quarta-feira, 13 de junho de 2012

Por Pachamama! Só Deus.

    Libertários, ateus, agnósticos ou revolucionários que odeiam Deus, o cristianismo e a Igreja Católica, consideram ascensão a um patamar superior de espiritualidade virar budista, clamar por Pachamama, oferecer flor a Iemanjá, cultuar Mãe Gaia, fazer o santo no terreiro, invocar 'espírito de luz', incensar Mestre Ascenso, conectar energia cósmica em ritual de feitiçaria Wicca, entoar mantras de sabedoria transcendental de Mestre Osho e atingir o sétimo céu pela ingestão de gosma cor de lama nas igrejas do santo daime.
  
    Estes iluminados adoram caluniar de modo especial a Igreja Católica, mas geralmente se esquecem que, ao lado da moral judaico-cristã e do direito romano, o cristianismo é o fundamento da civilização ocidental e eles só podem sair por aí xingando o Todo-Poderoso porque a democracia garante  a sua liberdade de expressão e de consciência. Queria ver estes valentes gritar que Alá (não) é vencedor na praia dos aiatolás.


     Hoje em dia, todo mundo tem 'uma espiritualidade independente de religiões". Paradoxalmente, quando alguém diz que acredita em Deus, parece que a pessoa está confessando a fé num ser totalmente desconhecido, que caiu de pára-quedas no mundo e de quem nunca ninguém antes ouviu falar sequer remotamente. 


     É como se a humanidade, pela primeira vez, estivesse sendo comunicada da existência de 'um tal Deus'. Falta perguntar: "De onde é que este cara apareceu?"
    
     Na verdade, é exatamente o contrário. Quem conhece a obra de Mircea Eliade(definitiva e imprescindível para quem quer falar de religião) sabe: o homem desde os primórdios da humanidade  busca, conhece e adora a divindade. 

     A literatura e mitologia mesopotâmica (principalmente da Suméria, uma das mais antigas da humanidade) são rico manancial de conhecimento sobre deus(es). AN(u) lembra Um, OM, não é coincidência. A Índia e a China são berço de tradições religiosas milenares, com suas doutrinas e mitologias que sobrevivem até os dias atuais
     
     A fé no Deus de Abrão - Deus Todo-Poderoso criador do céu e da terra - vem dos tempos imemoriais, antes de Noé, remete ao próprio Jardim do Éden, aos tempos adâmicos. 


    Durante dois mil anos, a Terra (quase) inteira  - aqui compreendida a civilização ocidental - acreditou que Jesus Cristo morreu e ressuscitou. Nos primeiros 1500 anos da era cristã, a Igreja Católica foi a única igreja de Cristo e o cristianismo a religião da maioria dos grandes filósofos e gênios da arte que a humanidade produziu até hoje. 

     Não crer em Deus era quase inimaginável no milênio que ficou conhecido como a cristandade - entre o fim do Império Romano (por volta do ano 500) e a início da Idade Moderna (em 1500).  


      Neste período, predominaram escolas filosóficas da exuberância e grandeza do tomismo aristotélico, que defendia que a existência de Deus é uma verdade filosófica, a que se chega fazendo uso da razão, da lógica (logos).   
     
       Os milhares de milagres se encarregavam de mostrar os estreitos limites da ciência diante do 'inexplicável', do 'impossível'. Milagre é 'fato miraculoso'. Só Deus

      Na Antiguidade, filósofos como Lucrecio, Epicuro, e Demócrito defenderam idéias que poderiam ser consideradas 'ateístas'. Do ateísmo na antiguidade, passando pelo Iluminismo, a idéia da negação da existência de Deus foi descambando e se deterioranado até converter-se no tipo rasteiro e dominante nos tempos atuais, que pede que Deus apareça e proclame 'eis-me aqui"  ou que  prove a sua existência submetendo-se a testes científicos num laboratório de pesquisa. Os sabichões não são capazes de perceber que um Deus que se prova 'cientificamente' não é Deus.


   Ateísmo desde tipo nunca foi levado muito a sério, em outros tempos. Não era considerado sequer hipótese séria sobre a qual valesse a pena se debruçar, seja pela indigência de fundamentos  como pela evidência de falta de inteligência. 


