domingo, 10 de junho de 2012

Etern(a)idade

       Na Idade Média, as pessoas tinham menos neuroses que nós, modernos. Elas eram muito mais saudáveis mentalmente, apesar de enfrentar condições adversas e dificuldades inimagináveis nos dias de hoje.
         

       A explicação, segundo o professor de Teologia e Filosofia, Luiz Felipe Pondé, é que as pessoas na Idade Média  tinham a eternidade como perspectiva. Aqueles mil anos que duraram a Idade Média - chamados apropriadamente de cristandade - eram tempos de crença em Deus. 


      As pessoas viviam mergulhadas em sua fé na vida eterna. Assim, não seria uma ou outra Peste Negra que ia deixar alguém deprimido, aquilo era provação de duração desprezível, diante do tempo sem fim que os aguardava ao lado de Deus. 


        Hoje, com o horizonte espiritual restrito a este mundo e ao tempo de vida de cada um, ninguém aguenta nem ser chamado de feio que precisa tomar Lexotan.  É um mundo de boiola.

6 comentários:

  1. O pior é a legião de pessoas que não aguentam ver umas mulheres com os peitos de fora e já ficam todas eriçadas, cheias de melindres. Mundo de moralistas.

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  2. Pois é, hoje, com o horizonte espiritual restrito a este mundo e ao tempo de vida de cada um - dando importância colossal aos seus dogmas e preconceitos, atrelado ao culto à beleza e a jovialidade - existem muitos que acreditam ser necessário insultar outras pessoas com termos como: "feia", "gorda", "viado", "puta" e por aí vai. Ao invés de cuidarem da sua própria "vida eterna".

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      Como sempre, é bastante dificil entender a sua argumentacão, caro Leandro Vadio (você mesmo é quem disse!):
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      Quem é que sai por aí, pelas ruas, com as palavras "PUTA", "VADIA" pintadas nas costas e na barriga, auto-qualificando-se?!
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      Como tais palavras podem então ser consideradas "insultos"?!
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      Eu sei que você não gosta do termo, mas mais uma vez: "faiô, manô!".
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      Ah, e eu sei que para você, adepto da vadiagem carnal irrestrita, pod eparecer um tanto incrível, mas "ensinar a quem não sabe" e "corrigir os que erram" são duas das obras espirituais de Misericórdia necessárias para aqueles que amam a Deus e ao seu Próximo e desejam cuidar do que você, jocosamente. chama de "vida eterna" (entre aspas!).
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      Ou você não faz o mesmo, convidando a todos para a "vadiagem" que, segundo você, "é que é o bom"?
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      Ah, as incoerências...

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  3. Não aguentam nem umas palavras na caixa de comentários do blog, já ficam ofendidos. Escrevem mas não querem críticas, é um mundo de burguês mimado.

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    A propósito disto mesmo, alguns comentários:
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    Há alguns tempos lí dois artigos interessantes acerca dos acontecimentos ocorridos nas escolas americanas (e, lastimavelmente, numa brasileira também) aonde indivíduos armados massacraram pessoas livremente por um período de longos minutos sem que ninguém tivesse a iniciativa de tentar deter o agressor (uma cadeirada, talvez), mesmo com risco de sua própria vida, pensando justamente que, até com a possibilidade do seu sacrifício pessoal, salvar diversas outras vidas, ante a disposição do atirador de continuar massacrando inocentes indefesos!
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    Depois, veio-me à cabeça a atitude irracional e medrosa (desculpe-me, mas não há outro termo possível!) do atacante Valdívia do Palmeiras que rompeu o seu contrato e deseja ardentemente voltar para o Chile depois de um "simples" sequestro-relâmpago (que triste que tenhamos de assumir com corriqueiro fato extremamente violentador como este!).
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    E, por associação vêem-me os idiotas psicólogos falarem contra o uso de armas de brinquedo por crianças nas suas brincadeiras, costume milenar este, como o comprova a descoberta de artefatos semelhantes em escavações arqueológicas em tumbas de crianças.
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    Os VERDADEIROS especialistas apontam para a necessidade de tais artefatos nos jogos infantis de "bandidos e mocinhos" e semelhantes, aonde, ao contrário de despertarem "instintos machistas de guerra e agressão" ensinam aos meninos o valor da nobreza, da coragem, da defesa da família e do "castelo", além das noções de consequências ante atos desnecessariamente cruéis ou de agressão gratuita. Um indispensável treinamento para a vida e poderoso auxiliar da formação do caráter!
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    E termino os meus "mementos" lembrando-me de meu amado e saudosíssimo pai - que muito raramente me bateu - dizendo-me, com certo carinho, ante ao meu inconformismo após uma mais do que merecida surra (e como!): "A porrada que você não leva COM AMOR em casa, vai levar SEM AMOR, da vida".
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    Sim, porque somos hoje, uma terceira geração de pessoas MIMADAS, CAPRICHOSAS, EGOCÊNTRICAS, incapazes de resistir a um simples "NÃO!" e, principalmente, "vítimos", tendentes sempre a não fazer uma simples autocrítica e a colocar nossas culpas pessoais nos outros! E, paradoxalmente (ou nem tanto!) emasculados, COVARDES e afeminados (no mau sentido, pois muitas mulheres de hoje em dia são mais valentes do que a maioria dos homens!).
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    Aonde iremos parar assim?

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