domingo, 22 de março de 2015

Essa aí sou eu?

         O impeachment não é minha bandeira, ainda que o veja no horizonte de possibilidades futuras. A renúncia é unilateral; mas eu acho possível (e até provável), se a credibilidade e (des)governabilidade de Dilma continuar nesta toada ladeira abaixo. Intervenção militar também é prevista na Constituição (ninguém está aqui defendendo ditadura), mas é para caso de iminência de guerra civil, grave perturbação da ordem, caos total. Tirando algumas ações do MST (declaradamente para ameaçar a ordem pública e gerar terror), não há situação no País que pudesse justificar interferência das Forças Armadas. Fiquem lá onde estão, nos quartéis. 

            As manifestações demonstram, acima de tudo, uma canseira com a falta de vergonha, a corrupção desmedida, o cinismo de Dilma fazer o que ela acusava Aécio Neves de fazer, caso eleito, a falta de humildade de ver o que o povo está gritando.

       Esta conversa de que quem foi para as ruas é branquinho burguês corrupto com conta na Suíça que não gosta de pobre e que quem bateu panela mora nos Jardins e Morumbi, eu pergunto: essa aí sou eu?


        Já sei: quem apoiou a manifestação do dia 13 são todos amantes dos pobres, revolucionários de alma nobre, altruístas incorruptíveis que dariam a sua casa para o Movimento dos Sem-Teto e seus terrenos e sítios - se tivessem um- para o MST ocupar.

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