domingo, 14 de outubro de 2012

O que intriga em Joaquim Barbosa

        Joaquim Barbosa vem sendo cantado em prosa e verso como herói. Pensando bem, ele não fez mais que a sua obrigação: cumpriu a lei. Tem meu apoio e respeito, podia estar na posição do ministro Lewandowski: de quatro. Em vez de absolver os mensaleiros, Barbosa está mandando todo mundo para a cana.

    Intrigante é o seu voto em Dilma Rousseff, em 2010. Na campanha eleitoral daquele ano, José Dirceu, 'indiretamente' (como ele diz), foi um dos coordenadores da campanha de Dilma e ajudou a costurar as alianças políticas nos palanques. Todo mundo sabia. 
   

    Quando votou em Dilma, Joaquim Barbosa já era o relator da Ação Penal 470 (o mensalão) desde 2007, data do recebimento e aceitação pelo STF da denúncia do Ministério Público dando conta que José Dirceu era o chefe da quadrilha formada no governo Lula para comprar apoio político no Congresso, em parte com dinheiro público. Barbosa conhecia, na época, todos os fatos que estão no seu voto. 

    Aliás, Joaquim Barbosa também votou em Lula em 2002 e em 2006, mesmo depois do escândalo do mensalão explodir.

    Estranho.

2 comentários:

  1. O problema deste ministro é que põe os pés pelas mãos e está transformando STF em um circo.

    Seus argumentos jurídicos, bem como sua educação para com os colegas, são pífios, sempre refutados.

    É barraqueiro e não necessitamos disto.

    ResponderExcluir
  2. Cara, Miriam.

    Eu também não entendi muito bem esse gesto do ínclito ministro Joaquim Barbosa, talvez tenha sido por agradecimento a Lula por sua nomeação. Se foi, a coisa não cheira bem e se torna algo turvo em sua biografia. Só ele poderá esclarecer essa dúvida, enquanto não o faz permanece estranho, muito estranho esse caso.

    Abraço.

    ResponderExcluir