segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Lá ou cá?

As pessoas que lutam pela legalização do aborto e pelo fim da violência contra a mulher ficam de que lado quando o bebê a ser abortado é do sexo feminino?

domingo, 21 de novembro de 2010

TV Brasil: Deus, pede para sair!

Este é o 'diálogo com as religiões'? Tirar do ar os programas católicos e evangélicos? 

FOLHA DE SÃO PAULO
   O Conselho Curador da EBC (Empresa Brasileira de Comunicação) deve tirar do ar os programas católicos e evangélicos hoje veiculados pela TV Brasil e pelas oito emissoras de rádio que compõem a rede pública criada pelo governo Lula.
Assim tendem a decidir os integrantes do conselho da EBC que analisarão a questão em 7 de dezembro.
   O tema religião, porém, não será banido. A ideia é que seja abordado de forma mais ampla, sem programa específico sobre uma ou outra crença. A proposta deve ser apresentada para votação do conselho sob a forma de uma minuta de resolução.
Está madura entre os conselheiros a ideia de que a rede pública deve aumentar o diálogo com as religiões.
   "Elas [as religiões] já possuem tempo em redes privadas para divulgar seu proselitismo. Dar espaço também na rede pública me parece antidemocrático", diz o conselheiro Daniel Aarão Reis.
Os programas que devem sair da grade são "Reencontro" (evangélico), "Santa Missa" e "Palavras da Vida" (católicos).
   Porém, uma consulta pública sobre o tema mostrou que, de 140 propostas apresentadas, 118 pediam a manutenção da programação.
Apenas 13 reivindicavam a exclusão dos programas com o argumento de que o Estado brasileiro é laico.


* Conselho Curador da EBC tende a vetar atrações que divulguem crença específica

http://bit.ly/cUdhzY

Coisa antiga

    É batata: a imprensa não consegue falar de religião - do catolicismo, em particular - sem escancarar a sua ignorância sobre o assunto. Ninguém conhece a doutrina, os fundamentos teológicos nem a história do cristianismo. Nem parece que a Igreja Católica tem dois mil anos e é pilar da civilização ocidental. É só abobrinha, recheada de total desconhecimento e franca hostilidade.
   Não, Bento XVI não disse que Igreja liberou a camisinha para que pessoas façam sexo seguro com quem quiser e quando quiser. Para a Igreja, sexo liberado é sexo banalizado, sexo desumanizado. Quando o Papa Ratzinger refere-se ao uso de preservativos "em certos casos", ele está apontando para questões que não podem ser consideradas de forma abstrata.
   O Papa cita o caso do prostituto (um garoto de programa) que, para a Igreja, está em pecado, mas revela indícios de senso moral ao usar o preservativo para não disseminar o vírus da AIDS entre a clientela que atende. Este pode ser, para Bento XVI, o primeiro passo para a moralização.
    Esta foi a primeira vez que um papa justificou publicamente o uso do preservativo 'em certos casos'. Mas a doutrina moral da Igreja já o admite nos casos em que um dos cônjuges tem o vírus da AIDS e a contaminação é fruto de vida desregrada e desordens sexuais anteriores ao casamento, a transfusões de sangue ou estupros. A Igreja pode ainda admitir o uso de preservativo entre casais que já têm muitos filhos. São pessoas que não conseguem superar as dificuldades da abstinência recomendada pela Igreja nem adaptar-se aos métodos naturais de contracepção, mas vivem a fidelidade, consideram o casamento sagrado e estão abertos à vida. O preservativo é "uma coisa", ele não pode ser mal ou imoral, em si,  apenas o comportamento sexual do homem pode ser imoral. O que a Igreja não aceita, por fundamento teólogico, é o sexo fora do casamento - a banalização e desumanização do sexo.
    No primeiro livro-entrevista do jornalista e escritor alemão Peter Seewald e o cardeal Ratzinger, "O Sal da Terra", publicado em 1996, ao abordar a questão da contracepção, Seewald diz ao futuro papa Bento XVI: "Resta a questão de saber se é possível acusar alguém ou um casal, por exemplo, que já tenha vários filhos de não ter uma atitude positiva em relação à criança". Ratzinger:"Não, com certeza não. E isso também não deve acontecer".
  Seewald: " Mas essas pessoas devem ter a idéia de que vivem numa espécie da pecado quando...".
  Ratzinger: "Diria que são questões que devem ser discutidas com o diretor espiritual, com o padre, que não podem ser consideradas de forma abstrata".
    A Folha de São Paulo informa: "Maior especialista do Vaticano em bioética e sexualidade, o cardeal dom Elio Sgreccia ressaltou que o uso da camisinha é justificado quando se trata da 'única maneira de salvar uma vida.Se Bento 16 levantou a questão das exceções, ela precisa ser aceita. Mas a necessidade extrema precisa ser demonstrada.'Para William Portier, teólogo católico da Universidade de Dayton, em Ohio, os comentários não representam necessariamente uma mudança fundamental".
   Assim, só a má-fé ou ignorância leva a imprensa a tratar o assunto como se o papa tivesse defendido a liberação geral do uso da camisinha. O barulho na imprensa pela afirmação de Bento XVI de que o uso de preservativos pode justificar-se 'em certos casos' é coisa de quem não sabe nem gosta da Igreja.
   Os falantes e escreventes esquecem que a Igreja tem dois mil anos e dela fazem parte santos pensadores e homens de grande brilho intelectual, como Santo Tomás de Aquino, São Alberto Magno, Santo Agostinho e, mais recentemente, téologos da grandeza de Henri de Lubac, Karl Rahner, Hurs von Balthasar, Romano Amerio e o próprio Joseph Ratzinger, que dirigiu por 25 anos a Congregação para a Doutrina da Fé. Ele foi indicado prefeito da Congregação, em 1981, por João Paulo II e deixou o cargo, em 2005, para assumir a cátedra de Pedro.
   Pergunta a estes luminares da imprensa se algum deles já leu um dos quase 200 livros e ensaios escritos pelo teólogo Joseph Ratzinger. Nas matérias que eu li, não há referência sequer ao livro "O Sal da Terra".

