terça-feira, 3 de junho de 2014

Sexo, Sufismo e Mentiras: Quando Olavo é Traído por Sidi

quarta-feira, 4 de Junho de 2014


Nesta publicação, o Prometheo Liberto traz ao público aquela carta dentre toda a correspondência trocada entre Olavo de Carvalho/Sidi Muhammad e Martins Lings que é a mais comprometedora. Nelas pode-se ver Lings dando as solicitadas instruções a Sidi de como pagar o zakat (esmola), um preceito exotérico do Islã. Ora, se Sidi Muhammad fosse apenas sufi, como ele alega, estaria desobrigado de pagar o zakat, pois tal preceito só deve ser seguido pelos muçulmanos. Assim, a submissão de Sidi Muhammad ao preceito exotérico de pagamento do zakat é uma prova de sua conversão. Lings menciona ainda que Sidi era o líder da comunidade dele. Logo, cabia a ele decidir como usar o dinheiro arrecadado com o zakat. Dito isso, não há mais como sofismar sobre a conversão de Olavo ao Islã.

Outro fato desabonador sobre o passado do embusteiro consiste na afirmação de Lings de que as mulheres da tariqa eram iniciadas mediante intercurso carnal com pessoa do sexo oposto. Logo, os rituais da tariqa envolviam relações sexuais. Numa discussão travada com  Caio Rossi pelo Orkut, Sidi Muhammad disse que a tariqa do Schuon era uma esculhambação e havia troca de casais. Acrescentou que, mais cedo ou mais tarde, iria revelar os nomes do tariqueiros que faziam swing. Como Sidi é mitômano, essa informação isoladamente soaria pouco crível, mas após ler-se a carta de Lings, vê-se que é verossímil.  Desse modo, ficam as perguntas:

1) Sidi Muhammad só assistia à iniciação das mulheres ou também participava desse ritual? Sua esposa foi iniciada com o marido ou com algum outro homem?

2) 
Havia mulheres solteiras na tariqa. Quem as iniciava?  A Sharia não permite que uma muçulmana solteira tenha relações sexuais. Schuon permitia a violação da Sharia em sua tariqa ?

3) O que foi feito das crianças eventualmente geradas nesses bacanais sufi?

4) Qual o interesse honesto haveria em esconder uma supostamente abandonada conversão ao Islã?


Eis a transcrição dos originais da réplica de Martin Lings a consulta prévia do Olavo:

"Dear S. Muhammad.

Thank you for your recent letter. Here are the answers to your questions, and to those of Sa. Sahlah, during our telephone conversation.

1. The zakat is not an easy matter. In a general way it is 2,5 % of one's income after taxes, or if one has an independent fortune, one can tax the revenues derived from the interest or income that is drawn from it yearly. In cases of need, where the income barely covers the expenses of life, then one need pay no zakat, obsviously. The zakat can be collected and kept for emergencies, for fuqara who are ill or helpless, for travel to Bloomington, for fuqara who do not have enough to live on, etc. The leader of the community can decide how to use it -- in this case, you. Zakat is normally paid once a year, after Ramadan, but it is enough to pay once a year. Those who cannot pay money, can offer zakat in other ways: basically by helping others, in an informal manner. Those who feed others a great deal can also be considered to be paying a zakat.

2. Since there are only three of you who are initiated, you cannot chant the Name aloud. You may lead a chant of the Shahadah ( first Shahadah ) instead: 100, 300, 500 ... 1000 times. Then you may keep a long silence to invoke silently. The women do not have to be in a different room, simply in back of the men, as in Bloomington.

3. The woman is initiated by man during the sexual act - assuming no interference by birth-control devices. There is no initiation apart from this contact.

4. For the French editions of Understanding Islam and The Transcendent Unity, you must contact "Edition du Seuil" 27 rue Jacob 75261 Paris. As you know, one should use the 1979 edition ( the newest ) of Transcendent Unity, since the Shaykh revised the older edition.

5. S. 'Abd al Aziz = Hernan Cadavid - 208 S. Jefferson St.
    S. 'Abd al Latif = Michael Pollack 3280 Inverness Farm Rd.
Both are in Bloomington, IN 47401.

6. We do not yet know when exactly S. Abu Bakr is coming. But he usually comes the last week in August through the first week in September. And yes, it is all right if all five of you come.

One small correction, Sidi: one should not say, "Je prie Dieu qu'il soit toujours satisfait de vous" to the Shaykh. No doubt your intention was to follow the Arabic "radiya 'Lláhu anhu", which is normally said or written after the names of saints. But it is only done after the saints has died. It is best left in such cases in the Arabic, rather than translated, as it sounds peculiar in a European context, and really makes sense only in Arabic, owing to its Koranic connotations. For the Shaykh it is enough to say, "may God bless you always", or something of the kind.

We often think and speak of you, and we all hope you will be able to visit us again soon. Please algo give my best greetings to S. Abd Allah and the other Friends.

With all my best wishes.

Abu Bakr Siraj Ad-Din  (Martin Lings)"

http://libertoprometheo.blogspot.com.br/2014/06/sexo-sufismo-e-mentiras-quando-olavo-e.html?spref=fb

3 comentários:

  1. Cara Mírian,

    Queria agradecer pelo seu apoio e pelo esforço que a senhora tem feito para denunciar as mentiras do cavalheiro, que, tal e qual o PT, fez a sua carreira denunciando outros charlatões, mas não só, pois não é pequena a lista de pessoas inocentes cuja reputação ele destruiu, ou tentou destruir, tudo com o fim de lançar um véu de santidade sobre a sua imagem pública. Temos mostrado factos e ele se limita a desviar a atenção atacando o mensageiro. Enfim, não se pode esperar melhor conducta de um linchador cujo passado verdadeiro, que nada tem a ver com o mito por ele criado, fará o feitiço virar contra o feiticeiro. É isso o que estamos a assistir pois já são milhares as pessoas que estão cientes do caso e dezenas já investigam o assunto por conta própria. Também é importante impedir que gente inocente continue a cair no engodo, como nós próprios caímos. Foi só há uns oito ou nove meses que confirmei que os erros dele em história e política não eram resultantes da ingenuidade, mas sim da má-fé, porém, estava longe de imaginar que o cavalheiro era ainda mais baixo do que um simples impostor intelectual.

    Um abraço.

    ResponderExcluir
  2. Não vi a primeira parte da correspondência, mas é óbvio que o ítem 3 se refere à mulher de um modo geral ("the woman" - no singular, não mulheres específicas dentro de uma tariqa, e "by man", singular e genérico). Se a pergunta foi sobre a existência de algum tipo de iniciação própria para mulheres (em algumas tradições tais existem, de fato), a resposta foi que, neste caso, a única iniciação é a que a mulher recebe do homem (subentende-se o marido) no primeiro ato sexual. Para quem entende um pouco sobre iniciação, isso faz perfeito sentido. A carta não contém nenhuma alusão a "esculhambação".

    ResponderExcluir