domingo, 28 de dezembro de 2014

Trotski e o Exercito Vermelho

      Trotsky é o pai da 'revolução permanente', idéia que seduz e encanta revolucionários até hoje. Mas 'revolução permanente' é tudo que não se permite, não se faz e não funciona quando a missão é criar um exército, baseado em disciplina, hierarquia e obediência cega. Pois bem: foi Trotsky que criou o Exército Vermelho.

sábado, 27 de dezembro de 2014

Outra teoria?!

         Há várias camadas em que podemos ler a realidade. Todos sabemos que Mamon reina no mundo, mas também é modo de dizer, figura de linguagem e metáfora o poder absoluto que atribuímos aos Donos do Mundo. Isto não é bem assim. 

         A se levar a sério a tese de que o mundo é controlado por um poder judeu-maçônico-bolchevique-globalista-gnóstico-satanista, nós teremos de render nossa homenagem a Olavo de Carvalho e à sua tese sobre a mentalidade revolucionária, o movimento comunista internacional e seus 20 milhões de agentes espalhados pelo mundo. 

         Para que o esquema acima referido existisse do modo como se diz que existe e controlasse absolutamente todos os fatos - da pedra no rim à derrubada das Torres Gêmeas, da desestabilização da Ucrânia à derrubada do avião de Eduardo Campos, passando pela eleição de Papa Francisco (que é maçom sic! ), à mudança do Guru para a Virginia - , o poder judeu-maçônico-bolchevique-globalista-gnóstico-satanista teria que contar com outros 20 milhões de agentes agindo coordenadamente 24 horas por dia no mundo. Seria Deus! 

          Eu tenho 61 anos, respeitem meus cabelos brancos. Volto a repetir: mais divertido é reler Il Pendolo de Foucault, escrito por Umberto Eco, e publicado em 1988. No final, a conclusão é que toda teoria que não pode ser compreendida pela massa ignara por sua sofisticação e complexidade acaba se tornando inviável e inacreditável pelo parodoxo de ser simplória. 

O facilitário de que tudo se encaixa e de que nada escapa à teoria acaba condenando o todo, ainda que parcelas relevantes da verdade tenham sido expostas e correspondam à realidade. 
La vita è tutta un'altra cosa

domingo, 16 de novembro de 2014

Povo (ds)organizado. Ô, trem bom.

        As manifestações são a suprema maravilha. Quem está minimizando a quantidade de gente na rua age de má-fé ou tem algum interesse por trás, ignorância não há de ser. 

        É povo na rua (des)organizado, indignado, de olho na vigarice, na falcatrua, na roubalheira, na imoralidade, na cara de pau, na delinquência contumaz do quadrilheiro Luis Inácio Lula da Silva. Enquanto o STF julgava o mensalão, o bandido continuava operando e dirigindo os malfeitos criminosos do petrolão, debochando e rindo da cara do brasileiro. 
   
        E não adianta chiar e protestar e achar explicação sociológica: foram os cafetões dos miseráveis que garantiram, sim, a vitória de Dilma Rousseff, atráves da chantagem com o Bolsa-Família.

domingo, 9 de novembro de 2014

Crianças torturadas? Calma lá.


           Epa, que conversa é esta? Nenhuma destas crianças foi torturada. Isto está provado. Não chega a ser consistente nem mesmo a denúncia de que Ernestinho (sic) - embaixo à direita na foto - foi levado ao DOI -CODI onde seus pais, Manuel e Jovelina Nascimento, militantes da VPR, estariam sendo torturados. (Posso analisar e apontar os furos e incoerências, num texto à parte). 

      Quem tem que dar explicação são os pais e responsáveis por estas crianças, incluindo Dona Tercina, também militante da VPR mãe de Manuel e avó de todas elas. Conhecida como Tia, Tercina, de 55 anos, era responsável por cozinhar e costurar fardas para o grupo guerrilheiro de Carlos Lamarca, no Vale da Ribeira. 


      Vários militantes deram depoimentos admitindo que usavam as crianças para despistar o que faziam  e quem eles eram na realidade. Ernestinho, por exemplo, foi usado pela própria mãe, Jovelina Tonello Nascimento, para dar fachada de família e passar por um cerco policial quando acompanhava num automóvel o homem mais procurado do Brasil: Carlos Lamarca.