       Hoje, qualquer mané se autoproclama 'ateu'. Perguntado sobre o seu conceito de Deus, engrola um embromation, se enrola todo e ainda te olha com ares de superioridade, pois, afinal, tu és apenas um fraco, tosco, fundamentalista ignorante e intelectualmente desprezível que acredita - vejam só - em Deus!


     E foi assim que, de repente, em menos de 200 anos, o mundo primeiro, afirmou que era impossível conhecer a Deus (o agnosticismo fenomenológico à la Kant); em seguida, sem explicar como nem baseado em quê, o pensamento moderno decretou que Deus não existia. Ponto final.
    
     Deus? Está morto, assim  falou Nietzsche. A divindade de Jesus Cristo? Ah, foi uma invenção do apóstolo Paulo. A ressureição? Ora, tudo não passou de um transe místico. A igreja como corpo místico de Cristo, cabeça da Igreja? Tudo 171. A Igreja não passa(va) de ópio do povo. Marx falou e disse.
     
     Bento XVI, em seu livro "Jesus de Nazaré - do Batismo no Jordão à Transfiguração", propõe uma reflexão. Como poderia o cristianismo ter durado até hoje se não tivesse havido algo grandioso lá no início?


     Basta analisar os fatores desfavoráveis ao cristianismo nos seus tempos iniciais: Jesus de Nazaré, nascido no judaísmo, era mal visto pelos sumos sacerdotes e doutores da lei, que o perseguiram e o fizeram crucificar. 

     A pregação de Jesus desmascarava a hipocrisia dos fariseus, seus milagres arrebanhavam cada vez mais seguidores e - blasfêmia - Ele se dizia Deus. Além de confrontar o poder dos sacerdotes do Templo, Jesus Cristo não poderia ser o Messias esperado, o povo judeu esperava por um rei de poderosos exércitos que o libertaria  do domínio dos romanos. 
     
     A propósito do Messias esperado, apareceram muitos deles no tempo anunciado pelos profetas. Arrebatavam seguidores, diziam ser o cumprimento das profecias, mas o tempo se encarregava de desfazer suas pretensões. A seita e sua doutrina simplesmente desapareciam devido a perseguições, morte do líder, desentendimentos ou desinteresses.


    Sobre Jesus Cristo, pairavam desconfianças ainda mais sólidas. O Messias anunciado pelos profetas era descendente da casa real de Davi, pai do Rei Salomão. Logo, Jesus não poderia ser aquele pobretão, filho de carpinteiro, nascido na Galiléia, região má afamada e pior, de Nazaré, cidade que não gozava de melhor fama. 


     Já o Império Romano não queria saber de 'rei dos judeus'. O rei era Cesar. Quem fosse governador romano na província da Judéia iria, certamente, preferir assegurar a boa relação com o Sinédrio a facilitar a propagação da fama de um 'profeta' ou Messias que nada signficava para Roma na esfera religiosa e que poderia trazer-lhe problemas na manutenção da ordem na província.


     Prova desta camaradagem entre Pilatos e os Sumos Sacerdotes são os soldados romanos que foram enviados ao Horto das Oliveiras para prender Jesus Cristo.


    Como poderia ser rei alguém que tinha como seguidores homens simples do povo, pescadores e coletores de impostos, gente ignorante e de má-fama? Além do que, a crucificação era a morte mais infamante a que se podia ser submetido naquele tempo. Era tão infamante que um romano não podia ser crucificado (Paulo, judeu romano, foi decapitado). 


     Morrer na cruz implicava o total esquecimento do condenado. Era proibido que o nome da pessoa fosse pronunciado depois de sua morte na cruz. Quando Jesus Cristo foi crucificado, os seus discípulos esconderam-se apavorados, temendo ser perseguidos.


     Como seria possível que, contra todas estas adversidades, os discípulos de Jesus Cristo tenham enfrentado desassombradamente os poderosos do sinédrio e do Império Romano e tenham saído para o mundo a pregar o Evangelho, enfrentando o martírio e as perseguições  e acabando por ver ruir o maior império jamais visto sobre a terra? 


