quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Está claro isso aí? (Caio Rossi)

quarta-feira, 27 de agosto de 2014


Há alguns anos eu publiquei, em meu antigo blog, uma lista de 10 passos para uma introdução ao perenialismo guenoniano. Muita gente me agradeceu por tê-los postado. Espero que esses 11 fatos iniciais - pois tem muito mais por vir - sejam suficientes para ajudar os leitores a entender melhor de que se trata, de fato, a desgraça chamada perenialismo, qual a sua verdadeira agenda e quem são seus agentes ocultos no Brasil. 


 1º Fato:

René Guénon era maçon e cripto-ismailita. Em outras palavras, um defensor e, mais do que isso, um  representante destacado de uma heresia entre os católicos e uma heresia correspondente entre os muçulmanos. O ismailismo é uma praga esotérica que se infiltrou no Islã - e domina sabe-se lá quanto do sufismo - e que, através dos templários, constituiu as bases da "moderna Maçonaria".

Percebi esse vínculo somente há algum tempo. Ao procurar mais sobre o assunto no Google, encontrei esse e-book em espanhol e descobri que haviam não só percebido esse vínculo antes, como também já estava escrito um livro imprescindível para se entender a farsa perenialista.

2º Fato:

O perenialismo guenoniano não é guenoniano: é ismailita. Ele já existia há séculos. O Simbolismo da Cruz, por exemplo, é um antigo tema ismailita que foi posteriormente desenvolvido por Guénon. Ele só fez dar aos preceitos dessa seita o upgrade necessário aos novos tempos, e contou, para isso, com o auxílio de organizações secretas.

3º Fato:

Historicamente, os ismailitas adotaram a estratégia de revezamento entre "ocultação" e "atividade pública", que se alternam de acordo com as condições objetivas que vão encontrando. Quando havia reação poderosa à sua agenda, adotavam a "ocultação" através do discurso duplo ou dúbio, conseguindo frequentemente se passar pelos mais ortodoxos dos fiéis.

4º Fato:

A agenda perenialista consiste em infiltrar uma "elite gnóstica" aparentemente ortodoxa e "conservadora" nas grandes tradições espirituais - sobretudo a Igreja Católica e o Islã - e controlá-las a partir de dentro e, uma vez estabelecido esse controle, conduzi-las à tal "religião mundial".

5º fato:

Mas René Guénon escreveu contra a "religião mundial"! Sim, assim como escreveu, sob o pseudônimo Sphinx, contra a maçonaria em uma revista católica pseudamente anti-maçônica. Releia o 3º fato se ainda não entendeu o que significa "ocultação".

6º fato:

Voltando à agenda perenialista:

De um blog brasileiro sobre perenialismo, resumindo o pastiche que Guénon faz entre uma profecia católica (a do Grande Monarca) e uma islâmica (sobre o advento do Mahdi):

Assim organizações iniciáticas e contra-iniciáticas se enfrentarão em um antagonismo dialético muito sutil; onde “o verdadeiro esoterismo está além das oposições que se afirmam nos movimentos exteriores que agitam o mundo profano, e se estes movimentos são por vezes suscitados ou dirigidos invisivelmente por poderosas organizações iniciáticas, pode-se dizer que estas as dominam sem se misturar, de maneira a exercer igualmente sua influência sobre cada uma das partes contrárias” (René Guénon, O Esoterismo de Dante) 

O papel das organizações iniciáticas e sociedades secretas seria duplo: restaurar para cada indivíduo «qualificado» o nível de consciência original, designado como estado primordial ou adâmico; acelerar em modo «subversivo» o processo de decadência coletiva que permitirá o advento de um novo ciclo, iniciado pelo «Grande Monarca» francês, o «Imperador Adormecido» germânico ou o «Mahdi» muçulmano. 


Entendam que, para Guénon, o "Grande Monarca" católico seria, ao mesmo tempo, o Mahdi muçulmano, o descendente de Maomé que irá resgatar o Califado.

7º fato:

Os ismailitas são uma vertente do xiismo, e herdaram de sua origem a crença de que cada "Profeta" teve um "continuador" (wasi) - quase que um "sub-profeta" - que daria prosseguimento a seu trabalho e que os descendentes desse "Profeta" - ou desse "sub-profeta"-  herdariam essa função.

Existe toda uma rebuscada explicação "arquetípica" para isso, mas o que importa, em termos práticos, é que os ismailitas acreditam, como os xiitas, que Maomé foi o "Profeta" e Ali, seu sobrinho, era seu "continuador", assim como os advindos do casamento desse com a filha de Maomé, Fátima (daí a doutrina xiita do imamato).