       É ela que conta, no final do vídeo*(aos 10 min 45 seg). No carro, além de Lamarca, estava Jovelina, o filho e outros integrantes da VPR. Detalhe: todos os militantes da guerrilha só circulavam fortemente armados. Neste caso, se a polícia reconhecesse e tentasse prender Lamarca e os outros militantes que o acompanhavam, estes abririam fogo. A polícia reagiria e morreriam todos, com certeza. 


      Outra informação: a avó dos meninos, Tercina, que foi trocada por um embaixador sequestrado e levou as crianças para a Argélia, era militante da VPR e vivia com os filhos no sítio no Vale da Ribeira onde ficava o acampamento de Lamarca. A presença de uma senhora de 55 anos cercada de crianças, seus netos, dava aparência de normalidade ao local. 


       É assim que comunista protege e ama seus filhos. Quando os órgãos de segurança souberam que Lamarca tinha um campo de treinamento no Vale da Ribeira, foram deslocados para a região cerca de 1800 homens, integrantes de guarnições do Exército, Brigada Aeroterrestre da FAB, soldados da Força Pública, além de cães amestrados. 

       A ordem era invadir o sítio e prender todos os terroristas. Lamarca percebeu a movimentação, abandonou o sitio e conseguiu escapar do cerco. Foi por pouco. Os militares poderiam ter invadido o campo, com as crianças lá dentro. Como os guerrilheiros sempre atiravam antes de perguntar, o resultado era prevísivel: um morticínio.


*https://www.youtube.com/watch?v=X5EQxNS8VbI

quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Aécio não é Maduro

           O Brasil não melhorou porque Aécio Neves "quase" ganhou. Mas não piorou. Alguma coisa mudou. Aécio Neves ainda não deve ter entendido o que aconteceu,  aqueles 51 milhões de votos não foram só para ele, foi muito mais. 

           Aécio Neves que trate de virar gente grande,  assumir a maturidade e encarar o papel que o Brasil lhe atribuiu nestas eleições. Ele tem tradição e preparo  para tanto. Há quem diga que  o candidato do PSDB não é paradigma de estadista, e que está enganado quem pensa que Aécio  peitou o esquemão, como se não fosse apenas sua outra face.  

           Pode ser, deve ser, tanta gente diz tanta coisa. Mas o homem muda, é preciso seguir em frente, achar o caminho. Eu tenho filhos, não posso cruzar os braços.

Voto fortalece

       Eu queria entender: era preciso votar maciçamente no PT e reeleger Dilma porque um governo fraco teria muito menos margem para reformas profundas ou medidas danosas e entreguistas, lesivas à soberania nacional e aos interesses do povo. 

      Uai, um candidato com votação esmagadora não sai fortalecido e poderoso de uma eleição? Já imaginou Dona Redonda derrotar Aécio Neves com 80% dos votos? Que força teria uma oposição que tivesse sido esmagada nas urnas por decisão e vontade do eleitor?


       Agora que Dilma começa a sentir os efeitos de sua vitória de Pirro, diante dos 51 milhões de votos de quem não quer o PT, e já enfrenta pressão e contestação de todo lado, vem neguinho dizer: 'viu como eu disse que um governo fraco era melhor?". Então, tá.

terça-feira, 28 de outubro de 2014

São Paulo e o Bolsa-Família

        
        Dizer que São Paulo é o segundo estado do País em número de beneficiários do Bolsa-família é verdade. Só perde para a Bahia Os baianos são 6,5 milhões e em São Paulo são 4,3 milhões. 

      Mais de dois milhões de pessoas já não é uma diferença assim tão desprezível, convenhamos. A diferença é brutal quando se compara a proporção em relação à população. Na Bahia, 43% da população recebem Bolsa-Família. Em São Paulo, pouco mais de 10% da população.
       Não por coincidência, dos cinco Estados que mais recebem Bolsa Família, Bahia, Pernambuco e Ceará garantiram ao PT votação superior à 70% do eleitorado. Minas, em certas regiões acompanhou este patamar.
(Este é o Top Five do Bolsa-Família:
- Bahia, 1,8 milhão;
- São Paulo, 1,2 milhão;
- Pernambuco, 1,1;
- Minas, 1,1;
- Ceará, 1,1)

Vale- tudo?

