terça-feira, 1 de maio de 2012

Racista não.

    Racista, eu? Perante Deus, não.  Antes, eu sou eternamente grata a uma negra retinta, Caçula, a quem eu devo minha vida. Ela foi minha mãe-de-leite e evitou que eu morresse aos dois meses de idade, quando tive uma gravíssima infeccção intestinal; o único alimento que meu organismo aceitava era lei materno e o leite de minha mãe tinha secado. Todos os dias, por longo período, mamãe levou-me à sua casa para que eu mamasse. Fiquei boa.
    Nós duas ficamos emocionadas, como num reencontro de mãe e filha depois de longos anos de separação, quando eu a visitei em 82, em Coração de Jesus, no sertão de Minas Gerais, onde vivi desde que nasci até os cinco anos.
    Sei que foi neste ano, pois tinha ido a Coração de Jesus ver meus avós, já muito velhinhos. Aquela 
foi a última vez que eu vi o meu avô Lúcio Martins Lulu, então com 98 anos e minha dindinha Lau (Claurinda), de 96 anos. Eles morreriam poucos meses depois, com uma diferença de dois meses entre a morte de um e outro.   
   Caçula morreu há uns três anos. Eu rezei por ela como se reza por uma mãe. É o que ela foi para mim.  Caçula de(volve)u à vida.

14 comentários:

  1. Miriam eu não acredito que uma pessoa que teve sua vida preservada por uma abençoada negra, teve a capacidade de escrever tal comentário: Suas palavras: Vou avisar se eu entrar em um consultório e for atendida por um profissional negro, eu dou meia volta e saío.Recuso os seus serviços, sei lá, ele pode ter conseguido seu diploma por cota e não por mérito. Eu não vou correr o risco.

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  2. O que isso tem a ver com racismo??
    Essa é uma experiência boa q você teve com alguém negro.. não significa que você não seja racista..
    Ridículo o texto "Preto Não" que você excluiu do blog, mas q circula no facebook.. Sou negra e comecei a fazer Letras pelo Prouni, utilizando cota, e minhas notas eram ótimas.. Minha monografia teve a nota 10 Com Louvor..
    Se a pessoa entrou na Universidade por causa de Cotas, não quer dizer q não vá se esmerar e ser um bom, ou melhor, ótimo profissional. Cansei de negar cola para amigos de sala que não eram cotistas, nem bolsistas, muito menos negros..
    Se não vai ser atendida por cotistas, seja atendida pelos filhinhos de papai que não precisam de cotas e pagam para outros fazerem seus TCC's. Será um atendimento muito melhor!
    E olha, é muito bom saber seu nome, assim não vou gastar dinheiro com nenhum impresso que tenha sequer uma linha sua.
    Enojante!

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  3. E como posso acreditar, nas coisas que diz aqui, se um post colocado no seu blog, dia 29/04, afirmando que se recusa ser tendida por um profissional negro?
    Não entendi essa!!

    Detalhe, o post foi apagado logo em seguida, ao ver o tamanho da besteira que escreveu!!

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  4. Isso quer dar o negro querer se enfiar nessa porcaria de cota!sou negra e considero cotista racial um exemplo clássico da ausência de mérito e capacitação intelectual!Miriam Nao se preoculpe com o sensacionalimo do movimento negro,nao exclua suas publicações , salve o blog em suas configurações...

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    1. Bom dia,
      Sobre as cotas:
      A audiência pública da CDH do Senado em 19 de Setembro do ano passado concluiu que:
      1) Cotistas tem média acadêmica universal igual ou superior a não-cotistas creio que se chame 'mérito intelectual'.
      2) a constitucionalidade e a JUSTIÇA desta Ação Afirmativa, foi apaixonadamente ( voto do relator Min. Lewandowski ) e irrefutavelmente ( 10 x 0 ) demonstrada no STF
      3) Ser negro é, muito mais do que ter pele escura, Sra Zaruty...a História tem vários exemplos de que os maiores algozes homofóbicos, eram homosexuais/afetivos...não é de se estranhar uma melanômana sofrendo de agúdo caso de negrofobia!

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    2. Etnia Brasileira, Olha quem fala justo vc que apaga todas suas publicações por medo.

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  5. Este tema é muito complexo, pois é quase impossível se expressar sobre ele, sem que as coisas caiam numa troca de acusações......Como se a verdade só pertencesse a um lado....Pois tantos os que que criticam quantos os que se posicionam a favor, caem na mesma esparrela: "sou contra." "Sou a favor.", "É justo." "Não é.", "É racista" "não é racista".....Ficamos aqui dando elementos pra este novo palanque político que vem tomando força na sociedade......Se hoje temos péssimos profissionais no mercado em diversos setores, isso se deve a SABOTAGEM DO ENSINO BRASILEIRO....UMA SISTEMA QUE VISA A GERAÇÃO DE NOVOS SERES CEGOS E SURDOS.....Atribuir isso a política DEMAGÓGICA das cotas é algo muito simplista....o SISTEMA NUM TODO, ESTÁ CORROMPIDO POR BANDEIRAS QUE BENEFICIAM A UMA PARCELA DA SOCIEDADE....AQUELES QUE TIRAM PROVEITO DA IGNORÂNCIA ALHEIA E DA DESINFORMAÇÃO. Lembro-me quando esta pauta passou pela primeira vez, anos atrás, condicionou-se que seria implementada uma grande reforma no sistema educacional do país em paralelo a prova, E ABSOLUTAMENTE NADA FOI FEITO E NÃO VEJO NINGUÉM MILITAR DE FORMA APAIXONADA POR ESTE TEMA....Pois esse sim salva! Não podemos permitir que essa meia dúzia de canalhas tomem posse da nossas vidas...