http://bit.ly/9yd9y6 (O que o Papa realmente disse)

http://bit.ly/hKW3iI (Em artigo, padre jesuíta explica a base da argumentação de Bento XVI sobre o preservativo)

sábado, 20 de novembro de 2010

Dilma tinha código de acesso a arsenal usado por guerrilha

FOLHA DE S. PAULO, 20 DE NOVEMBRO DE 2010

MATHEUS LEITÃO/LUCAS FERRAZ
DE BRASÍLIA 

A presidente eleita, Dilma Rousseff, zelava, junto com outros dois militantes, pelo arsenal da VAR-Palmares, organização que combateu a ditadura militar (1964-1985).Entre os armamentos, havia 58 fuzis Mauser, 4 metralhadoras Ina, 2 revólveres, 3 carabinas, 3 latas de pólvora, 10 bombas de efeito moral, 100 gramas de clorofórmio, 1 rojão de fabricação caseira, 4 latas de "dinamite granulada" e 30 frascos com substâncias para "confecção de matérias explosivas", como ácido nítrico. Além de caixas com centenas de munições.A descrição consta do processo que a ditadura abriu contra Dilma e seus colegas nos anos 70. A Folha teve acesso a uma cópia do documento. Com tarja de "reservado", até anteontem ele estava trancado nos cofres do Superior Tribunal Militar.Trata-se de depoimento dado em março de 1970 por João Batista de Sousa, militante do mesmo grupo de guerrilha do qual Dilma foi dirigente.Sob tortura, ele revelou detalhes do arsenal reunido para combater a repressão e disse que Dilma tinha recebido a senha para acessá-lo.Quarenta anos depois, Sousa confirmou à Folha o que havia dito aos policiais -e deu mais detalhes.Dilma já havia admitido, em entrevista à Folha em fevereiro, que na juventude fez treinamento com armas de fogo. O documento do STM, porém, é a primeira peça que a vincula diretamente à ação armada durante a ditadura.Procurada pela Folha, a presidente eleita não quis falar sobre o assunto.O armamento foi roubado do 10º Batalhão da Força Pública do Estado de São Paulo em São Caetano do Sul (SP), de acordo com o DOPS (Departamento de Ordem Política e Social).A ação ocorreu em junho de 1969, mês em que as organizações VPR e Colina se fundiram na VAR-Palmares.Sousa disse que foi responsável por guardar o arsenal após a fusão. Com medo de ser preso, fez um "código" com o endereço do "aparelho" -como eram chamados os apartamentos onde militantes se escondiam.Para sua própria segurança e do arsenal, Sousa dividiu o endereço do "aparelho" em Santo André (SP) em duas partes.Assim, só duas pessoas juntas poderiam saber onde estavam as armas. Uma parte da informação foi entregue a Dilma, codinome "Luisa". A outra, passada a Antonio Carlos Melo Pereira, guerrilheiro anistiado pelo governo depois de morrer.O documento registra assim a informação: "Que, tal código, entregou a "Tadeu" e "Luisa", sendo que deu a cada um uma parte e apenas a junção das duas partes é que poderia o mencionado código ser decifrado"."Fiz isso para que Dilma, minha chefe na VAR, pudesse encontrar as armas", diz, hoje, Sousa.Tido pelos colegas como um dos mais corajosos da VAR-Palmares, Sousa afirma ter sido torturado por mais de 20 dias. Ficou quatro anos preso e, hoje, pede indenização ao governo federal.Aposentado, depois de trabalhar como relações públicas e com assistência técnica para carros no interior de São Paulo, ele diz ter votado em Dilma. Na entrevista, chamou a presidente eleita de "minha coordenadora".