            Eu não sou do PSDB (jornalista não tem partido. Se Aécio fosse eleito, no dia seguinte, eu estaria de olho nele, não existe jornalismo a favor). Mas o resultado desta eleição revela de forma inequívoca muito mais um voto anti-PT do que um voto pró-PSDB ou contra o PSDB.


           PT/Lula/Dilma estão no poder há 12 anos, PT/Lula fazem parte da história (nacional) desde 1980. O conhecimento sobre o Partido dos Trabalhadores é inquestionável. Lula é um fenômeno em termos de liderança e carisma, talvez até maior que Getúlio Vargas.

        O PSDB é notoriamente um partido (ainda) da região sul, gravita em torno de São Paulo. (Quase) Não tem estrutura partidária montada no Nordeste/Norte do Pais. É precário na região. A penetração é pequena. 

         Constatar e admitir que há um sentimento contra o PT no País é imperioso e necessário. É só olha com olhos de cientista: milhões de pessoas foram às ruas em 2013, pedindo mudanças? Dilma de novo?! Há algo errado. A campanha que Lula fez é asquerosa. Por que os petistas não falam disto? Ou vale tudo?

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

PT: seu bem, meu mal


       O País falou, o PT precisa ouvir. O partido jogou sujo, muito sujo. Melhor admitir. Aécio playboy, por quê? Porque era festeiro e namorava mulher bonita? É defeito de caráter? Usuário de cocaína, bate em mulher? Nenhuma prova, ao contrário, há evidências de que é invenção e boato maldoso. 

      Político com vida pública de 30 anos, não há suspeita de enriquecimento ilícito (como Dilma, quem a xingou de ladra? ninguém), elegeu-se, reelegeu-se, era um candidato legítimo. 

     Marta Suplicy (cadê ela?)tem mais de 400 anos de sobrenome, é uma peruona, quatrocentona paulista. Por que ela não poderia ser prefeita de São Paulo, Ministra ou senadora? Só porque é peruona, quatrocentona e da elite paulista? Pode e foi. Aécio não? 

      Quem o PT acha que engana? Eu me lembro da primeira eleição para governador em 1982. Eu votei em Lula, contra Franco Montoro, que foi eleito. Era o voto contra a milicada, a ditadura. Votei PT para todos os cargos.

      Viajei pra a Itália, voltei e fui morar em São José dos Campos, não transferi título e só votei em 89. Primeiro turno, votei Leonel Brizola; no segundo turno, votei contra Collor; dei meu voto, portanto, a Lula. 

     Nunca mais  votei, apesar de ter torcido por FHC na primeira vez em que ele foi eleito. Gostei do primeiro mandato e passei o segundo falando mal dele. 

     Mas desde esta época, eu já tinha começado a desconfiar do PT, não confiava. Só voltei a votar em 2006, aí, sim, contra o PT. Mensalão já tinha estourado, era a constatação irrecusável de quem eram os cumpanheros. 

     E agora, Dilma fecha seu primeiro mandato com o Petrolão.  O povo sabe e está dizendo que não quer mais. Não tem nada de  'a ódio a PT', 'ódio a pobre' na faculdade, no aeroporto. Isto é vigarice de Lula no palanque. Todo mundo sabe. 
     Todos que não votávamos no PT sempre torcemos para que o partido fosse de fato diferente, e que 'ética na política' não fosse só um apelo de palanque. Pior que foi.


PS: Antes de sair o resultado da eleição para Presidente da República, eu rezei pedindo a Deus que nos desse o que fosse o melhor para o Brasil. Ele sabe o que faz, sabe tirar o bem do mal. 

domingo, 12 de outubro de 2014

Fraga, o bom menino mau

       Fernando Collor era um playboy e paraquedista que seduziu o país como 'caçador de marajás'. Eleito em 89, contra Lula, foi impichado menos de dois depois de ser empossado, todo mundo conhece a história. Hoje, é aliado de Dilma Rousseff contra Aécio Neves.


