terça-feira, 30 de junho de 2015

Casar é outra coisa

     Casamento não é coisa de 'católico praticante'. Não tem nada a ver com religião, ser ateu, deixar de ser. Não se pode confundir cerimônia de casamento na Igreja, os noivos, os padrinhos com a instituição do casamento. Casar não é aquela cerimônia.

     O casamento é o pacto, o sim do homem à mulher e da mulher ao homem, com vistas ao bem do casal e da prole. As pessoas se casam para formar um família, para ficarem juntas, cuidar um do outro e os dois cuidarem dos filhos.

     Casamento, tem que ter por princípio a durabilidade e a fecundidade. O primeiro já está comprometido pelo divórcio; o casamento gay acaba com o princípio da fecundidade. Ou seja, falta quase nada para destruir o casamento, e com ele, a família.

      Para a Igreja Católica, o matrimônio é sacramento e foi instituído por Deus. É o primeiro sacramento que aparece nas Sagradas Escrituras (" E o homem deixa a sua casa, une-se à mulher e eles se tornam uma só carne). Está no Gênesis.
 Depois, Nosso Senhor Jesus Cristo reforçou a sacralidade do matrimônio quando fez Seu primeiro milagre nas Bodas de Caná. 


    Mais que isto: a Igreja é chamada a Noiva do Cordeiro. Jesus Cristo é o Esposo. Cristo é a cabeça, a Igreja Seu Corpo Místico. Jesus Cristo não se casou porque já tem uma esposa, a Igreja. É por isto que sacerdotes não se casam, eles representam Jesus Cristo, agem in persona Christi. Como seu Senhor, os sacerdotes são fiéis à Igreja.  

   Mas o matrimônio, o casamento, a família não pertecem á Igreja católica. São criações da raça humana.

sexta-feira, 26 de junho de 2015

Família é isso (Jorge Ferraz)

            A respeito do casamento gay hoje aprovado pela Suprema Corte americana, um amigo (Arthur Danzi) me perguntava quais os argumentos, ou antes o "principal argumento", contra o seu reconhecimento civil. Perdão pelos erros tipográficos. Escrevo do celular. E matando aula.

           Difícil sintetizar. Posso arriscar quanto segue: o casamento não é uma ficção criada pelo mundo jurídico (como, sei lá, a personalidade jurídica). É, antes, o reconhecimento de um dado da realidade: as pessoas se casam "antes" (se não temporal, ao menos logicamente antes) do ordenamento jurídico estabelecer as regras daquilo que se vem a chamar de casamento civil.

           Isso significa que (para horror dos juspositivistas mais radicais) a liberdade criadora do Direito, neste quesito ao menos, não é absoluta. O direito disciplina uma realidade que lhe preexiste. Não pode, a seu alvitre, dar-lhe a feição que lhe aprouver. Não está propriamente criando, e sim reconhecendo.

           Existem, e sempre existiram, em todas as sociedades, incontáveis agrupamentos sociais, formados pelas pessoas as mais diversas e por razões as mais distintas. Existem os amigos que dividem apartamento, existem os irmãos que moram juntos, existe a trupe de circo que vive em acampamentos nômades, existem os homossexuais que moram juntos, existem as comunidades hippies. De todos esses agrupamentos sociais, um e somente um mereceu especial proteção da sociedade: a união duradoura e fecunda entre o homem e a mulher.

           Primeiramente, não interessa fazer juízo de valor sobre essas realidades sociais, não importa tanto tentar justificar o porquê de uma delas ter (sempre) merecido especial tratamento da sociedade. Importa, prima facie, e tão somente, mostrar que elas *são diferentes*. Uma coisa é uma coisa e outra coisa, outra coisa. 

            Há diferença entre os irmãos que moram juntos e a trupe de circo que mora junta também, uma coisa é João e Tiago que dividem um apartamento perto da faculdade para estudar - e pouco importa se eles fazem sexo entre si ou não - e, outra coisa, duas velhinhas solteironas, amigas de infância, que moram em casas contíguas e comunicantes. E ainda, diferente de todas essas coisas, é a união fecunda e duradoura entre o homem e a mulher que, aqui, para fins de economia de teclas, vai se chamar apenas de "o casal".

           De todos os agrupamentos sociais, o casal apresenta duas características particularíssimas e que o distinguem de todos os outros. Primeiro, a durabilidade: ser casal é firmar um compromisso pra toda a vida. Segundo, a fecundidade: o casal tem uma potencial capacidade de gerar uma prole.

