sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Faz quem quer, é?

          A legalização da zoofilia, da necrofilia e outras aberrações é só questão de tempo. São consideradas 'opção sexual', há quem goste, quem não gosta não faz. É este o raciocínio. 

         Hoje, a pedofilia (relação sexual entre um adulto e uma criança) é publicamente defendida como um 'direito sexual'. A ressalva é apenas de que haja consentimento. No Canadá, a partir de 12 anos e havendo consentimento, não há crime. O decano do movimento homossexual no Brasil, o sexagenário Luiz Mott, defende abertamente a pedofilia (ele nega, mas o print screen o desmente). 

         Ora, a revolução e liberação sexual que tantos aplaudem não poupam ninguém, nem nossos filhos nem nossos netos. Para que se distribuem camisinhas e são feitas campanhas de vacinação nas escolas contra HPV em meninas a partir de 11 anos (HPV é DST (Doença Sexualmente Transmissível)? É porque está implícito que a vacinação e distribuição de preservativos são para que as meninas façam sexo seguro. Se a camisinha falhar e a menina engravidar, o aborto legalizado resolve.

         E vá alguém falar contra! É tachado de fundamentalista religioso, obscurantistas, retrógados e outros epítetos.

http://www.brasiliaempauta.com.br/artigo/ver/id/3415/nome/Veterinaria_espanhola_denuncia_trafico_de_orangotangos_para_prostituicao

Ditadura? Soy contra


            Ditadura, qualquer uma, tem que ser derrubada. Toda censura é condenável.

            Com toda a intolerância e perseguição na época da ditadura, contudo, a esquerda não tem do que reclamar quanto aos fartos financiamentos e da liberdade que teve para publicar toda a literatura marxista que existia. O depoimento é de ninguém menos que Ênio Silveira, comunista notório e dono da Civilização Brasileira. Ele conta que nunca publicou e vendeu tanto quanto na ditadura. E o jornalismo 'nanico', a chamada 'imprensa alternativa' floresceu como em nenhuma outra época no Brasil. 

            O trabalho acadêmico irretocável "Preparados, Leais e Disciplinados: os Jornalistas Comunistas e a Adaptação do Modelo de Jornalismo Americano no Brasil", de autoria de Afonso de Albuquerque e Marco Antonio Roxo da Silva - ambos da UFF, é primoroso e irrefutável.

http://www.intercom.org.br/.../2007/resumos/R1052-1.pdf

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Direito por negação

       Ninguém está iludido sobre a natureza injusta de nossas elites, sabemos bem o que são (ou somos). Injustiças não tem (só) causas metafísicas. Mas melhor deixar que muitos escolham o que é errado ou certo, e não apenas poucos. 

        Este idéia de garantir todos os direitos para todas as pessoas é bonito de dizer, mas direito é por negação. Não é 'todo mundo tem direito a um emprego'. É "a ninguém será negado o direito de ter um emprego". Não é "todo mundo tem direito de ir a Disney". É 'a ninguém será negado o direito de ir a Disney". Parece igual, mas é diferente. 

Religião: todas ou nenhuma


          É claro que  que cabe mais de uma interpretação à frase. Eu optei por uma delas, a que exige que sejam ensinadas todas as religiões ou, então, não se fala em nenhuma.

          Ora, isto é impossível, até porque há um equívoco sobre o que é 'religião'. Hoje, por ignorância strictu sensu ou má-fé, qualquer crença em qualquer coisa é 'religião'. Calma lá, não é bem assim. 

          Outra coisa: o Estado é laico, a sociedade não. Laicidade do Estado é a garantia do direito à profissão de qualquer credo. Não significa que o Estado pode e deve desconhecer e afrontar a fé da maioria de sua população. 

          Segundo IBGE (2010), dos 200 milhões de habitantes no Brasil, 174 milhões são cristãos (católicos e evangélicos). Correspondem a 87%. Logo abaixo estão os espíritas ('religião' que só cresce no Brasil; na França, terra de Kardec, ninguém lhe dá a menor bola), com 3,8 mihões, o que não chega a 2% da população. Religiões de matriz africanas (candomblé, umbanda etc) são 0,3 da população, com menos de 600 mil pessoas que as professam. 