       Não é ainda mais intrigante que os gregos, que criaram os mais sofisticados pensamentos filosóficos tenham sido convencidos e se convertido ao cristianismo, este conjunto de lero-lero de gente fraca e sem lustro, que precisa criar uma fábula para não sucumbir diante das grandes questões e das vissiscitudes da vida?
        
       Bento XVI faz a pergunta: Como é possível que grupos de pessoas desconhecidas, anônimos, pudessem ser tão criativos e convincentes? Como estas tais pessoas conseguiram se impor?


      "Não é mais lógico, até do ponto de vista histórico, que o grandioso se coloque no início e que a figura de Cristo tenha rompido na prática todas as categorias disponíveis, podendo ser compreendido somente a partir do mistério de Deus?"


      Naqueles primórdios, logo depois da morte e ressureição de Jesus Cristo, a Igreja era pequena, perseguida, pobre. Não era a instituição poderosa e influente, que subsituiu o Império Romano, criou a civilização ocidental e reinou durante mil anos (a cristandade) até perder seu imenso poder no início da Era Moderna.      
      
      Ora, é balela grossa que a Idade Média tenha sido a Idade das Trevas. Eu também pensei que fosse. Fui saber, era mentira. No tempo de Santo Tomás de Aquino - em pleno século XIII! - era comum  o povo  ir às praças assistir aos grandes debates e embates teológicos. Se discutia em praça pública sobre a existência de Deus! E ninguém ia para a fogueira.
     
      É claro, e inegável, que houve abusos, a Igreja nunca os negou. Mas os que alardeiam a crueldade dos 'milhões' de vítimas da Inquisição (foram cerca de 25 mil) ignoram que a Revolução Francesa matou dez vezes mais gente em um ano que a Inquisição em quatro séculos. Isto é fato histórico comprovado. 


      Outra pérola é dizer que o Renascimento aconteceu apesar da Idade Média. Fazer esta afirmação é confessar ignorância absoluta. O Renascimento aconteceu, sim, por causa da Idade Média. Todo aquele renascer do conhecimento e das artes só foi possível porque a Igreja criou as universidade e preservou e aprimorou todo o conhecimento da humanidade, principalmente grego e árabe, salvando este conhecimento da destruição das hordas bárbaras que invadiram o império romano após a sua queda. 


     Não é à toa que São Bento é o patrono da Europa. Os monges beneditinos foram os principais guardiões deste saber, os seus mosteiros são famosos até hoje.

     Como toda a xaropada revolucionária, não acreditar em Deus parece inteligente e coisa de iluminado. Transgressivo, sacou? É como a Marcha das Vaias. Mulheres que jamais aceitariam ser confundida com uma mulher da vida ficam pelas redes sociais aplaudindo esta putaria só porque é transgressão. Trangressão por transgressão. Nada mais.
     

     Melhor que sair por aí mostrando a bunda, esta gente poderia gastar seu tempo procurando saber o que é o Milagre do Sol.


     Só Deus.





    • * Não é ofensa ao budismo.  Refiro-me tão somente à incoerência dos avessos à religião, que só não aceitam o cristianismo e a fé católica. Eu experimentei isto na minha família. 
      Hoje, todo mundo é budista. 'Virar budista' é aquela adesão rasa, sem qualquer profundidade. Não sabem nem direito quem é Buda. Acham que ele é japonês. 

19 comentários:

  1. Gostei do texto, mas só uma observação: Dizer que "durante 1500 anos a Igreja Católica foi a única igreja de Cristo é um EQUÍVOCO! Cristo não veio para ser o Cristo de uma instituição. Alto lá. Durante 1500 anos as pessoas que pertenciam a Jesus Cristo, por fé, só tinham uma única instituição a qual se agregar. Jesus morreu e ressuscitou por pessoas e não por instituições.

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    Tem razão, a Maria! Não foi durante 1500 anos que a Igreja Católica foi a ÚNICA de Cristo. Foi por 1979 anos e ainda o será por bastante tempo, até que haja "O dia dos dias", ou seja, até que Cristo retorne, como juiz, para separar os cordeiros dos bodes.
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    Quanto à velha história de que Jesus-Deus não quis formar uma Igreja, que aprecia o que há de "divino" em cada um de nós e lero-lero, basta lembrar o que disse a Pedro, o primeiro Papa (não custa lembrar): "Pedro, tú és Pedra e sobre ti erigirei a MINHA Igreja e as portas do inferno não prevalescerão sobre ela" ("Non praevalebunt portae inferii").
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    Se Cristo não quis dizer exatamente o que disse (como quando disse: "Aquele que não comer da Minha Carne e não beber do Meu Sangue não terá a vida eterna!"), então é um simples e réles mentiroso, não?