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  6. Ok Mirian,
    Tomei nota de sua publicação através do facebook.
    Primeiramente, quando você escreve "preto" acredito que esteja se referindo a cor e não a minha raça.
    Sua publicação é tão ignorante, que nem comentários possui. Muito me admira uma jornalista ter este comportamento no Brasil em pleno século XXI.
    O médico loirinho que entra na faculdade e paga propína de R$ 10.000,00 para se formar, te passa mais segurança do que o negro que entrou na faculdade publica atraves da cota e se forma por mérito.
    Lamentálvel, realmente é muita ignorância para uma jornalista.
    Qualquer faculdade particular (indepentende das cotas) o negro, branco ou amarelo consegue fazer sua matrícula mesmo sem prestar vestibular, a grande dificuldade é sair dela com o diploma.
    Me formei antes das cotas mas se fizesse parte delas não faria diferença, pois tenho provas que minha formação só aconteceu por mérito próprio. E digo mais, teve muito branquinho que disistiu por que não aguentou o tranco!

    Fabio Carmelo de Andrade
    Arquiteto Coordenador de Obras na Construtora Bazze S/A
    Formado em 2006

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  7. Não sou racista, tenho até amigos negros! afe...

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  8. O simples fato de uma pessoa se defender da "acusação" de racismo, para mim, já é um indício negativo... ou no mínimo controverso.
    "Minha ama de leite era preta, não sou racista"
    (O quê?!)

    Uma pessoa livre de preconceitos (seja ele de qualquer natureza) não enxerga o outro como um produto rotulado, com suas especificações, tamanho, cor, peso, origem etc. Ela simplesmente ama, ou não, respeita, ou não, outra PESSOA. Independente de quem seja.
    Os predicados vêm antes de qualquer outra coisa.
    Isso é não ser racista. Isso é respeitar a vida!

    Sra. Macedo, desculpe-me, mas apesar de toda a sua idade, a sra. é muito imatura, suas ideias não tem coerência.

    A sociedade não precisa de bandeiras, precisa de valores!

    Em relação às cotas, julgo necessário devolver um direito que foi usurpado desde sempre. Não por isso, o preto que vir a se formar médico, advogado, engenheiro ou o que seja, terá menor mérito intelectual do que o outro que não obteve tal "favorecimento". Afinal ninguém vai estudar porque já tem o conhecimento. Sim o contrário. Não é a circunstância do ingresso do aluno que vai definir se ele será ou não um profissional competente, a quem você poderá confiar a sua vida com segurança. Essa colocação é absurdamente equivocada.
    Que tristeza ler esse tipo de colocação vinda de uma jornalista, que nunca utilizou o sistema de cotas.

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    1. Este comentário foi removido pelo autor.

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    2. Estudante, negra e bolsista do Prouni, se alguém te acusar de ladra, tu não deves te defender, porque pode parecer que tu o és realmente? É este o teu raciocínio? Perigoso, roubar é crime, racismo também.
      Segundo: eu concordo que "uma pessoa livre de preconceitos (seja ele de qualquer natureza) não enxerga o outro como um produto rotulado, com suas especificações, tamanho, cor, peso, origem etc. Ela simplesmente ama, ou não, respeita, ou não, outra PESSOA. Independente de quem seja.
      Os predicados vêm antes de qualquer outra coisa.
      Isso é não ser racista. Isso é respeitar a vida!".
      É por este mesmo argumento que eu sou contra as cotas raciais. Ainda que eu reconheça a herança injusta da escravidão, eu acho mais justo a ajuda ser dada a pessoas pobres (pretos, brancos, índios ou de qualquer 'cor'). Mas nem basta ser pobre: tem que querer estudar.
      Outra coisa: tu tens razão, eu dizer que a minha mãe-de-leite era negra não é prova de que eu não sou racista, só que não sou ingrata. Agora, me explica: eu não devo ver a negritude de Caçula, só devo vê-la como ser humano. Mas, na hora de garantir o direito de acesso à universidade através da cota, aí, os candidatos têm cor? Como assim?

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    3. Apesar de ambos os fatos serem crimes, previstos em lei (muito tardiamente, no caso do racismo), existe uma grande diferença entre os dois: no primeiro, não existem argumentos contra o fato consumado. O segundo é um sentimento, e por isso é totalmente intrínseco de cada pessoa. Você pode ser racista a vida inteira, e nunca ser incriminado por isso, além de ser um caso difícil de ser julgado, quando denunciado.
      É realmente um assunto muito mais complexo do que nossas simples discussões ou posicionamentos.

      Faço de suas palavras, as minhas: a escravidão é uma herança injusta. Certamente se nunca tivesse existido, não seria necessário adotar esse tipo de sistema. Não acha?

      Os pobres são, em sua maioria, negros.
      Os presos são, em sua maioria, negros.
      Os desempregados são, em sua maioria, negros (ou pretos).

      Na minha concepção esses dados balizam qualquer ação que, por mais demagoga que possa parecer, é o único recurso imediato para atenuar esse quadro. Obviamente, o caminho mais eficaz é o de garantir os direitos básicos a todos os cidadãos, desde o seu nascimento. Eu sei que este é o certo. Mas aí, nossa discussão não teria mais fim...

      Desculpe-me se pareci agressiva, ou se a ofendi em algum momento. Às vezes somos tomados pela paixão, e nos excedemos em nossos discursos.
      Um abraço,
      Lilian Rios.

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