          Mesmos em escolas públicas (já que em escolas religiosas se pressupõe que haja ensino de religião), se fosse oferecida aula de religião (facultativa), isto não seria um abuso, visto que a medida iria ao encontro da necessidade e desejo da maioria dos pais e dos próprios alunos. Eu acredito que cristãos não iriam proibir os filhos de assistir aulas de religião e de aprender a história e os fundamentos do cristianismo na escola. 

          Nem eu proibiria meus filhos (ainda que eu, na época em que meus filhos eram pequenos, estivesse afastada da Igreja e não professasse qualquer fé. Se fosse hoje, eu permitiria e agradeceria).

sábado, 22 de fevereiro de 2014

Brasília, a cidade comunista ideal*

          Esquerdista gosta é de emprego público. Em Brasília,,na época da ditadura, era comum ver jornalistas de esquerda, socialistas convictos, revolucionários de alto coturno, se locupletarem com prebendas e mamatas nos gabinetes de parlamentares, em órgãos de assessoria no Congresso, nos ministérios na Esplanada e numa infinidade de repartições e órgãos públicos da cidade.

          O filé mignon eram os empregos n
os escritórios dos governos estaduais, de preferência nos da Arena, o partido dos generais ditadores.


       Na maioria dos vezes, os 'coleguinhas' (como jornalistas  referem-se  a si próprios)  só tinham o trabalho de ir buscar o dinheiro no fim do mês. Noutros casos, como os empregões, por indicação, nos Serviços de Comunicação da Câmara e Senado, o sortudo trabalhava, se tanto,  duas horas por dia.  

     O 'árduo' trabalho podia ser, por exemplo, fazer o resumo do 'pinga-fogo - o Pequeno Expediente, que é parte da sessão diária da Câmara em que deputados fazem pequenas notificações. Coisas assim, deste grau de dificuldade e especialização.
      

      As tarefas eram, geralmente, executadas durante o horário de trabalho do jornalista que fazia simultaneamente cobertura do Congresso para algum jornal, rádio ou TV. Muitos deles hoje vivem folgadamente com polpudas aposentadorias amealhadas com este tipo de 'trabalho'. 
     
      Eu posso contar. No início de 1977, uma amiga jornalista deu-me a notícia: um amigo comum (alto assessor do Ministério da Justiça e professor influente da Universidade de Brasília) tinha arrumado - sem eu pedir - um emprego para mim no Departamento de Direito da UnB. Cargo de 'supervisor B 1'. Eu não tinha idéia do que fosse. 
     
      Bastava levar os documentos, a carteira profissional, a contratação era imediata. O salário era igual ao que eu recebia como repórter do jornal O Globo, que pagava muito bem. De um dia para o outro, eu tinha dobrado o meu salário, isto é que era boa notícia.
     
        Mas a coisa era ainda melhor do que parecia. Não tinha ninguém para controlar a minha freqüencia. Eu deveria aparecer lá no departamento pela manhã, sentar numa escrivaninha, e sei lá, organizar um armário ou separar papéis em pastas. 

      Eu não sabia sequer distinguir entre redação técnica de um ofício e um requerimento. Não sabia nem mesmo datilografar, repórter, em geral, é 'catilógrafo'. Eu sou.
    
       A verdade é que aquilo era 'emprego', não era trabalho. No primeiro mês, eu ainda fiz jogo de cena. Depois, comecei a aparecer por lá cada vez menos. Quando eu aparecia, não tinha o que fazer. 

       Pior era ter que acordar cedo, o expediente, em tese, era pela manhã. Ora, toda noite, depois do jornal, eu ia para festas, gostava de dançar, adorava a noite. Eu pensava: 'é bom, mas não presta'.
    
       A gota d'água e a desculpa que eu precisava para cair fora foi ouvir certo dia, o 'direitista' Paes Landim, que dirigia o Departamento de Direito e era amigo do reitor da UnB, o capitão de mar-e-guerra, José Carlos de Almeida Azevedo, dizer a um grupo de pessoas, referindo-se a mim: "Esta é gente nossa". Eu, uma comunista, de esquerda, que era contra a ditadura?! Era demais.
   