       Armínio Fraga, possível futuro Ministro da Fazenda do candidato do PSBD - e que nos faz tremer (justamente), por trabalhar com o megaespeculador, George Soros, em nome de quem pilotou pessoalmente a quebra da Tailândia em 1997 - , é o mesmo homem que modernizou os mecanismos legais para que o Brasil pudesse comprar e vender seus produtos, num tempo em que não se achava nem azeite importado nas prateleiras do supermercado. Ele ocupou um das diretorias do BC, no Governo Collor, a que cuidava de políticas internacionais.
        Nos anos 80, voltar do Estados Unidos ou da Europa e fazer compras no Brasil era caminho certo para querer se atirar pela janela, dada a indigência da oferta de produtos no Brasil. Tudo era reserva de mercado. Para comprar um computador, precisava marcar encontro com um contrabandista paraguaio, numa quebrada, à meia-noite, numa rua escura, falando baixo, em código, e olha lá!
        Pois é, foi Collor, o cangaceiro playboy, que começou a abrir o Brasil para o mundo e dar ao brasileiro o acesso a produtos importados. Ao mesmo tempo, a indústria brasileira, acostumada com o mercado cativo, teve de se virar e se modernizar para enfrentar a concorrência de fora. Quem não se lembra dos panos de chão que éramos obrigados a comprar para vestir?
        A memória é curta e sempre seleciona o que interessa. Mas, gente mais velha sabe que nada é preto no branco, nem tudo pode ser analisado e enquadrado em categorias de 'bom' e 'mau'. Lula ser eleito Presidente da República foi bom, era um (ex) operário, muita gente torceu o nariz mas mostrou que democracia é assim, operário também pode e sabe dirigir o Pais.
 

        Agora, querer enfiar goela abaixo, por duas vezes, a menininha do Sion, Dilma Rousseff, com a conversa mole de que ela é o 'povo' e que ser contra sua candidatura é arrogância das 'zelites', isto é desonestidade, vigarice e picaretagem. Hoje, no Brasil, PT é mensalão e petrolão. O resto, é lorota.

PS: Sion é um tradicional colégio católico onde estuda(va)m as filhas da alta classe média de Belo Horizonte.

sábado, 11 de outubro de 2014

Nem virtude nem fundo do poço

     Ser encontrado 'alto' numa madrugada, mesmo em ocasião não-oficial, em companhia de amigos, pode não ser o topo da virtude, e nem o poço da degradação. Isto é farisaísmo tosco e hipocrisia nefasta. 

     Aécio Neves tem uma carreira pública de 30 anos, o Brasil o conheceu ao lado do avô e Presidente da República, Tancredo Neves, num calvário que o país inteiro acompanhou. Fez carreira política, começando de baixo, como deputado federal. Reelegeu-se por quatro vezes, foi presidente da Câmara, eleito governador duas vezes e senador. Não é exatamente um paraquedista. Cadê o seu grande escândalo? Não tem.

Aécio não é sacristão

       Não entendeu nada quem acha que estou querendo provar que Aécio Neves é um sacristão. Ele não é. Nem por isto vou engrossar a fila dos santarrões e alminhas puras que torcem seus narizinhos até para o fato de que Aécio Neves só namorou mulher bonita. 

       Quando penso que Dilma Rousseff indicou Eleonora Menecucci - uma feminista que ensinava a fazer aborto - para a Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, eu tenho certeza de Aécio Neves não pode ser a pior opção para o Brasil. 

       É claro que a conduta pessoal diz muito, mas é preciso ver a vida política de Aécio Neves, contra o que se manifestou, que projetos defendeu ou rejeitou no Congresso, que diretrizes imprimiu à sua administração como governador, quais os escândalos, maracutaias e denúncias de corrupção em que esteve envolvido, por aí. 

       Que eu saiba, Aécio Neves nunca protagonizou vexames e escândalos morais que enxovalhassem os cargos públicos que ocupou. Eu acompanho sua carreira política (não digo com lupa e telescópio), mas nunca tive minha atenção atraída por um cena ou episódio que manchasse sua reputação política indelevelmente e fosse inadmissível moralmente. Belas mulheres? É defeito? 

       Basta prestar atenção ao que eu disse. Eu comecei declarando não saber se Aécio usa cocaína ou não (e usar para mim não é virtude). Daí, a ser ''cocainômano' com suspeitas de overdose, isto pode cheirar (sic) à mesma história que aconteceu com Mário Gomes. Sou repórter, vivo de apuração de fatos. Quanto a não ter virtudes 'porque vive no Rio de Janeiro, aquele antro de perdição', o argumento é fraco.

quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Tudo igual

        Mais um texto retirado do fundo do baú. Este também foi escrito durante a campanha eleitoral de 2002, quando Lula foi eleito, pela primeira vez, Presidente da República. 

