A arte é misteriosa e mágica. Basta pensar a quem fez as pinturas rupestres das cavernas de Lascaux, há vinte mil anos, na França. Se estivessem no Museu do Prado, no Louvre, ou MoMa, estariam no lugar certo. E quem as fez não devia estar preocupado com sua perenidade ou transitoriedade.
A dir bene, era um grafiteiro. Depois que ele 'obrou', aquilo lá não era mais dele. Mas sempre será de quem as fez. Ainda que não tenha nome, não tenha assinatura.
As catedrais góticas da Idade Média (nos referimos a coisas 'medievais' como primitivas, cruéis, sem racionalidade por desonestidade da Idade das Luzes e por figura de linguagem, hoje sabemos) são o ápice da arte humana, da civilização. E nestas catedrais não havia autoria (O abade Suger, o arquiteto, é impossível desconhecer). Os escultores, pintores e vitralistas (existe o termo?) não assinavam suas obras. Era vaidade, imagina querer que reverenciassem quem as tinham produzido. As obras eram feitas para a glória de Deus.
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