No caso do Cristianismo, o natural seria procurar um descendente direto de Jesus, o que se relaciona com a teoria gnóstica sobre uma dinastia advinda de sua suposta união com Maria Madalena (história essa que foi popularizada em um famoso bestseller).

No entanto, essa vertente é muito pouco crível. Mas existe outra: a do "sobre ti edificarei a minha Igreja". Sim, Pedro seria o "Ali" de Jesus Cristo para os ismailitas. O Grande Monarca católico seria, portanto, um descendente de Pedro, o "continuador" da revelação cristã, e, ao mesmo tempo, enquanto Mahdi, seria descendente de Maomé via Ali e Fátima.

Muitos ismailitas acreditam que Nargis tenha sido uma descendente de Pedro e que, por ser esposa do 11º Imã do xiismo, de sua prole sairá aquele que supostamente unificará as duas linhagens dinásticas de wasis (ou seja, o Grande Monarca/Mahdi). E é essa a convicção de um certo tariqueiro ameaçador com quem convivi por algum tempo.

8º Fato:

Os perenialistas menosprezam a moral das religiões. Para eles, o que importa é a metafísica que as embasa e, de sua prática, só querem uma coisa: o ritual! Segundo Guénon, em seu livro sobre iniciação, os ritos exotéricos de uma tradição - como as 5 orações diárias dos muçulmanos, ou a Eucaristia dos cristãos, etc. - podem passar a ter função também esotérica caso o indivíduo tenha sido "iniciado". Por isso, esforçam-se em ser os mais zelosos praticantes dos rituais das religiões que adotaram sem que isso signifique absolutamente sua adesão aos preceitos dessas mesmas religiões.

9º Fato:

A suposta iluminação gnóstica sempre esteve vinculada a uma figura feminina: Sofia, Spendarmat, Fátima (para os fatímidas ismailitas), Laila, ou nomes semelhantes, para os sufis (daí o nome da filha de René Guénon e da filha de um certo perenialista em "ocultação"), e também Maria, a mãe de Jesus. Não seria, porém, a Maria conforme compreendida pela tradição cristã (ou mesmo pela islâmica), mas o "arquétipo" ismailita com o qual a mãe de Jesus foi identificada como sendo uma das manifestações.

Segundo Guénon, o culto às Virgens Escuras ou Negras na Europa seria de caráter esotérico. Estima-se a existência de cerca de 500 imagens de Virgens Negras naquele continente. A Virgem Maria retratada por Frithjof Schuon também tinha a pele escura. Este, aliás, escreveu um artigo sobre a Virgem Negra de Czestotchowa, que era venerada também por Jacob Frank (da seita neo-sabataísta que se infiltrou na Igreja Católica, sobretudo na Polônia, e que também possui aparentes vínculos com os perenialistas). O perenialista Jean Hani dedicou um livro a essas virgens.

10º Fato:

Jutando-se o 8º ao 9º fato, temos que, entre as práticas católicas que tendem a ser muito apreciadas pelos perenialistas que se infitraram na Igreja, está a consagração à Virgem. Mas, como revela o fato acima, isso não quer dizer que a Virgem seja compreendida da mesma forma. Para eles, trata-se do "Eternal Feminine", como diz Hani, ou, se preferirem, a hindu Kali, segundo Schuon.

Por isso, fiquem atentos para um certo "pacto com Maria" fora da Igreja proposto por algum perenialista online, e desconfiem de algum sacerdote muito vinculado a algum perenialista "oculto", pois ele pode estar utilizando a fumaça das consagrações à Virgem para se camuflar de bom católico e, ao mesmo tempo, estar tentando atingir outros fins com essa prática.

11º Fato:

Segundo "um certo" brasileiro que foi muito ligado a Schuon, os romenos foram os que melhor compreenderam a obra de Guénon e até desenvolveram sua própria estratégia. A propósito, Guénon esteve de fato naquele país e foi amigo de Mircea Eliade, o famoso "historiador das religiões" romeno e um notório perenialista. Eliade, por sua vez, foi amigo do maçon e antigo praticante de Meditação Transcedental, Andrei Plesu (Pleshu), que defende a Angelologia ismailita, conforme exposta por Henri Corbin, que unificaria as 3 tradições abraâmicas. E, para coroar tudo isso, Plesu/Pleshu acredita que a União Européia deve se integrar espiritualmente ao Maghreb, o Norte da África, reproduzindo as antigas invasões bárbaras!

E daí eu fico me perguntando: quem mais estará na lista de amigos de Plesu/Pleshu? E quem mais tem vínculos com a Romênia? Aliás, além das razões de um Van Helsing, por que cargas d'água um estrangeiro moraria na Romênia, hein!?

Está claro isso aí ou quer que eu desenhe?
http://perolasdanovadireita.blogspot.com.br/#09633647766895592

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