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    1. Este comentário foi removido pelo autor.

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    2. Quanta besteira! Aprenda um pouquinho só de teologia ou melhor ainda, leia a bíblia sistematicamente para não dizer tanta coisa sem sentido!(corrigido)

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  3. Parei de ler na parte dos ateus cultuando iemanjá. Isso é um texto irônico?

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      Uma pena que você parou nesta parte, pois o texto é de uma importância ímpar.
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      De resto, caro Guilherme, não é ironia não, pois já ví muitos orgulhosos "ateus" (ponho entre aspas não para desqualificar a condição que eles mesmos assumiram, mas sim para evidnciar a sua incoerencia!) com ramos de arrruda atrás da orelha, pratinhos coma sal grosso, elefantes de bunda virada para a porta e até um, que, atrás do balcão de sua loja, mandar o boy ir urgente até uma papelaria próxima comprar uma letra "C", porque um cliente, que se intitulava "numerólogo" (quá, quá, quá, quá!) havia acabado de dizer que o número de seu estabelecimento era "muito negativo" e demandava o acréscimo de uma letra "C" para neutralizar a energia!
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      Apenas como complemento, ressalto que a loja, que ficava na Rua do Nhambiquaras, em Moema, fechou umas duas semanas depois, com "C" ou sem ele!
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      Em resumo: os trouxas de cérebro estreito, que por orgulho ou despeito, rejeitam a Deus, Pai e Criador, acabam por enveredar pelas coisas mais patéticas (e maléficas!), como mesmo relatado pela blogueira no "post" do Chico "Jabuti".
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      Passar bem.

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  4. Cuidou da sua febre alta? Fazia tempo que não via tantos delírios em um único texto...

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      Caro "Vil" e "Imundo" (estão vendo o porquê do ditado: "Mesmo um relógio quebrado pode estar certo pelo menos duas vezes ao dia"?): eu acho que você deveria refletir um pouco melhor sobre o texto, antes de "eliminá-lo" liminarmente.
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      Quem sabe não acontece de você ficar um pouco mais limpinho e nobre? Vai saber...

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  5. Dizer que "durante 1500 anos a Igreja Católica foi a única igreja de Cristo' não é equívoco, é fato.

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    1. Puxa! Mas eu expliquei logo em seguida: Foi a única instituição que havia! Entenda o que eu quis dizer. Quantas igrejas de Cristo temos hoje? Se você for conhecedora da palavra de Cristo você vai responder: "UMA". Então? Jesus tem uma única "noiva" (para usar a parábola bíblica), uma única igreja que, hoje, está espalhada em INÚMERAS organizações. Ou você quer dizer que só pertencem a Jesus os que são católicos romanos e tem o papa como infalível? Não acredito que pense assim. E nem me fale do verso em que Jesus fala a Pedro, pois dizer que Pedro é o primeiro papa e a pedra é pedro chega a ser infantil.
      Os cristão estão distribuídos por toda parte em muitas instituições e Cristo conhece os seus. Então como podemos achar que Jesus veio instituir uma organização religiosa simplesmente? As organizações religiosas são somente um meio USADO PELOS HOMENS. No fim, todas, todas desaparecerão e seremos todos de um só rebanho, o de Jesus, quando ele voltar, claro.

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    2. Maria, tu és protestante, eu sou católica. Para mim, a verdade é esta:
      http://www.vatican.va/roman_curia/congregations/cfaith/documents/rc_con_cfaith_doc_20000806_dominus-iesus_po.html

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    3. Ok. Respeito com toda consideração. Deus a abençoe. Mas, não aceito rótulos relacionados à instituições.. Nesse sentido, não sou protestante. Sou cristã, sirvo e sigo a Jesus cristo.
      Cada um de nós escolhe sua verdade. Para mim a verdade é esta: BÍBLIA (Por sinal, a versão católica: Bíblia de Jerusalém) é das melhores! Religião institucionalizada não comporta a verdade absoluta que só pode encontrada a pessoa bendita do Senhor Jesus. Grata pela atenção. Fica na Paz.

