Em Brasília, costumávamos andar pelos gramados do Plano-Piloto à noite, à luz da lua, sem perigo, sem sobressalto. Brasília era a única cidade onde não era proibido pisar na grama. Quem tinha nascido lá, ou viera muito jovem para Brasília, não se acostumava com as outras cidades, tão convencionais e velhas.
Vivi em Brasília de 64 a 80, dos 11 aos 27 anos. Minha adolescência e juventude. Como toda (c)idade, tinha suas dores e alegrias. Hoje, mais de 30 anos depois que eu saí de lá, não reconheço mais Brasília.
Concordo com uma amiga , Ana Prudente, que escreveu: "Brasília pretendia ser uma coisa e, então, deu tudo errado e ela se transformou em algo inominável". Vendo a cidade como ela é hoje, comentei no álbum de fotografias de Brasília, feitas por Clara Favilla, uma querida amiga que ainda mora lá:
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