          A família, formada pelo casal, é assim a chamada célula mater da sociedade. Uma célula é a menor parte constituinte de um todo orgânico, de um plexo vivo. A célula tem em si algo do corpo; a família encerra em seu seio algo da diversidade da sociedade (homens e mulheres, e diacronicamente velhos e crianças). A célula (ao menos em certa medida) se auto-sustém e se replica; a família é uma unidade coesa e, simultaneamente, aberta à multiplicidade, à continuidade. É pelo instinto genesíaco, leciona Clovis Beviláqua, que o homem se une à mulher; é pelo cuidado da prole fruto dessa união, acrescenta, que ambos permanecem juntos.

          Duas são as características da família: a durabilidade e a fecundidade. Por ser duradoura, ela é forte e coesa; por ser fecunda, ela se perpetua. A instituição familiar, assim, é e sempre foi a resistência natural ao desejo de dominação dos poderosos. Interessa aos que detêm o poder (e o querem exercer em seu benefício próprio) que os seus súditos estejam fracos, dispersos e dele dependam. Interessa-lhe enfraquecer as instituições sociais intermediárias, mormente as mais básicas. Interessa-lhe, em suma, desestabilizar a instituição da família.

         Porque toda família é um porto seguro contra os arbítrios dos poderosos. Toda instituição familiar é um corpo diversificado do qual o homem é cabeça, é um castelo fortalecido do qual a mulher é rainha. Toda família é um mundo em si mesma. E todo mundo é resistente às ingerências exógenas.

         Duas são as características próprias da família, a unicidade e a fecundidade. Para destruir a primeira veio o divórcio, para vulnerar a segunda, o "casamento" gay. É este o sentido em que se diz que essas coisas intentam destruir a família: eliminar características de uma definição é ampliá-la, ampliar uma definição é colocar nela coisas distintas, chamar coisas diferentes da mesma coisa, e tratá-las igualmente, é desdiferenciar. 
        
        E isso é bárbaro, é anticivilizatório, simplesmente porque o refinamento que diferencia as coisas é próprio do pensamento mais elaborado e, as palavras que são idênticas para se referir a uma gama de coisas distintas, são típicas de agrupamentos sociais primitivos. Trata-se de questão de rigor científico, quando menos, para o qual distinguir e ser capaz de expressar a distinção é condição prévia para entender. Poder referir-se ao aparelho de marcapasso é em si mesmo melhor do que só conseguir dizer "o negócio que fica coisando aqui".

          Se tudo é importante, nada é importante. Se tudo é família, nada é família. Se tudo merece proteção especial, então nada merece proteção especial. Generalizar um tratamento específico é perder a espécie na generalidade indistinta. Chamar tudo de família é perder de vista o que são famílias, e as razões pelas quais estas devem ser protegidas.

          Porque a proteção da família é útil à sociedade e útil ao indivíduo. À sociedade, porque esta precisa continuar existindo, e é às famílias que compete gerar e educar os futuros membros da sociedade. Ela é o locus naturalis onde isso ocorre, e o advento de técnicas de reprodução assistida não muda essa realidade mais do que a nutrição nasogástrica torna obsoleta a alimentação humana. E o reconhecimento de uma dada organização social como "Família" tem um custo social, evidentemente, quando menos em termos de renúncia de impostos. 
             
          Não é flatus vocis. A direitos correspondem deveres, e deveres não são de graça. Não faz sentido onerar a sociedade com a universalização dos benefícios próprios da família para todos os agrupamentos sociais, mesmo para aqueles que não podem, em si mesmos, prestar o serviço social que a família presta. 
           
         E tampouco faz sentido conferir arbitrariamente direitos a uns agrupamentos e não a outros que, juridicamente, são idênticos: a dupla de homossexuais "casados" e que amanhã pode se divorciar é indistinguível, para o direito, dos amigos que dividem apartamento para economizar nos estudos universitários. Simplesmente não faz sentido que um daqueles possa colocar o outro como dependente do plano de saúde e, um destes, não o possa.

           Mas as famílias são importantes para os indivíduos, e é talvez principalmente por isso que elas devem ser protegidas: a entrega duradoura e fecunda a uma pessoa diferente de você é, se não o único, ao menos - decerto - o meio ordinário para que as pessoas escapem à mediocridade da vida e se realizem plenamente.

          Constituir família - e família é responsabilidade, não "amor" no contemporâneo sentido prostituído - é, se não o único, ao menos o meio ordinário de deixar de ser massa, de deixar de ser poeira social para integrar algo maior do que você próprio e do que, mesmo assim, você é próprio.

