sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Ex-chefe militar diz pede desculpas a Fujimori no Peru





11/16/12-  Diário do Pará 
     O ex-presidente perunao, Alberto Fujimori, é acusado de ser o autor intelectual das matanças conhecidas como Barrios Altos e La Cantuta, nas quais foram executadas 25 pessoas pelo Grupo Colina por suspeitas de pertencerem à guerrilha Sendero Luminoso.
         O ex-chefe de um esquadrão da morte do Peru, Santiago Martín Rivas,  desculpou-se com o ex-presidente Alberto Fujimori por tê-lo acusado de ordenar a matança de pessoas na luta contra a guerrilha no país durante seu julgamento por abusos aos direitos humanos, que começou há um ano.

        Santiago Martín Rivas, ex-chefe do grupo militar Colina, disse em um processo contra Fujimori
que foi "induzido ao erro" em uma declaração gravada em vídeo que foi apresentada como
prova contra o ex-presidente.

      "Tenho que dizer a todas as pessoas ausentes, assim como o senhor presidente (Fujimori)
que está presente aqui, que quero pedir desculpas públicas pelos excessos verbais e pelos
excessos que cometi nesse tempo em que fui induzido ao erro", disse Martín Rivas na
audiência.

       O ex-militar  apresentou-se no julgamento para confirmar a autenticidade de suas declarações
gravadas em 2001 - quando era um refugiado da justiça local - e nas quais afirmou que
Fujimori aprovou os manuais de luta anti-subversiva que queriam aniquilar os grupos rebeldes.

O julgamento de Fujimori, de 70 anos, começou no dia 10 de dezembro do ano passado e
pelo tribunal já passaram dezenas de testemunhas entre civis, militares e até seu braço direito,
o ex-chefe de Inteligência Vladimiro Montesinos, hoje preso em uma base naval por corrupção
e tráfico de armas.
O ex-presidente é acusado de ser o autor intelectual das matanças conhecidas como Barrios
Altos e La Cantuta, nas quais foram executadas 25 pessoas pelo Grupo Colina por suspeitas
de pertencerem à guerrilha Sendero Luminoso.
Fujimori, que governou o Peru entre 1990 e 2000, antes de ser destituído pelo maior
escândalo de corrupção da história do país, negou várias vezes sua vinculação com o
esquadrão da morte.
"Como em outros vídeos, fiz afirmações sobre algumas pessoas e alguns órgãos, imputandolhes algumas responsabilidades penais, que não me constavam naquele momento e nem me
constam agora", disse Martin Rivas no tribunal. (Reuters)
http://www.diariodopara.com.br/impressao.php?idnot=20243

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