessidade de mão-de-obra crescente da economia mercantil colonial, eram comprados de comerciantes árabes muçulmanos e dos próprios negros africanos, convertidos ao Islã.  

    Para cá, vieram muitos reis e nobres africanos, vendidos por seus desafetos como escravos. Segundo o historiador Alberto da Costa e Silva , "a presença européia na África era, portanto, muito limitada. Discreta. Não se comparava à do Islam, que desde o século IX, atravessara o deserto e se fora lentamente derramando pelo Sael e a savana. 

    Nos começos do século XI, os reis de Gaô e do Tacrur já eram muçulmanos e, na segunda metade do XIII, um mansa, ou soberano do Mali fazia a peregrinação a Meca.(...) Reinos, como Daomé (ou Danxomé), negreiro quase que desde o seu início, tomaram forma e força sob o estímulo do tráfico de escravos".  

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