          A família nunca sai de moda, disse há não muito tempo uma famosa e rica dupla de homossexuais. Nem se pode substituir pelas ideologias da moda, eu poderia acrescentar. É este o sentido do compartilhamento que fiz antes: digam o que disserem os lunáticos de plantão, o casamento é um tipo específico de união, entre o homem e a mulher. E é por respeito à realidade das coisas, por rigor científico e terminológico, por isonomia jurídica, pela proteção e promoção dos benefícios à sociedade e ao indivíduo, em suma, que ela merece proteção civil.

sexta-feira, 19 de junho de 2015

Aborto: quem morre?

         Toda vez que se fala em aborto, aparece alguém falando das mulheres pobres que morrem em decorrência de abortos mal-feitos, em clínicas clandestinas. Fique claro: não deve morrer nenhuma mulher. A questão é outra, desviar o foco é ignorância ou má-fé.


        As clínicas de aborto não matam 'milhares de mulheres'. Matam milhares de crianças, fetos, bebês, ou embriões, Estes últimos a ciência não sabe dizer se são ou não são seres humanos; logo, podem ser (todos nós sabemos que são)
.
       O aborto não pode ser escolha individual. Se há dúvida sobre ser o embrião vida humana, temos de contemplar a possibilidade de ser. Logo, não se pode abortá-lo.
   
     Todos sabem que um número expressivo de abortos são de bebês completamente fomados, e é por esta realidade chocante e indiscutível que os abortistas detestam quando se exibem fotos e vídeos de bebês perfeitos completamente estraçalhados, prontos para descarte, nas clínicas de aborto. 

     
     Pelo menos, este consenso a civilização já atingiu: a lei, a moral, o senso comum não admitem e punem o assassinato de ser humano inocente. Quanto ao raciocínio torto - 'quem é contra o aborto é a favor de clínicas clandestinas' - , eu pergunto: quem é contra a impunidade de assaltantes, implicitamente é a favor da superlotação carcerária?
     

     A exibição propagandística de números astronômicos de' mulheres pobres que morrem por causa de abortos mal-feitos" só faz parte da má-fé e desonestidade de quem só quer matar. Dados oficiais do SUS, de 2002 a 2007, informam que, no período, morrerram 845 mulheres em decorrência de abortos, incluídos aí os abortos espontâneos, gravidez tubáreas e outras complicações. Logo, o número de mulheres mortas por causa de abortos mal-feitos é muito abaixo das milhares que são acenadas por defensores do aborto.
   
        Sobre livre-arbítrio/escolha individual, dizer que, numa sociedade democrática, as pessoas são livres porque podem escolher o que lhes parece melhor é dizer que todos os atos, numa sociedade democrática, são passíveis de escolha livre: nenhum ato, por mais criminoso que seja, pode ser retirado à livre escolha de cada um. 

      Mas, sabemos que não é bem assim. Há decisões que a sociedade deixa à livre escolha de cada um (por exemplo, ir à praia ou ao cinema) e há atos que a sociedade não deixa à livre escolha de cada um (por exemplo, matar o vizinho numa reunião de condomínio).
    

     No aborto, estão em causa os direitos de uma pessoa e os direitos de um feto (ou, como dizem alguns cientista e juristas, uma 'coisa', ou' um não se sabe bem o quê'). Já expliquei lá atrás: se a ciência não pode provar que o feto não é ser humano, o aborto não pode ser permitido. É crime.
      
        O aborto não deixa de ser imoral, inaceitável e vergonhoso só porque a 'civilização' decidiu legalizar o genocídio de seres humanos indefesos dentro da barriga da própria mãe. Quem defende o aborto quer liberdade para matar. Ponto.

quinta-feira, 18 de junho de 2015

Laranja não é melancia

        Chamar de 'casamento' união de homem/homem ou mulher/mulher é o mesmo que dizer que laranja é uma fruta grande, de forma elíptica, de casca verde rajada, com polpa interna branca e parte comestível aquosa, doce, de cor vermelha com sementes pretas. Cresce no chão, em ramas. 

        Ou seja, é melancia, não é laranja. Laranja é fruta média, de cor amarela/verde, com gomos constituídos de gomículos, cheios de líquido doce/ácido e que cresce em árvores de troncos e galhos altos. 


        Casal é formado por homem e mulher. Só. Desde sempre. Eles se unem em vista da formação de uma família, cujo objetivo é o bem comum do casal e dos filhos. Homem e homem, mulher e mulher é par. Como par de vaso
(dito assim, grosso modo. Porque a um 'casal' homossexual há que se encontrar outro termo que o defina. Casal não. Casal é formado por homem e mulher. Ponto). 
       
