domingo, 12 de outubro de 2014

Fraga, o bom menino mau

       Fernando Collor era um playboy e paraquedista que seduziu o país como 'caçador de marajás'. Eleito em 89, contra Lula, foi impichado menos de dois depois de ser empossado, todo mundo conhece a história. Hoje, é aliado de Dilma Rousseff contra Aécio Neves.


       Armínio Fraga, possível futuro Ministro da Fazenda do candidato do PSBD - e que nos faz tremer (justamente), por trabalhar com o megaespeculador, George Soros, em nome de quem pilotou pessoalmente a quebra da Tailândia em 1997 - , é o mesmo homem que modernizou os mecanismos legais para que o Brasil pudesse comprar e vender seus produtos, num tempo em que não se achava nem azeite importado nas prateleiras do supermercado. Ele ocupou um das diretorias do BC, no Governo Collor, a que cuidava de políticas internacionais.
        Nos anos 80, voltar do Estados Unidos ou da Europa e fazer compras no Brasil era caminho certo para querer se atirar pela janela, dada a indigência da oferta de produtos no Brasil. Tudo era reserva de mercado. Para comprar um computador, precisava marcar encontro com um contrabandista paraguaio, numa quebrada, à meia-noite, numa rua escura, falando baixo, em código, e olha lá!
        Pois é, foi Collor, o cangaceiro playboy, que começou a abrir o Brasil para o mundo e dar ao brasileiro o acesso a produtos importados. Ao mesmo tempo, a indústria brasileira, acostumada com o mercado cativo, teve de se virar e se modernizar para enfrentar a concorrência de fora. Quem não se lembra dos panos de chão que éramos obrigados a comprar para vestir?
        A memória é curta e sempre seleciona o que interessa. Mas, gente mais velha sabe que nada é preto no branco, nem tudo pode ser analisado e enquadrado em categorias de 'bom' e 'mau'. Lula ser eleito Presidente da República foi bom, era um (ex) operário, muita gente torceu o nariz mas mostrou que democracia é assim, operário também pode e sabe dirigir o Pais.
 

        Agora, querer enfiar goela abaixo, por duas vezes, a menininha do Sion, Dilma Rousseff, com a conversa mole de que ela é o 'povo' e que ser contra sua candidatura é arrogância das 'zelites', isto é desonestidade, vigarice e picaretagem. Hoje, no Brasil, PT é mensalão e petrolão. O resto, é lorota.

PS: Sion é um tradicional colégio católico onde estuda(va)m as filhas da alta classe média de Belo Horizonte.

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