"PONTOS"Sousa contou que tinha três "pontos" -como eram chamados os locais e horas de encontro na clandestinidade- com Dilma nos dias seguintes à sua prisão. Mas disse que não entregou as datas e endereços durante as sessões de tortura -inclusive com choques elétricos na "cadeira do dragão".Sousa participou de operações armadas, como assaltos a bancos e mercados. "Informava todas as ações para Dilma com três dias de antecedência", declarou.Com a "dinamite granulada", por exemplo, ele afirma ter feito bombas com canos de água "cortados no tamanho de quatro polegadas, com pregos dentro".Quando 18 militares à paisana cercaram seu "aparelho", Sousa os recebeu com rajadas de metralhadoras e com as bombas caseiras. Um militar ficou ferido.Os agentes conseguiram uma trégua após duas horas de intenso tiroteio.Sousa diz que, meses depois, Dilma contou a ele que, quando ele não apareceu nos encontros previstos, ela usou o código para pegar o arsenal: Dilma e Melo encontraram a casa perfurada de balas e a rua semelhante a uma trincheira de guerra, com enormes buracos.O depoimento registra 13 bombas jogadas contra os militares. Com um vizinho, Dilma e Melo descobriram que o companheiro esquerdista havia sido levado vivo pela repressão.

PS: Revelação foi feita em 1970 sob tortura por ex-colega da petista na luta armada e confirmada por ele em entrevista

Grupo VAR-Palmares guardava em imóvel 58 fuzis e 4 metralhadoras; armamento foi roubado de batalhão do ABC

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Contra o PT

      
       Eu votei em José Serra por falta de opção. Na eleição para Presidente da República, todos os candidatos eram de esquerda, não havia entre eles nenhum que defendesse explicitamente os ideais conservadores dos brasileiros. Estranho. Afinal, nós somos um povo religioso, nossa cultura é fortemente influenciada pelos valores morais do cristianismo, o brasileiro, em sua maioria, é contra aborto, contra legalização de droga e contra prostituição. 

      Pesquisas recentes revelam que a maioria esmagadora dos brasileiros rejeita ou tem restrições ao homossexualismo (é bom ressaltar que o brasileiro não aceita qualquer violência contra os homossexuais).
   
      Quer ver mais? Pergunte ao brasileiro se ele quer socialismo ou comunismo. Ele vai dizer que a propriedade privada é um direito, que ele não aceita invasão de terra nem de propriedade urbana; que ele quer democracia, liberdade de credo, de expressão e de ir e vir; que ele quer o direito de cuidar de seus filhos, de lhe dar palmadas, se for preciso. E não quer que lhe digam se ele pode fumar, comer carne, comer muito ou comer pouco. 
   
        Brasileiro quer trabalhar para ter vida boa, não para dar boa vida para os burocratas do governo, que lhe tiram quase metade do que ele ganha sem devolver-lhe nem uma décima parte do que ele tem direito. Brasileiro também não quer trabalhar para continuar engordando a república de sindicalistas e mensaleiros, nem contribuir com seu suor para ajudar 'aloprados' a empilhar dinheiro. Ora, se brasileiro é assim, por que só tem esquerdista falando em nome dele?  Por que não existe partido conservador, de direita, no Brasil?
   
        Falar em direita, hoje, no Brasil virou anátema. Parece que o único modelito que existe é a direita fisiológica, patrimonialista, chegada a maracutaias entre amigos, falsos moralismos, voto de cabresto e coronéis, representada por Malufs, Sarneys, Renans, Barbalhos, Collors, todos da base aliada do PT, por sinal.

     Não mesmo. Para me representar, e a milhões de brasileiros, eu quero um partido que defenda os valores da civilização a que pertenço, fruto da moral cristã, do direito romano e da filosofia grega.

   
     Et pour cause, eu luto contra o projeto de poder que o PT quer implantar e está em curso no Brasil. As Atas do Foro de São Paulo existem e revelam uma realidade: o plano de recuperar na América Latina o que foi perdido na URSS e no resto do Leste Europeu com a queda do Muro de Berlim, em 89. Isto não é minha opinião. São fatos e dados. 
     