         Um casal estéril? Continua sendo casal. Um surdo não é quem não escuta, é quem não pode escutar. A minha geladeira não escuta, mas ela não é surda. Sobre lares em que filhos são criados por mães viúvas, eles continuam sendo família, não porque família não precisa de pai, mas porque naquela família falta um pai. 



       Família onde há dois pais ou duas mães é desordem, não é família. É convivência. Misturar ou confundir os conceitos de 'família' e 'amor' é o mesmo que chamar bichinhos a quem amamos muito de 'filhos' e dizer que eles estão 'tristes' ou 'revoltados'. É figura de linguagem é metáfora, modo de dizer.

        Família tem fundamento biológico/antropológico. Não foi a Igreja Católica que inventou o conceito. Em todas as culturas de todos os tempos, a família, a mais antiga instituição humana, sempre foi formada por pai, mãe e filhos. O homem unia-se à mulher, passavam a viver juntos na mesma casa (daí, o termo casal) e formavam a família, que se completava com o nascimento dos filhos. 


         A família é considerada a instituição responsável por promover a educação dos filhos e influenciar o seu comportamento no meio social. É na família que são transmitidos os valores morais e sociais que servirão de base para o processo de socialização da criança, bem como as tradições e os costumes perpetuados através de gerações.


         O ordenamento jurídico, com a fixação de direitos e deveres dos cônjuges, veio apenas reconhecer e normatizar a instituição milenar da família como criação social e cultural da humanidade. As normas jurídicas apareceram mais tarde, e não o contrário. As leis são posteriores à instituição da família, integrada pelo casal e seus filhos. Não é que apareceu um legislador que pensou em criar o 'casal', a 'família', e depois, decidiu do que e de quantas pessoas seriam constituídos. 


         E mais: se casamento não é entre homem e mulher, mas entre qualquer um com qualquer outro, por que tem que ser um e um? Por que não pode ser casamento de três? E de seis? Por que não pode casar pai com filha? Ou pai com filho? E irmão com irmão? Por que não pode ser um adulto com uma criança? 



         Na história humana, mesmos em sociedades pagãs em que o homossexulismo era publicamente praticado e conhecido (Grécia e Roma são exemplos),nunca houve qualquer tentativa de reconhecer o matrimônio entre pessoas do mesmo sexo ou transformar em lei o casamento gay. Pelo simples fato de que o casamento, o matrimônio ou a união de fato, sempre foi entre um homem e uma mulher. 

         Nós, moderninhos, queremos mudar isto. Pelo mesmo raciocínio - o de considerar 'falta de evolução' e obscurantismo e barbárie tudo o que é antigo - daqui a dez mil anos, nós é que seremos 'coisa do passado'?

quinta-feira, 11 de junho de 2015

A direita e o botãozinho do Pay Pal

        Ih ih! Será que Olavo de Carvalho (não) anda enchendo as burras de dinheiro com seu Curso Online de Filosofia, seus cursos manjados e seus livros que não passam de compilação de artigos escritos e publicados em jornais e na internet? 

        Ele fala em três mil alunos, a trinta dólares por mês: é uma baba, noventa mil dólares mensais, mais de um milhão de dólares por ano. Será? Não é o que parece. Ao contrário, está difícil arrancar dinheiro de olavete, até mesmo para financiar a salvação do mundo. Ou olavete não tem dinheiro ou a lábia de seu mestre e guru não está funcionando. Doação? Quase nenhuma, caraminguás, pouquíssima gente abrindo o bolso. 

        Vai vendo: O Guru de Varginia tem duzentos mil seguidores. Enquanto isto, o tal Conclave de Oslo - que começa daqui a dez dias- arrecadou menos de vinte mil reais dos cento e cinquenta mil estabelecidos como meta. O filme longa-metragem (sic) O Jardim das Aflições - sobre a vida e obra de Olavo de Carvalho, orçado em duzentos e cinquenta e dois mil reais - está ainda pior: não abiscoitou nem oito por cento do total com doações. Agora, o Terça Livre, um programa de hangouts com olavetes fiéis, também está pedindo dinheiro. 

        Mas não era a esquerda que vivia do trabalho e do dinheiro alheios, de prebendas e da lei do menor esforço? Esta direita... descobriu o botaozinho do Pay Pal e não quer saber de outra vida. Sei.

quarta-feira, 10 de junho de 2015

Sexo na escola

         Quem diria que as (nem tanto) inocentes aulas de Educação Sexual introduzidas nas escolas em meados dos anos 60, acabariam dando no que deram: hoje, as escolas estão implantando a Ideologia de Gênero, que não passa de refinada perversidade para pirar todo mundo, a começar pelas nossas crianças, fazendo crer que 'homem' e mulher' não existem. A despeito de todo mundo saber - basta se olhar - que homem e mulher existem e são diferentes. 