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  6. prefiro acreditar q esse texto é um grande devaneio. "O ateísmo não era sequer considerado como hipótese, pela indigência de fundamentos", espero q vc esteja brincando, ou, no mínimo, sendo irônica mesmo.

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    1. Vinicius, grata pela tua observação. Estás certo, até fiz uma correção, porque eu estava referindo-me ao ateísmo, "este rasteiro (que chegou até nossos dias e) que pede que Deus seja provado num laborátorio de pesquisa". Aproveitando a tua crítica, eu vou fazer um resumo dos vários ateísmos filosóficos, para ficar claro do que é que estou falando.

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  7. ...Todo aquele renascer do conhecimento e das artes só foi possível porque a Igreja criou as universidade e preservou e aprimorou todo o conhecimento da humanidade, principalmente grego e árabe, salvando este conhecimento da destruição das hordas bárbaras que invadiram o império romano após a sua queda...

    Se estou certo na afirmação de que apenas 1/3 do da poupulação é cristã, posso deduzir que qualquer pessoa que se inclua nos 2/3 restantes vai achar você um(a) extremista. Se extremista de direita ou de esquerda nem vem ao caso, pois extremistas são iguais na forma de pensar. Acredite: a extrema esquerda odeia tanto a extrema direita e vice-versa, justamente por serem muito parecidas. Eles tendem a buscar "verdades" para fazer valer as suas retóricas. Tenho vários amigos ateus e TODOS acreditam em suas consciências e mais nada. Aliás gostaria de conhecer um Ateu que depositasse flores para Iemanjá. Seria uma figura interessantíssima... Eu por acaso sou cristão mas sei que 99% dos que se dizem cristãos nem sequer se deram ao trabalho de ler o novo testamento. Se dizem cristãos mas não conhecem a verdadeira filosofia cristã, esta mesma que foi adulterada pela santa igreja católica que até meados dos anos 60 rezava suas missas em latim (acho que no intuito de divulgar mesmo a doutrina cristã para a plebe que saía deveras instruída no evangelho após cada missa -imagine)
    Se a santa inquisição matou dez vezes menos que a revolução francesa, sinceramente, este argumento não é compatível com a idéia do texto em si, que me parece ser a discussão sobre o valor do cristianismo. Acredite: cristo não tem nada a haver com a carnificina que qualquer homem possa ter cometido em nome dele mas por interesses obviamente políticos. Cristo é amor ao próximo. Cristo é amor próprio. Cristo é amor absoluto. Faça o seguinte: leia o Novo Testamento inteiro umas 03 vezes. Leia considerando que ele foi alterado em virtude de inúmeras traduções ou mesmo pela vontade da santa igreja católica (Constantino ano 300). Perceba que mesmo assim, Mateus, Marcos, João e Lucas conseguem passar muito bem a filosofia Cristã que é o amor ao próximo. Já Paulo descreve mortes fulminantes pelo não pagamento do dízimo, homofobia... Paulo deveria ser um extremista... Fazer o quê...Nada a haver com Cristo...

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  8. Paulo Fernandes,tu não foste o único a protestar contra as tantas práticas 'espirituais' de que eu 'acuso' os libertários, ateus, agnosticos e revolucionários. Não é óbvio que se um destes não pratica nenhuma destas 'espiritualidades', eu não estou falando deles? Fica implícito, então que eu quis dizer "Muitos daqueles que se autoproclamam". Taí, vou até acrescentar ao texto.