       Não durou dois meses, larguei o emprego. Nem o terceiro salário eu fui buscar. Até hoje, tenho a anotação na carteira de trabalho, sem baixa. Certamente, meus amigos não aprovariam eu ter largado a 'boca', nem entenderiam eu ter aberto mão daquela grana. Ora, que eu não fosse trabalhar. Era só ir buscar o dinheiro no fim do mês, eu não era a única que faria isto. Eu, hem? Caí fora.
   
        (Dá outro post contar a farra de jornalistas com viagens e hospedagem em hotéis de luxo, às custas da cota de passagens de parlamentares (de novo, da Arena, de preferência) e mordomias de órgãos e governos estaduais. Eu mesma passei um feriado de rainha em Olinda e Recife, nos 'anos de chumbo' (sic))    
     
        Se era assim na época da ditadura, imagina o que aconteceu depois: todos os cargos nos serviços de comunicação social, assessoria de imprensa e relações públicas do Executivo, Legislativo, Judiciário, ministérios e autarquias foram ocupados 'pelas vítimas dos anos de chumbo'.
     

         Isto é o que Millor quis dizer com a frase "Eles não estavam fazendo revolução, estavam fazendo investimento". Isto não é sobrevivência, é vidão. Todos nós sabemos quanto ganham os coleguinhas na Câmara e Senado e adjacências. Tudo gente de esquerda.

Cortina de fumaça

                                                                                        (foto de Orlando Brito)


            A campanha anti-tabagista foi o mais bem sucedido experimento de criminalização de um comportamento humano em nível planetário. Poderia ser qualquer um, a escolha foi aleatória. 

            De um momento a outro, uma maciça campanha publicitária mundial transformou o fumante num criminoso que precisava ser banido do convívio social (ao mesmo tempo em que ao usuário de drogas foi garantido o exercício de sua liberdade cidadã).

            Hoje, se sabe que as pesquisas confirmando os males do fumo, que passaram a receber rios de dólares, são em grande parte absolutas fraudes científicas. 

            Enquanto isto, a indústria farmacêutica enche as burras, com a venda de adesivos e tratamentos que 'ajudam ' a parar de fumar e a tratar doenças (supostamente) decorrentes do cigarro. 

            Todos os serviços públicos de saúde foram obrigado, na maioria dos países, a oferecer tratamento para quem quisesse parar de fumar, transferindo o ônus da conta para o Estado. E tem gente que acha que tudo é cuidado com a saúde do povo.

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Furando a Veja

A Veja precisa me ler. Dei esta notícia no dia 13/2, a revista só noticiou hoje. Está atrasada.
Que alegria. A 'ativista militante' Elisa Quadros/Sininho e o delegado da Polícia Civil do Rio de Janeiro, Orlando Zanconne, no dia 20 de novembro de 2013, durante o 1º UPP - UH UH UH Prêmio de Protestos – Edição Rio de Janeiro -, 'que premiou os melhores e piores das manifestações de 2013'.
A premiação, realizada na escadaria Theatro Municipal, na Cinelândia, outorgou, entre outros, o prêmio "Molotov de Ouro" para o Maior Ato de Vandalismo. As categorias concorrentes:
Sentar nas escadarias da Câmara
Quebrar os manequins da Toulon
Pichar a ALERJ
Queimar ônibus.
Ganhou Manequins da Toulon. No site do promotor do prêmio, a foto dos dois parceiros tinha a seguinte legenda: "Delegado Orlando Zaccone e vândala Sininho, que colecionava indicações, também prestigiaram a premiação." Zanconne, ardente defensor da legalização de drogas, apareceu na contabilidade de Sininho como doador de dinheiro para manifestantes. Curiosamente, a 'ativista militante' retirou de sua página no Facebook as fotos em que aparecia ao lado do delegado na entrega dos 'prêmios', na Cinelândia, depois da divulgação da lista de seus generosos financiadores pela imprensa.
http://rafucko.com/2013/11/21/upp/

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Caio: 'laranja'? Não. Um banana.