         Foi na segunda ou terceira série do ginásio, entre 66/67, que apareceu no colégio onde eu estudava, em Brasília, a novidade das aulas de Educação Sexual. Lembro-me nitidamente da primeira aula, era um médico, não tão jovem nem tão velho, tratando de anatomia e fisiologia de um modo totalmente diferente das aulas convencionais de biologia e ciências. 

         Todos nós nos sentíamos muito moderninhos, participando de aulas tão 'escandalosas', e imaginávamos as caras de espanto quando contássemos em casa o que tínhamos acabado de presenciar. 

         No fundo, e de verdade, o que havia mesmo era constrangimento e esforço para ouvir as aulas com naturalidade. Os temas - tratados de modo 'científico' - eram todos relacionados à intimidade dos alunos - sim, eram classes mistas, com garotos e garotas. 

         Tanta modernidade e apreço pela ciência teria sido de bom proveito, se, ao lado, não assistíssemos e participássemos da corrosão total de valores morais, de uma revolução sexual tresloucada onde, no lugar de 'amor livre', o que se viu, em grande parte, foi a prática indiscriminada de promiscuidade e libertinagem. 

         Hoje, nas salas de aulas, nossas crianças tem aulas de sexo explícito, para dizer o mínimo. Meus filhos já são adultos - minha caçula já tem 23 anos. Mas e meus netos?

segunda-feira, 8 de junho de 2015

A favor de gay pode tudo?

      Eu vi no Facebook gente que odeia a Igreja compartilhando, cheia dos apoios, uma nota (do ano passado) da Comissão de Justiça e Paz da Arquidiocese de São Paulo em defesa da integridade dos homossexuais e contra a violência de que são vítimas pelo seu viés sexual. Até uma montagem grosseira de Papa Francisco segurança uma bandeira arco-íris foi feita.

      Sei, para isto, a Igreja serve, quando interessa, a Igreja é bacaninha. Agora, este mesmos 'amiguinhos' nada têm a dizer
 da figura blasfema que desfilou pela Avenida Paulista durante a Parada Gay em São Paulo, escarnecendo do Crucificado, como é o caso da moça (ou é um travesti, sei lá), semi-nua pregada numa cruz? Nenhum protesto? Vale tudo? Respeito é mão-única? 


      Imagina alguém achar feio ou torcer o narizinho para o espetáculo de indecências, nudez, sexo explícito e consumo de drogas à vista de crianças, que são rotina todos os anos na Avenida Paulista durante a parada gay. 

       Se criticar, o mundo desaba sobre a cabeça: preconceito, violência, homofobia. Do outro lado, do 'direito' dos homossexuais, aí pode tudo. Aí, não precisa respeitar nada, nem fé, nem pudor, nem moral. Chega!

       Não são os opositores do homossexualismo que expõem os gays ao ridículo e ao grotesco. São os próprios militantes, com seus trejeitos, fantasias, despudores, linguajar afetado, promiscuidade, drogas. Não são todos, mas são muitos.

domingo, 7 de junho de 2015

Sem dó de ninguém

         Eu não tenho dó de ninguém, nem de negro nem de pobre, naquele diapasão do 'coitadinho', quando o assunto é acesso à universidade ou ao ensino superior. A dívida e indignação tem que ser com aqueles que querem estudar e não conseguem. Quem disse que todo mundo tem que entrar numa faculdade? Ensino superior é para quem quer estudar e para quem pode (no sentido intelectual da possibilidade).
        Ensino superior tem de ser para poucos (eu disse para poucos, não para ricos). Efeito irradiante. O mundo está cheio de moças e rapazes endinheirados e de moças e rapazes pobres que não dão a menor importância ao saber. Qualquer um dos dois que entrar numa universidade pública é dinheiro de quem paga imposto rasgado e jogado no lixo.
       O Estado deve garimpar na escola pública os alunos pobres (brancos, pretos, pardos, japoneses, qualquer um) que querem estudar e dar-lhes condições, bolsas e sustento para isto. E tem que garimpar bons professores e lhes dar recompensa, condições e boas escolas onde lecionar. Com a escola vagabunda que há no Brasil, pública e privada, este demagogismo da 'universidade para todos' e bolsas de Prouni à mancheia só levam ao rebaixamento da já degradada universidade brasileira.
       A universidade ou acaba rebaixando o nível para que o aluno mal formado acompanhe os cursos, ou estes alunos, precariamente educados nas escolas públicas deficientes, acabam por abandonar a universidade por falta de condições de se formar.
      No Brasil, o estudo e o esforço para a obtenção de conhecimento é menos valorizado que a biografia de uma pessoa como Lula, que não é um pobre analfabeto, é só um rico ignorante. Luis Inácio Lula da Silva é santificado pela maioria dos jornalistas e intelectuais porque eles vêem na condenação da ignorância um preconceito contra o povo. Lula acha que ele sabe mais porque leu menos.
      Esta conversa toda em torno da 'democratização do ensino' e da 'universidade para todos', não passa, na minha opinião, de manobras eleitoreiras de um partido que não parece disposto a sair tão cedo do poder.