             O PT e o PSDB são exatamente a mesma coisa. FHC vivia nos palanques ao lado de Lula e só não entrou para o PT, quando ele foi fundado em 80, porque, ambicioso, viu que era melhor  entrar no PMDB, que ajudou a fundar, e ficar como suplente de Montoro  no Senado. Ele sabia que Montoro deixaria o cargo  de senador  para concorrer ao governo de São Paulo, em 82. FHC, assim, assumiria seu lugar no Congresso. 
    
       Em 88, o grupo de FHC, Covas e Tasso saiu do PMDB e fundou o PSDB por 'motivos éticos', sob alegação que não podia conviver com a 'banda podre' do PMDB liderada por Quércia. Na verdade, a causa pode ser bem outra. É que não cabiam lá as turmas do Quércia e de Mário Covas juntas. Os dois queriam ser presidentes da República. FHC era da turma do Covas naquele tempo; quando morreu, Covas não permitiu que FHC sequer entrasse em seu quarto no hospital. Nesta eleição (de 2002), Lula e Quércia estavam juntos, pedindo votos um para o outro. 
     
        Não adianta esconder, mais isto muda mais isto é a mesma coisa. Basta ver que um dos ideólogos do PT é Francisco Weffort, que era orientando de FHC na USP, assim como Guido Mantega, ora, ora. Se o PT não fosse aliado, FHC ia dar o Ministério da Cultura para um dos fundadores/idealizadores do partido? Ora, Weffort não é somente do PT, ele é o PT!  

         O Partido dos Trabalhadores nunca foi contra o golpe de 64, nunca contestou o modelo econômico implantado pela ditadura. O negócio do PT eram as liberdades democráticas. Assim que elas foram restabelecidas (anistia, fim da censura,  habeas corpus, organização de partidos etc etc),  o PT deixou de ser do contra. Estes governos 'revolucionários' no Rio Grande do Sul se limitaram a deixar o povo repartir as migalhas que lhe eram destinadas no tal do orçamento participativo, dentro da perspectiva histórica de que "é melhor lamber do que cuspir". 
     
         Não é coincidência que o melhor do PT tenha surgido no Rio Grande do Sul, onde a tradição trabalhista era mais forte. É só olhar o PT paulista: Lulas, Martas, Paloccis, Dirceus, Genoinos. É bom lembrar: Lurian, a filha de Lula, viveu em Paris na casa do então casal Luis Favre  e Marília Andrade, filha de ninguém menos que o empreiteiro Sérgio Andrade, da Andrade Gutierrez. (Favre depois, virou 'marido' de Marta Suplicy).Uai, só se confia a própria filha a gente muito amiga, não é não?  

          Quando surgiu em 78, Lula falava como se não tivesse existido movimento trabalhista no Brasil antes dele. Para o PT, Jango, Brizola e Trabalhismo rimavam com peleguismo, não com nacionalismo. Tinha coisa melhor para Golbery que um Lula no lugar de Brizola? Ora!
     
          A teoria da dependência de FHC/Falleto é a mesma de Weffort/PT. Eles tem a mesmíssima visão sobre a relação do Brasil com os países desenvolvidos e hegemônicos do capitalismo mundial. É a teoria da (inter)dependência de Falleto e Cardoso. Serra também defende a mesma teoria que, em resumo, diz que  o capitalismo dependente não é uma condição necessária do capitalismo mundial mas sim um fator acidental no desenvolvimento deste. 

          FHC apontava a interdependência como solução para a crise de acumulação, minimizando ou mesmo apagando as diferenças entre o capitalismo nos países avançados e o capitalismo dependente.  

          O sociólogo Fernando Henrique Cardoso, nos seus tempos de Cepal e Cebrap (este último, é bom lembrar, foi criado por FHC e era financiado pelos ricos dólares das fundações Ford e Rockfeller), achava que os problemas e contradições no capitalismo brasileiro não tinham outra particularidade senão a de dar-se em um país da periferia, ou seja, uma nação capitalista jovem . ("Os Estados têm dificuldades. Sempre temos alguma dificuldade"). 

