A gente morre por tão pouco. Por uma baladinha mixuruca, música ruim, barulheira, aperto, bebida vagabunda e banheiro sujo. Como diria Bernanos, "meu grande medo não é morrer, mas morrer como um imbecil".
Agora, imagina esta outra realidade: dois jovens, dois meninos, duas crianças, chorando a morte da mãe, de 46 anos, que se largou com o 'namorado', de 36 anos, para uma balada. Com 46 anos, a mulher poderia ser mãe de 90% dos jovens que estavam na boite Kiss.
A filha disse que ela 'adorava a juventude'. Eu também adoro, tenho filhos entre 20 e 28 anos. Mas há muitos e muitos anos não me passa pela cabeça estar a requebrar freneticamente em casas noturnas, bebendo e berrando, que é o que dá para fazer em vista dos decibéis praticados nestes eventos.
É comum pessoas criticarem o fato de eu não ir para 'baladas', argumentando que a juventude é questão de cabeça.(já eu acho que está na cara hehe). É a confusão entre ser jovem e ser jovial. Eu, com 59 anos, sou, no máximo, jovial.
PS:Curioso que a matéria trata Luís Antonio como 'marido' e 'padrasto' dos jovens e eles sequer referem-se a ele. É como se ele nem existisse. É que quando a imprensa fala de 'padrasto' e 'marido' ela está se referindo geralmente ao 'namorado da mãe'.
http://tvg.globo.com/programas/mais-voce/O-programa/noticia/2013/01/jovens-perdem-a-mae-em-tragedia-em-boate.html
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