      Quanto a filho de rico, que vá pagar sua universidade, mesmo que seja universidade pública. Esta tem que atender a quem não tem dinheiro e quer estudar. Quem estudou a vida toda em escolas particulares é porque tem condições de pagar uma faculdade. Elementar.

      No Brasil, a inversão é diabólica: a universidade pública, que é muito concorrida pela 
gratuidade e qualidade (sabemos que nem é tanta assim), acaba beneficiando os filhos da elite econômica (estes cursam o ensino fundamental e médio em boas escolas particulares e fazem cursinhos caros), enquanto os alunos pobres, oriundos da precária escola pública, só conseguem frequentar faculdades particulares pagas, que são geralmente noturnas e de baixa qualidade.    

      A perversidade é dupla: quando não é o próprio aluno que arca com o custo da mensalidade, trabalhando de dia e estudando à noite, é o dinheiro público que, através de PROUNIs, escoam verdadeiros rios para instituições de ensino superior privadas, as famigeradas lojinhas de ensino.

sexta-feira, 5 de junho de 2015

Família (não) é amor

      Eu fico imaginando o que será o ser humano nascido na seguinte família: a filha da cantora Gretchen, a lésbica Thammy, que é "casada" com a atriz pornô Júlia 'não-sei-de-quê', vai doar um  óvulo seu para  gerar um bebê cujo pai será um amigo homossexual e doador do sêmem.

      O úvulo fecundado será implantado no útero da irmã do rapaz homossexual; ela vai emprestar a 'barriga de aluguel' para realizar o sonho do irmão de ser pai. Um realce: a avó Gretchen é aquela que se diz evangélica e fêz recentemente um filme pornô.

   
Mas não vos preocupeis: ter filho é um sonho lindo e o importante é o amor.

PS: eu escrevi este texto a partir do noticiário de algum tempo atrás e a propósito da (re)definição de que família não é mais pai, mãe e filhos. Ora, Família é amor!) 

quinta-feira, 4 de junho de 2015

Igreja e gays

Eu sou católica. Nenhuma outra instituição defende com mais empenho o direito à dignidade da pessoa do que a Igreja católica, nós cremos que todo homem é imagem e semelhança de Deus. A pessoal do homossexual é inviolável, não pode sofrer violência ou discriminação injusta sob qualquer pretexto. Ponto. A Igreja, pregando o que diz as Sagradas Escritutas e a tradição, considera pecado a prática do homossexualismo e chama os homossexuais católicos à castidade. Crê e obedece quem quer.

Bom é ser gay

          O comercial da Gol - e agora o do Boticário - foi só o começo. É claro que o "mercado" vai tratar bem e não vai arrumar treta com um publico consumidor para lá de especial: é gente de nível econômico bom, com renda extra (pois são, em geral, solteiros, e, se 'casados', não têm filhos), são festeiros, gostam de sair à noite, viajar. Enfim, um consumidor nota dez.

          Daqui a pouco, vai dar até inveja e remorso não ser homossexual, de tanto mimo e paparico com os gays. Da conde
nação e rejeição, passou-se, radicalmente, à exaltação e elogiação do 'amor' gay. O amor gay é lindo, é puro, é sublime.

          Vai vendo, apareceu foto de 'casal' gay no Facebook, e é uma inundação de suspiros e arroubos pela lindeza do amor do par, a despeito das estatísticas que mostram ser muita baixa a permanência e duração de relacionamentos homossexuais. A separação é muito maior que entre héteros (que já não é pequena, é um casa-descasa que não dá nem tempo de decorar os nomes)

          Chamando as coisas pelo nome: a promiscuidade entre homossexuais é notória. Quem não conhece as histórias de Cazuza e Freddie Mercury, que costumavam fazer sexo com inúmeros parceiros numa mesma noite?

