quinta-feira, 18 de junho de 2015

Laranja não é melancia

        Chamar de 'casamento' união de homem/homem ou mulher/mulher é o mesmo que dizer que laranja é uma fruta grande, de forma elíptica, de casca verde rajada, com polpa interna branca e parte comestível aquosa, doce, de cor vermelha com sementes pretas. Cresce no chão, em ramas. 

        Ou seja, é melancia, não é laranja. Laranja é fruta média, de cor amarela/verde, com gomos constituídos de gomículos, cheios de líquido doce/ácido e que cresce em árvores de troncos e galhos altos. 


        Casal é formado por homem e mulher. Só. Desde sempre. Eles se unem em vista da formação de uma família, cujo objetivo é o bem comum do casal e dos filhos. Homem e homem, mulher e mulher é par. Como par de vaso
(dito assim, grosso modo. Porque a um 'casal' homossexual há que se encontrar outro termo que o defina. Casal não. Casal é formado por homem e mulher. Ponto). 
       
         Um casal estéril? Continua sendo casal. Um surdo não é quem não escuta, é quem não pode escutar. A minha geladeira não escuta, mas ela não é surda. Sobre lares em que filhos são criados por mães viúvas, eles continuam sendo família, não porque família não precisa de pai, mas porque naquela família falta um pai. 



       Família onde há dois pais ou duas mães é desordem, não é família. É convivência. Misturar ou confundir os conceitos de 'família' e 'amor' é o mesmo que chamar bichinhos a quem amamos muito de 'filhos' e dizer que eles estão 'tristes' ou 'revoltados'. É figura de linguagem é metáfora, modo de dizer.

        Família tem fundamento biológico/antropológico. Não foi a Igreja Católica que inventou o conceito. Em todas as culturas de todos os tempos, a família, a mais antiga instituição humana, sempre foi formada por pai, mãe e filhos. O homem unia-se à mulher, passavam a viver juntos na mesma casa (daí, o termo casal) e formavam a família, que se completava com o nascimento dos filhos. 


         A família é considerada a instituição responsável por promover a educação dos filhos e influenciar o seu comportamento no meio social. É na família que são transmitidos os valores morais e sociais que servirão de base para o processo de socialização da criança, bem como as tradições e os costumes perpetuados através de gerações.


         O ordenamento jurídico, com a fixação de direitos e deveres dos cônjuges, veio apenas reconhecer e normatizar a instituição milenar da família como criação social e cultural da humanidade. As normas jurídicas apareceram mais tarde, e não o contrário. As leis são posteriores à instituição da família, integrada pelo casal e seus filhos. Não é que apareceu um legislador que pensou em criar o 'casal', a 'família', e depois, decidiu do que e de quantas pessoas seriam constituídos. 


         E mais: se casamento não é entre homem e mulher, mas entre qualquer um com qualquer outro, por que tem que ser um e um? Por que não pode ser casamento de três? E de seis? Por que não pode casar pai com filha? Ou pai com filho? E irmão com irmão? Por que não pode ser um adulto com uma criança? 



         Na história humana, mesmos em sociedades pagãs em que o homossexulismo era publicamente praticado e conhecido (Grécia e Roma são exemplos),nunca houve qualquer tentativa de reconhecer o matrimônio entre pessoas do mesmo sexo ou transformar em lei o casamento gay. Pelo simples fato de que o casamento, o matrimônio ou a união de fato, sempre foi entre um homem e uma mulher. 

         Nós, moderninhos, queremos mudar isto. Pelo mesmo raciocínio - o de considerar 'falta de evolução' e obscurantismo e barbárie tudo o que é antigo - daqui a dez mil anos, nós é que seremos 'coisa do passado'?

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