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      É óbvio que o caro Paulo, protestante, puxa a brasa para a sua sardinha, ao criticar a Igreja e acusá-la de "manipulações", "alterações" (quais?) e outras lorotas.
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      Talvez nem seja, como a maioria dos protestantes, um ex-Católico, porque senão saberia que a Santa Missa tem duas partes, a Liturgia da Palavra (leituras e homilia, ou sermão) e a Liturgia Eucarística, aonde são consagradas as espécies no Corpo e Sangue AUTÊNTICOS (e não "simbólicos") de Nosso Senhor Jesus Cristo, repetindo assim o sacerdote, "in persona Christi" mas de forma incruenta, o Sacrifício do Cálvário.
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      Dessa forma, apenas as partes imutáveis da Missa eram ditas em Latim, língua morta e insuscetível de alterações, e não a parte do ensinamento catedrático. Todo o povo amava e sabia as palvras da missa de cór (que quer dizer, bem justamente, "de CORAÇÃO") e isto estabelecia, imediatamente uma UNIDADE na adoração a Deus, por todo o Planeta, fosse na Índia, na Arábia, em Roma ou no Perú. Hoje em dia, com esculhambação promovida no "Ordus Missae", cada sacerdote diz e faz o que quer e a Missa é rezada PARA O POVO, tendo o Homem como centro e não PELO POVO, com Deus com Centro.
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      A Igreja, Una, Santa, Católica e Apostólica, baseia a sua Doutrina e ação, num tripé: Escritura, Tradição e Magistério, exercido este último pelo Sumo Pontífice, o Papa, que tem o múnus de ensinar e interpretar a Escritura de forma INFALÍVEL ("Pedro, Pedro, Satanás está me pedindo para joeirar-te, mas Eu REZO [=oração permanente] para que sejas confirmado na Fé e confirme os teus irmãos" [os Bispos]).
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      Os nossos amigos Protestantes não tem nada disto, exceto o que eles se agarram titanicamente que é a Escritura.
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      Só que a Bíblia sobre a qual eles tanto se louvam é CRIAÇÃO DA IGREJA e não o contrário! Pois foi a Igreja Católica, que desde os primórdios CANONIZOU (isto é autorizou, distinguindo so livros CANÔNICOS dos não-canônicos como "palavra revelada de Deus").
      Se assim não for, que por favor me forneçam, baseado na doutrina da "Sola Scriptura" do herético monge lutero aonde está escrito, na BÍBLIA, quais são os livros autênticos e os não autênticos! A Bíblia não se legitima a si mesma, precisando de alguém COM AUTORIDADE para fazê-lo. E esta tem as suas orígens em textos aramaicos e gregos ainda preservados e que podem autenticar a sua correta tradução, como o famoso fragmento "6AQ5" dos manuscritos de Qmran. Pura lorota, enfim!
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      O que os Protestantes, à moda dos Judeus, de quem lutero bebe o cálice da sua heresia diabólica (de "diabolos", "aquele que divide", em grego), fizeram, foi EXPUNGIR alguns livros da Bíblia, ou porque haviam sido escritos por Judeus no Exílio de Alexandria ou porque não corroboram a sua doutrina patética (como no caso do livro de "Macabeus" que sustenta teologicamente a existência do Purgatório!). Que temerário, não?
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      E ainda o caro Paulo tem a coragem de EXCOMUNGAR o "Apóstolo dos Gentios", a quem deve o seu nome. Caso típico do mau passarinho, "que faz no seu próprio ninho"!
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      Haja, hein?!

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  9. Poderia, por favor me explicar o que fez Constantino, papa da igreja por volta do ano 400 DC? EXCOMUNGAR... Termo forte esse... Apenas gostaria de conhecer uma justificativa plausível para tamanha diferença entre o relato do discurso de Jesus para o relato do discurso de outros personagens do Novo Testamento. Sinceramente, o relato da morte súbita de um ancião pelo não pagamento do dízimo mais me parecem palavras delegadas à Paulo do que saídas de sua própria boca. Palavras que notoriamente parecem intimidar seus leitores ao pagamento do dízimo, sob pena de morte súbita por castigo divino. Eis aí uma grande incoerência, pois a filosofia cristã é justamente contrária ao castigo. Castigo é coisa dos homens, maus por natureza, preconceituosos e extremistas. Castigo não tem nada a haver com a filosofia Cristã, ou tem? Para dizer a verdade, conheço muito ateu que é muito mais cristão do que muito cristão de "carteirinha" por aí. Vou parando por aqui. Seu discurso extremista e preconceituoso não leva ninguém a nada. Muito menos edifica a filosofia Cristã. Passar bem.

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