         
         Menos, pessoal. É muita mirabolância esta história de que Caio Silva de Souza é um 'laranja' ou bode expiatório para esconder algo ou alguém. Por quê? Para quê? É claro que uma tragédia desta acabaria por acontecer pelas mãos de zé-manés como Caio Silva de Souza e Fábio Raposo. Eles estão aí para isto. 

         Por que alguém especial, cuja identidade precisasse ser preservada, seria incumbido de soltar o rojão? As imagens hoje são recuperadas instantaneamente. É fácil descobrir quem foi. A prova disso é que os dois assassinos já estão presos e indiciados. 

        Na verdade, a morte de Santiago foi, digamos assim, uma espécie de 'acidente de trabalho', ainda que a idéia mesma de provocar a morte de alguém esteja nos planos prioritários dos organizadores do terror. O terrorismo tem este objetivo: aterrorizar. O objetivo foi alcançado. 

       Quanto a apurar o que todo mundo já sabe, dificilmente se chegará aos mandantes, às organizações que financiam e dirigem os black blocs. Organização terrorista é compartimentada, cada grupo executa uma parte do trabalho, sem saber o que e quem faz o resto. 

       As 'células' trabalham (quase) independentes, seus integrantes não conhecem quem é de outra célula, só a direção conhece toda a cadeia de comando. Quem leu sobre ou pertenceu às organizações que fizeram luta armada no Brasil sabe como é. Se black bloc for movimento 'independente', espontâneo, sem coordenação, nem sei se é melhor ou pior. Socorro!

       É muito mais difícil fabricar um 'laranja', nestas circunstâncias, que usar um caio da vida para fazer o servicinho sujo; seria preciso combinar com um número muito grande de 'russos': os 'mandantes', a polícia do Rio de Janeiro (incluindo a cúpula, não um ou outro policial que pudesse ser subornado), a mãe e o pai de Caio, o 'tatuador Fábio, o advogado e por aí vai.

        Caio Silva de Souza certamente não estava mentindo quando declarou que 'a intenção não era esta" (matar o cinegrafista Santiago Andrade). A verdade estava noutra confissão sua: a de que a intenção, ao disparar o rojão, era 'fazer barulho', expressão que, longe de se referir à produção de efeitos sonoros estrondosos, significava, antes, criar tumulto, espalhar pânico, promover confusão, implantar o terror. Além de eventualmente matar, é para isto que servem os rojões, é para isto que Caio Silva de Souza estava lá.

Terrorista somos nós

              Tolinhos. Se o governo decretar uma lei anti-terrorismo será para NOS criminalizar. Não é sintomático que Santiago Andrade ainda estivesse sendo velado quando o MST ocupou a Praça dos Três Poderes, ameaçou invadir o STF, e ainda desceu o braço em trinta PMs? 

              Era de se esperar de um governo decente que ele aproveitasse a situação para sinalizar como pretende tratar terrorista. E o que se viu? Gilberto Carvalho saindo do Palácio do Planalto para dialogar com Stédile e o Comandante da PM defendendo o MST, ao mesmo tempo em que acusava 'infiltrados' de tumultuar a 'pacífica e ordeira' forma de atuar dos sem-terra. Pode? Qualquer lei sobre 'terrorismo' não vai pegar black block, eles virão para cima de nós.

domingo, 9 de fevereiro de 2014

Black Blocks: acu(s)ados


       Pau que dá em Chico dá em Francisco: a Mídia Ninja incitava as pessoas a ir às manifestações armadas de celulares para registrar, com imagens, a 'violência da polícia contra o povo nas ruas." 

       A idéia era acuar e paralisar a PM, para proteger o vandalismo e o terrorismo dos blackblocs. Agora, são as imagens que estão acu(s)ando os fábios raposos da vida, obrigando-os a vir a público dizerem: 'fui eu". 

       Não foi coragem do tatuador, foi cagaço. A primeira prova de coragem do valentão foi dizer que vai alcagüetar o cúmplice que acendeu o rojão que colocou o cinegrafista Santiago na UTI, lutando pela sua vida. Não valem nada, os merdas.