sábado, 12 de maio de 2012

Filha de um estupro



Se você se vê como ‘pró-vida’ exceto em casos de estupro e incesto, você terá de olhar Kristi Hofferber nos olhos e dizer a ela que a mãe dela deveria tê-la abortado. E quase aconteceu.
Num extraordinário e comovente testemunho pessoal publicado em inglês hoje por LifeSiteNews, Kristi explica que ela cresceu num lar cristão feliz, sua única queixa sendo um constante e crescente sentimento de desconforto que surgiu do fato de que ela ficou sabendo que havia sido adotada. Esse sentimento de desconforto finalmente a levou a buscar os fatos sobre seus pais biológicos logo depois que ela fez 30 anos.
Ela nunca poderia se preparar para o que ela descobriu.
Depois de dizer a seus pais adotivos que ela queria saber mais sobre seus pais biológicos, eles a fizeram se sentar e lhe disseram os fatos horrorosos de sua concepção: que sua mãe biológica era frequentemente estuprada pelo próprio pai demente e incestuoso durante os anos de sua adolescência. O resultado foram seis gravidezes: cinco delas terminaram em aborto. No meio dessas circunstâncias horrendas, só Kristi foi inexplicavelmente poupada, quase não escapando do destino cruel de seus irmãos e irmãs.
“Fiquei muda!” relata Kristi. “Precisei usar todas as minhas forças para não perder meu autocontrole. Antes, eu tinha uns dez questionamentos na cabeça; agora eu tinha centenas”.
Para ler o testemunho completo de Kristi em inglês, clique aqui.
Mesmo depois de ficar sabendo dos fatos de sua concepção, Kristi diz que se sentiu compelida a tentar descobrir mais, e talvez até fazer contato com sua mãe biológica. Depois de fazer algumas pesquisas na internet ela pôde fazer o contato, e logo depois, preparar um encontro emocional com sua mãe biológica.
“Minha mãe biológica ficou muito surpresa que eu tivesse escolhido procurá-la mesmo depois de saber a verdade sobre meu pai biológico”, escreve Kristi. “É nesse ponto que revelei para ela minha fé e como eu me sentia sobre quem eu era. Ele pode ter o mesmo DNA que eu tenho, mas quem me criou foi Deus.
Não importa as circunstâncias, é a vontade e propósito de Deus que eu fosse concebida. Não quero nada de meu pai biológico, nem nunca vou querer”.
Kristi diz que no final, ela está simplesmente grata de estar viva.
“Encolho-me de medo quando alguém diz que é pró-vida, menos nos casos de estupro e incesto”, Kristi disse para WND recentemente. “Então dou um passo a frente e digo: ‘Peraí. Fui concebida em incesto, e sou tão humana quanto você”.
Kristi se entristece que a maioria das crianças concebidas em circunstâncias semelhantes às dela acabam pagando o preço máximo pelos pecados de seus pais.
“A opção do aborto permitiu que ele punisse meus inocentes irmãos e irmãs com a morte. Isso é errado de muitos modos. Deus tem um plano para toda criança individual, inclusive as crianças que, como eu, foram concebidas em incesto e estupro. Fazer um aborto como escolha legal machuca a todos os envolvidos”, disse ela.
Kristi não se define por seu DNA biológico, mas pelo amor de sua mãe biológica e pelo amor que ela sabe que Deus tem por ela.
“Deus é meu pai”, diz ela. “Não importa quem seja meu pai biológico”.
“Ele pode ter o mesmo DNA que eu tenho, mas quem me criou foi Deus. Não importa as circunstâncias, é a vontade e propósito de Deus que eu fosse concebida”.
Kristi é um testemunho vivo de que até mesmo nos casos de estupro e incesto, cada bebê em gestação é criado com um propósito. “Conforme meu testemunho revela, Deus pode pegar algo ruim e transformá-lo num oportunidade para fazer coisas miraculosas”.
“Recebi o dom da vida numa circunstância difícil e acredito que toda criança concebida merece o mesmo, sem exceção”.
Kristi está casada com um pastor evangélico. Eles têm orgulho de serem pais adotivos. O pai biológico de Kristi, o qual aterrorizou a mãe dela durante décadas, morreu no ano passado.