       Tenho dedicado grande parte de meu tempo a muitas páginas de livros, aulas, vídeos, palestras e sites sobre o assunto. Que o PT é um partido revolucionário, marxista-leninista gramsciano só não vê quem não quer. O Partido dos Trabalhadores engana a muitos, mas não a todos.
   

       Sobre eleger Serra, fazia sentido. Primeiro, porque ninguém precisava provar que, para ocupar a Presidência da República, ele era muito mais qualificado que Dona Redonda. O caso não é de ver pra crer, tá na cara. Segundo, Serra representava um respiro e uma folga para que as forças conservadoras se reorganizassem e ocupassem o espaço que elas têm a obrigação de ocupar. Os conservadores e a direita têm  direito à existência, nas democracias eles devem existir.
   

       É de rir esta bobagem de que Serra é de direita; ele é, no máximo, a direita da esquerda. O PSDB é a esquerda social-democrata, de matriz européia, clientelista, que defende a distribuição de renda com Estado forte e alta taxação. A diferença com o PT é que o PSDB aceita a alternância de poder.
   

       O Partido dos Trabalhadores é outra coisa. O PT faz crer, através de camuflagens, volteios e dissimulações, que ele não é o que realmente é: um partido marxista-leninista, empenhado na implantação de um projeto totalitário de sociedade socialista. O PNDH-3 é uma pálida amostra de seus arreganhos ditatoriais.
   

       Para entender a via petista, basta‎ prestar atenção ao discurso do representante do Partido Comunista Cubano, na reunião do Foro de São Paulo, em 2007, em San Salvador/Nicarágua:
   

       "Aprovechar los espacios institucionales conquistados por medio de la lucha eleitoral puede, em las actuales condiciones, constituir un paso importante em el camino hacia la edificación de sociedades socialistas, si es que somos capaces de utilizarlos para la necessaria acumulación política que nos permita transformar el poder oligárquico en poder popular" Na novilíngua, 'poder popular' quer dizer 'Estado socialista'.  
   
        Mas - ninguém se iluda - a esquerda encarnada por alguns setores do PSDB não chega a ser exatamente coisa de sacristão. Ela flerta com a agenda globalista da ONUque visa enfraquecer dos Estados nacionais e a tradição cristã, que é o fundamento da civilização ocidental.

        É isto o que quer, no fundo, o politicamente correto, em que o cidadão, esquizofrenicamente, não decide nada - tudo é proibido (fumar, comer sal, açúcar, dar palmada, possuir armas) mas pode tudo (abortar, praticar eutanásia, casar com o poodle, fumar e cheirar, por aí).
  

        Eu quero o Estado mínimo, que cuide dos realmente pobres, mas estimule o empreendedorismo, a determinação das pessoas em cuidar de suas vidas e ser responsáveis pelo seu sustento e sucesso. Brasileiro é que tem de mandar no seu próprio nariz. 

        Esta horda de ONG's que defendem os "direituzumanos" e que nadam em dólares e dinheiro do governo (dizem ser organizações NÃO-governamentais, sei) estão enfiando na cabeça dos brasileiros a idéia de que todo mundo tem direito de viver à custa de Estado porque é pobre, porque é preto, porque é índio, porque é gordo, porque é homossexual, porque é zarolho, porque é coreano. Cazzo!
  

        O Estado tem de sair das costas e de cima da cabeça do indíviduo. Tem de respeitar a propriedade privada e as liberdades de expressão e de credo,  E mais: o Estado laico não deve ser confessional, mas o governo eleito tem de representar o povo. Se o povo brasileiro é majoritariamente cristão (95% é maioria), como é que o PT -  e, se deixar, também o PSDB - quer empurrar  o aborto goela abaixo? O povo não quer. Ponto final.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Ora, vá se queixar ao bispo!

Crime hediondo é protestar contra construção de mesquita no Marco Zero. Aí, os esquerdistas se assanham todos para acusar o Ocidente de preconceito contra o Islam. Alguém acusou o Islam de anti-cristão depois do ataque à Igreja de Bagdá? Que nada, ficam calados, como se invadir uma Igreja durante uma missa e matar gente rezando fosse, sei lá, 'uma resposta legítima à opressão e violência' que estes meigos fundamentalistas islâmicos sofrem no Ocidente, acusados que são, injustamente, de cometer crimes contra a humanidade.'
http://oglobo.globo.com/mundo/mat/2010/11/01/extremistas-islamicos-invadem-igreja-em-bagda-resgate-de-refens-deixa-mais-de-50-mortos-922919475.asp