sexta-feira, 19 de junho de 2015

Aborto: quem morre?

         Toda vez que se fala em aborto, aparece alguém falando das mulheres pobres que morrem em decorrência de abortos mal-feitos, em clínicas clandestinas. Fique claro: não deve morrer nenhuma mulher. A questão é outra, desviar o foco é ignorância ou má-fé.


        As clínicas de aborto não matam 'milhares de mulheres'. Matam milhares de crianças, fetos, bebês, ou embriões, Estes últimos a ciência não sabe dizer se são ou não são seres humanos; logo, podem ser (todos nós sabemos que são)
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       O aborto não pode ser escolha individual. Se há dúvida sobre ser o embrião vida humana, temos de contemplar a possibilidade de ser. Logo, não se pode abortá-lo.
   
     Todos sabem que um número expressivo de abortos são de bebês completamente fomados, e é por esta realidade chocante e indiscutível que os abortistas detestam quando se exibem fotos e vídeos de bebês perfeitos completamente estraçalhados, prontos para descarte, nas clínicas de aborto. 

     
     Pelo menos, este consenso a civilização já atingiu: a lei, a moral, o senso comum não admitem e punem o assassinato de ser humano inocente. Quanto ao raciocínio torto - 'quem é contra o aborto é a favor de clínicas clandestinas' - , eu pergunto: quem é contra a impunidade de assaltantes, implicitamente é a favor da superlotação carcerária?
     

     A exibição propagandística de números astronômicos de' mulheres pobres que morrem por causa de abortos mal-feitos" só faz parte da má-fé e desonestidade de quem só quer matar. Dados oficiais do SUS, de 2002 a 2007, informam que, no período, morrerram 845 mulheres em decorrência de abortos, incluídos aí os abortos espontâneos, gravidez tubáreas e outras complicações. Logo, o número de mulheres mortas por causa de abortos mal-feitos é muito abaixo das milhares que são acenadas por defensores do aborto.
   
        Sobre livre-arbítrio/escolha individual, dizer que, numa sociedade democrática, as pessoas são livres porque podem escolher o que lhes parece melhor é dizer que todos os atos, numa sociedade democrática, são passíveis de escolha livre: nenhum ato, por mais criminoso que seja, pode ser retirado à livre escolha de cada um. 

      Mas, sabemos que não é bem assim. Há decisões que a sociedade deixa à livre escolha de cada um (por exemplo, ir à praia ou ao cinema) e há atos que a sociedade não deixa à livre escolha de cada um (por exemplo, matar o vizinho numa reunião de condomínio).
    

     No aborto, estão em causa os direitos de uma pessoa e os direitos de um feto (ou, como dizem alguns cientista e juristas, uma 'coisa', ou' um não se sabe bem o quê'). Já expliquei lá atrás: se a ciência não pode provar que o feto não é ser humano, o aborto não pode ser permitido. É crime.
      
        O aborto não deixa de ser imoral, inaceitável e vergonhoso só porque a 'civilização' decidiu legalizar o genocídio de seres humanos indefesos dentro da barriga da própria mãe. Quem defende o aborto quer liberdade para matar. Ponto.

Um comentário:

  1. Perfeito Miriam! Também abordei este assunto tempos atrás. Gostei muito da tua análise. Abraços.

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