Tradução: www.juliosevero.com
Fonte: LifeSiteNews

3 comentários:

  1. Tenho acompanhado suas corajosas postagens. Parabenizo-a e achei por bem recomendar o endereço de seu blog no meu.

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  2. O aborto é mais um dos temas que que sou contra, sem 'poréns'. Acho que é de uma crueldade sem fim, uma injustiça. Tenho uma repulsa enorme pelo o 'ato'. Em relação ao estrupo, eu fico muito indignada com o mesmo. Acho que quando ocorre a gravidez, deve ser muito difícil pra mulher, é delicado, pois muitas mulheres têm 'depressão pós-parto', então imagina quando são estupradas?
    Na verdade, verdade, eu fico procupada com a criança, tanto a que foi ou será abortada, quanto as que não serão abortadas. Pois saber que é fruto de um homem sem escrúpulos deve ser muito doloroso. Imagine o psicológico dessa criança? É chato, muito trste.
    Mas acho que a criança não tem culpa e merece um voto de confiança. Eu, particularmente, não tenho coragem de fazer um aborto. Não mesmo! E não, não tenho essa concepção por conta de religião, cristianismo, pois não sou cristã. Sou livre de sincretismos, mas eu acho desumano o aborto. Muito! Mas acho também que temos que tomar cuidado com o que mais acontece por aí, mulheres engravidam, não têm condição de criar, daí, por pura estupidez, jogam crianças em lixos, abandonam. Isso tudo é tão triste ridículo quando o próprio aborto. Sem falar que nosso pais não tem estrutura nenhuma para legalizar o aborto. Não tem mesmo.

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  3. Cara Stéphanie:
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    Para mim, muito mais do que uma crueldade e uma injustiça, o Aborto é O crime MAIS HEDIONDO que existe. Isto porque u´a mãe que tem a obrigação natural e afetiva de proteger aquela criança, sua filha, de todos os perigos (quantas vezes não se viu, nos escombros de uma tragédia, o cadáver de u´a mãe abraçado ao de seu filho, numa última tentativa de protegê-lo?) abre as pernas e consete que uma outra pessoa (?) invada o seu íntimo e RETALHE e ASPIRE o SER HUMANO que alí se abrigava?
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    Quanto à questão do estupro a coisa se justifica menos ainda (é a velha história dos altamente "interessados" nos "sentimentos" das pobres mamães!): naquela criança concebida num ato monstruoso está uma PESSOA (ou alguém já viu sair do ventre de uma mulher um macaco, uma girafa ou um papagaio?! - burros não valem!) integral, sadia, composta de 23 cromossomos do anormal, mas também 23 cromossomos da família da mãe (a orelha da vovó, as unhas do vovô e assim por diante) então como sacrificar-se aquele ser INOCENTE e absolutamente INDEFESO, apenas por ter sido produto de um ato covarde e repulsivo, maxime que no nosso ordenamento jurídico, a pena jamais pode ultrapassar a pessoa do réu?!
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    E vedo-se a coisa por um outro ângulo: imagine-se que a mulher violentada, conhecendo a residência do anormal (sim, porque as estatísticas demonstram que os crimes de estupro são muitas vezes cometidos por parentes, vizinhos ou conhecidos da vítima) para lá se dirija, portando uma foice ou uma enxada e lá não o encontrando, faça em pedaços sua linda filhinha (que pode GRITAR, CORRER, FUGIR...) que brincava na calçada defronte a casa?
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    Como a classificariam os jornais? A que pena ela estaria sujeita? Como julgariam as demais pessoas e isto tendo ela matado "apenas" a filha do monstro e não a sua?!
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    Se pararmos para pensar nest circunstâncias todas, deve-nos ficar claro o extremo absurdo da não-punibilidade (e não "LEGALIDADE" como se acostumaram a classificar os jornais e as gazetas "feministas!) do aborto de mulher violentada.
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    Por último observe-se que o aborto contraria a Natureza de forma violenta, pois atenta contra dois insitintos básicos, presente em todos os animais: o de SOBREVIVÊNCIA (no caso da herança genética) e o de PRESERVAÇÃO DA ESPÉCIE.

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