          O decano dos homossexuais no Brasil, o presidente 
do GGB - Grupo Gay da Bahia, Luiz Mott, se jacta de ter tido mais de 500 parceiros. E tem um texto onde ele, um quase setentão, confessa sua paixão por moleques (o texto é nojento, mas estamos entre adultos. Quando escreveu Meu Moleque Ideal, Mott ainda estava 'casado'. Já se separou do 'marido' ou 'mulher'). Aí vai:

Para relembrar quem é o gay Luiz Mott



QUARTA-FEIRA, 2 DE FEVEREIRO DE 2011


Meu moleque ideal (Luiz Mott)*

  
              "Gosto não se discute, diz a sabedoria popular, e se assim não fosse, seríamos iguais a carneiros, todo mundo igual, sem nenhuma originalidade, gostando todos da mesma coisa. E a realidade comprova o contrário, que em matéria de gosto ou preferência sexual, nossa imaginação e desejos não têm limites. 
     
       Basta entrar numa destas lojas de produtos eróticos ou folhear as páginas desta nossa querida revista, e veremos que tem gosto para tudo: os que curtem gente gorda, aqueles que preferem peludos, outras que querem sem pelo, muitos que adoram suruba, outros que sentem o maior tesão em se exibir, etc, etc.   
     
       Em sexo, tudo é lindo e maravilhoso, e desde que as pessoas estejam de acordo e maiores de 18 anos segundo a lei em vigor, ninguém tem nada a ver com as preferências alheias. Cada qual no seu cada qual e fim de papo. Ou melhor, começo de papo!
     

       Considero-me um gay felizardo pois amo e sou amado por um homem maravilhoso que preenche plenamente minhas fantasias e desejos sexuais, afetivos e de companheirismo. 
     
       Nos gostamos tanto um do outro que várias vezes manifestamos o desejo de morrer juntos, pois só de imaginar a tristeza e solidão do desaparecimento da outra metade, isto nos provoca enorme tristeza e medo. 
     
       Ainda existem casais gays românticos em plena época do divórcio, do amor livre e do sexo descartável. Caretice para alguns, felicidade para outros. Afinal, também em questão de afeto, gosto não se discute.
     

       Analisando friamente as razões que levariam dois homens (ou duas mulheres, ou um homem e uma mulher) a viver com exclusividade uma paixão afetiva e erótica, creio que esta fidelidade poderia ser explicada quando menos por uma motivação bastante prática e mesmo oportunista: a dificuldade de encontrar um substituto melhor. 
     
        Essa regra, constrangedora de ser constatada e verbalizada, parece ser universal: no dia em que a gente encontrar alguém que ofereça mais tesão, amizade e companheirismo do que a transa atual, ninguém é besta de continuar na mesmice em vez de optar pelo que promete ser muito melhor. 
     
        Os que continuam fiéis a uma velha paixão só não mudam porque ainda não encontraram alguém que valha mais a pena. Ou porque não investem em novas procuras, ou porque não existe outro alguém que represente tão perfeitamente o que idealizamos como sendo nossa alma gêmea ou cara metade.
    

        No fundo, todos nós, gays (e não gays) alimentamos em nossa imaginação um tipo ideal do homem que gostaríamos de amar e ter do lado. E que nem sempre é igual à nossa paixão atual. O ideal pode ser alto e branco, o real, baixo e preto. 
     
        No meu caso, para dizer a verdade, se pudesse escolher livremente, o que eu queria mesmo não era um "homem" e sim um meninão. Um "efebo" do tipo daqueles que os nobres da Grécia antiga diziam que era a coisa mais fofa e gostosa para se amar e foder.
    

       Se nossas leis permitissem, e se os santos e santas me ajudassem, adoraria encontrar um moleque maior de idade mas aparentando 15-16 anos, já com os pentelhos do saco aparecendo, a pica taludinha, não me importava a cor: adoraria se fosse negro como aquele moleque da boca carnuda da novela Terra Nostra; amaria se fosse moreninho miniatura do Xandi; gostaria também se fosse loirinho do tipo Leonardo di Caprio. 
    
       Queria mesmo um moleque no frescor da juventude, malhadinho, com a voz esganiçada de adolescente em formação. De preferência inexperiente de sexo, melhor ainda se fosse completamente virgem e que descobrisse nos meus braços o gosto inebriante do erotismo. Sonho é sonho, e qual é o problema de querer demais?!
  

