terça-feira, 3 de janeiro de 2012

O Velho e a moça

      O que feministas esquerdistas, daquelas que babam ao denunciar a opressão do poder machista sobre a mulher, dirão desta história aqui?
      Luis Carlos Prestes tinha 54 anos, em 1950. Era poderoso, autoritário, sua decisão era lei no Partido Comunista. Ninguém ousava discutir ou contrariar sua vontade. Maria, moça comunista de apenas 19 anos - 35 anos mais jovem que Prestes - dois filhos, separada do marido, é designada pelo partido para ser segurança do Velho, no aparelho onde ele vivia clandestino em São Paulo. Maria conta:

      "Um dia, ele (Prestes) chegou pra mim  e me propôs casamento. Eu disse que ia pensar. O companheiro Giocondo Dias apareceu lá em casa. Aí eu falei pra ele: “Olha, Giocondo, o Prestes quer que eu case com ele.  Aí fomos pro escritório dele [Prestes] pra conversar. Falei: “Conversei com o Giocondo sobre o nosso relacionamento, e ele disse que a gente é quem decide. Aí o Giocondo falou: “Junta logo! É melhor...”. Aí a gente se juntou. Foi só isso. Não teve esse negócio de beijinho, abracinho, essas coisas... Só depois. Na época da clandestinidade, Prestes ficava preocupado porque eu não saía de casa pra me divertir, ir ao cinema, teatro, nem visitava minha família. Não podia. Fiquei quase 10 anos sem ver família, sem ter contato com ninguém. Quando eu apareci, meus irmãos tinham pensado que eu tinha morrido."  


http://www.revistadehistoria.com.br/secao/entrevista/guerreira-prestes

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

É verdade, nem tudo é verdade.

‎(atenção: ligar a tecla sap, é piada, ironia, pegadinha, humor negro, OK?) 

    "os agentes perceberam a manobra e conseguiram cercar o carro do Juarez, impedindo a fuga – aí ele optou pelo suicídio, cumprindo sua parte no pacto de morte que havia firmado com a companheira". 
     Suicídio?! Os milicos sempre contam esta mentira, para encobrir os assassinatos cruéis, sob torturas bárbaras e desumanas, de militantes que lutavam por liberdade e justiça. Só quem diz a verdade sobre os anos de chumbo são os próprios revolucionários da esquerda. Confere aqui " a ótica da militância". http://www.observatoriodaimprensa.com.br/news/view/_ed671_arquivos_secretos__nem_tudo_e_verdade 

        É assim: quando os órgãos de segurança diziam que um militante tinha suicidado, a gritaria era geral: "Mentira, foi torturado e morreu". Agora, quando a esquerda informava que um dos seus tinha cometido suicídio, aí era verdade, era doação heróica da própria vida para não comprometer outros companheiros ou prejudicar a causa. Então, tá.
     Noutro trecho, o terrorista Celso Lungaretti, também da VPR, conta: um revolucionário da pesada (Wellington Moreira Diniz, alto dirigente da VPR) "teve de afastar-se da militância ativa por causa de problemas cardíacos". Ainda assim, "apesar das brutais torturas, seu coração resistiu e ele tomava fortes calmantes na prisão".
Como diria a transex Valéria, a que era Waldemar: "Tá de deboche?"

     E a conversa 'de amigos 'de Lungaretti com o tenente-coronel Ary Pereira de Carvalho, da Divisão de Infantaria, responsável pelo IPM da VPR, que (lhe)contou o ocorrido em 18/04/1970 sob a ótica da repressão? Pode?!