*Publicado no Facebook em 18 de maio de 2015.
"A gente tem de combater o que não presta, o que é deletério e nocivo. Fazer o quê? Eu, durante bom tempo, louvei e incensei as virtudes de Olavo de Carvalho. Devo ter contribuído para convencer pessoas a admirá-lo e segui-lo. Agora, eu tenho dever moral de combatê-lo, para minimizar danos.
Eu já confessei que a 'filosofia' de OdeC encantou-me a princípio propriamente porque eu sou tosca e analfabeta no assunto. Todo mundo que não manja nada de matéria filosófica acha aquela chorumela olaviana a suprema maravilha. Uns manés, como eu, ficam se achando quando dizem que fazem um 'curso de filosofia'.
Depois, eu afastei-me dele, porque começou a cheirar mal aquele papo de que, para criticá-lo ou discutir com ele, era preciso ler 30 mil páginas e para nominá-lo o maior filósofo da humanidade bastava dar um like nos seus posts do Facebook.
Ah, sim: eu também compreendi o que era paralaxe cognitiva quando constatei que ele, que reivindicava o papel de restaurador da alta cultura, (ab)usava da linguagem de sarjeta e esgoto - pornografia é pouco - no trato de qualquer assunto e referindo-se a quem quer que fosse, de um Eli Vieira ao Vigário de Cristo na terra.
E mais: eu provei que o 'filósofo da sinceridade e da confisssão' mente o tempo todo. Na sua biografia, não há um dado ou data que se sustente. Um(a) nega o/a outro/a. Distração? Ma va... Ma-fé.
E mesmo a sua 'crítica cultural', que, a um tempo, era brilhante, original e bem escrita (falo do primeiro Imbecil Coletivo), virou um samba do crioulo doido em que OdeC - como faz atualmente - passou a se contradizer e a dizer e se desdizer, ao mesmo tempo, simultaneamente, no momento mesmo em que escreve sobre qualquer assunto.
Eu desafio qualquer um a dizer o que raios é, por exemplo, 'comunismo' para Olavo de Carvalho. Ele, espertamente, formulou um conceito sobre 'mentalidade revolucionária', que é muito bonito quando expresso, mas que permite que ele, e qualquer um, enquadre tudo e qualquer coisa dentro do conceito.
A propósito, uma sua (ex) aluna, brilhante e que também caiu fora, observou com propriedade: o que Olavo faz, e como faz, é exatamente isto: mentalidade revolucionária. Ele prepara o terreno para o seu senhor, que atende por O Coiso. Alguém duvida?
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