       Queria que esse meu príncipezinho encantado fosse apaixonado pela vida, interessado em aprender comigo tudo o que de melhor eu mesmo aprendi nestes 50 e poucos anos de caminhada. Que gostasse de me ouvir, que se encantasse com tudo que sei fazer (desde pudim de leite e construir uma estante de madeira, a cuidar do jardim e navegar na internet), querendo tudo aprender para me superar em todas minhas limitações. 
    
       Que acordasse de manhã com um sorriso lindo, me chamando de painho, que me fizesse massagem quando a dor na perna atacar. Honesto, carinhoso, alegre e amigo. Que me respondesse sempre ao primeiro chamado, contente de ser minha cara metade.
   

       Quero um moleque fogoso, que fique logo com a pica dura e latejando ao menor toque de minha mão. Que se contorça todo de prazer, de olho fechado, quando lambo seu caralho, devagarinho, da cabeça até o talo. 
    
       Que fique com o cuzinho piscando, fisgando, se abrindo e fechando, quando massageio delicadamente seu furico. Cuzinho bem limpo, piscando na ponta do dedo molhado com um pouquinho de cuspe é das sensações mais sacanas que um homem pode sentir: o moleque querendo meu cacete, se abrindo, excitado para engolir a manjuba toda. Gostosura assim, só dois homens podem sentir!
    

       Assim é como imagino meu moleque ideal: pode ser machudinho, parrudo, metido a bofe. Pode ser levemente efeminado, manhoso, delicado. Traço os dois! Tendo pica é o que basta: grossa ou fina, grande ou pequena, torta ou reta, tanto faz. Se tiver catinguinha no sovaco, uma delícia! Se for descarado na cama e no começo da transa quiser chupar meu furico, melhor ainda. Sem pudor, sem tabu.
   

      Ah, meu menino lindo! Se você existir, se você algum dia me aparecer, que seja logo, pois quero estar ainda com tudo em cima e dar conta do recado, pois do jeito que quero te amar e que vamos foder, vou precisar de muito mocotó ou viagra para dar conta do rojão...."

Fonte: http://br.oocities.com/luizmottbr/cronica6.html

             *O autor, Luiz Mott, nasceu em 6 de maio de 1946, tem 65 anos, fundou o Grupo Gay da Bahia e é o decano do movimento homossexual no Brasil. É professor de Antropologia aposentado da Universidade Federal da Bahia.         
    
    Em dezembro de 2007, o Presidente Lula concedeu a Luiz Mott a mais elevada condecoração do Ministério da Cultura, a Medalha de Comendador da Ordem do Mérito Cultural.
    
    O Presidente Fernando Henrique Cardoso condecorou Luiz Mott com a medalha de Comendador da Ordem do Rio Branco.
    

    Luiz Mott recebeu duas vezes o Prêmio Direitos Humanos, da Secretaria dos Direitos Humanos da Presidência da República.

segunda-feira, 1 de junho de 2015

Arapuca 2

        Não se pode cair de novo na mesma arapuca. Os petelhos e agregados deitaram e rolaram com a ficha criminal de Dilma que a Folha publicou, quando ela era candidata à Presidência. Era falsa. A maioria das informações referia-se a Dulce Maia. 
A legenda da foto publicada na revista Época está induzindo todo mundo a erro. A foto é de novembro/70, Dilma foi presa em janeiro/70. Há um período de 10 meses separando os dois fatos. Os defensores da 'verdade' podem alegar que dez meses poderiam ser suficientes para que as marcas de tortura desaparecessem. É razoável.
      Muito mais reveladora é a afirmação de Natael Custódio (é caminhoneiro hoje aí em Londrina). Ele tinha um 'ponto' com Dilma, no dia 20 de janeiro, quatro dias depois que a presidanta tinha 'caído'. Ela levou a polícia ao encontro e Natael, não sabendo de nada, foi preso.
      Ora, o que se diz é que o pau comia 
na OBAN exatamente para o preso abrir o(s) 'ponto'(s) no menor tempo possível, para que a falta ao encontro não alertasse os militantes para a queda do 'cumpanhero' e todos escapassem.
      Se Dilma foi levado ao 'ponto' (um encontro marcado na rua, por segurança) é porque não estava arrebentada. Uma presa que foi 'barbaramente torturada' durante quatro dias para abrir o bico não vai aparecer andando no meio da rua, sem chamar a atenção. Ou seja, a valentona parece que 'cantou' rápido demais. Ela mesma gosta de repetir que levou muita palmatória na sola dos pés. E saiu andando pela rua?!