          FHC preferia apontar a interdependência como a solução para a crise de acumulação. Ele entendia que numa economia dependente se dá um processo simultâneo de desenvolvimento. ("A despeito disso, pode-se levar adiante o processo integrador")

          Para FHC, o capitalismo, à medida que se aproxima de seu modelo puro, se converte em um sistema cada vez menos explorador e consegue reunir as condições para solucionar indefinidamente suas contradições internas. "É um problema de ajuste do sistema mundial, que está sem controle. Estamos longe de ter uma situação ideal, muito longe, mas estamos trabalhando nessa direção" (as frases em negrito são de uma entrevista de Fernando Henrique, à Folha, em agosto deste ano). 

Tanto faz

          Eu escrevi este texto, a que dei o título de Tanto Faz, em 2002, antes da eleição de Lula à Presidência da República. Parece que nada mudou, basta substituir os nomes.
 

          "Agora que somos penta, podemos falar sem rodeios: estamos fritos. Entre os candidatos à Presidência da República, não tem o menos ruim, o melhorzinho, nada. Não se trata disso. Ciro Gomes diz em entrevista a Carta Capital que um banqueiro nacional mandou-lhe o seguinte recado: "o Ciro pode fazer a demagogia que quiser, mas, eleito, vem aqui se entender conosco senão ele cai". E cai. 

           Ciro, como todos os outros, faz é demagogia mesmo. Para valer, todos assumiram o compromisso de "honrar" os contratos e "respeitar" o mercado. Ou seja, de qualquer lugar vamos tirar dinheiro para dar para os bancos, donos de nossa dívida interna e externa. Lênin disse: "Os bancos nasceram perfeitos". Ponto final. 


            Não se trata de escolher o candidato com o melhor discurso. Tanto faz quem promete o emprego ou defende a moralização. O resultado será sempre favorável ao capital. Um candidato que vai gastar entre 30 e 60 milhões de dinheiros ( este é o valor declarado!) tem obrigatoriamente de assumir compromissos com quem o financia ( banqueiros e empresários, empreiteiros e milionários). 


            Para o capital, financiamento de campanha é um investimento como outro qualquer (na verdade, mais lucrativo; dá 5, recebe 300). Logo, quem se apresenta como candidato já passou por uma seleção e escolha prévias do capital. 

            Não vale dizer que tem o tal José Maria do PSTU, que sua plataforma é revolucionária e frontalmente contrária ao capitalismo! Primeiro, quem é José Maria? O processo eleitoral na democracia capitalista não é mesmo para ser levado à serio. Imaginem discutirmos as 'propostas de governo' de um tal José Maria que apareceu na televisão durante dois minutos, se tanto! Além disto, com 200 mil para gastar na campanha ele mal vai comprar uns ternos na Ducal.


            Que diferença faz se Lula/Ciro/Serra ganhar? Seria bom se fosse só uma questão subjetiva, cuja solução se limitasse à troca de "sujeito". Mas não é. Basta ver o que diz o suiço Jean Ziegler, responsável pelo relatório da ONU sobre a fome e autor do livro " A Suiça lava mais branco":


           "Os Estados nacionais estão perdendo força, não são mais sujeitos da história. (Na França), seja qual for o governo, ele obedece à Bolsa, aos movimentos do capital financeiro. Se você não faz a política fiscal que o capital quer, o capital vai embora. As oligarquias mundiais do capital financeiro dominam totalmente as políticas dos Estados nacionais. Se você aumenta os salários (na França), os custos de produção aumentam e as multinacionais partem para a Tailândia, Canadá..."

           Todos os candidatos vivem repetindo que defendem a economia de mercado e as regras do jogo capitalista; logo, não há o que discutir. Eles terão de adotar o mesmo receituário de Malan e Fraga. É bom lembrar que os economistas neoliberais têm toda a razão em suas assertivas quanto ao 'caráter desestabilizador' de uma ampliação do crédito, da queda da taxa de juros e outros quetais. Partindo da premissa errada, eles fazem tudo certinho. 


            O sociólogo marxista alemão Robert Kurz, do Grupo Krisis, indica a saída, ao afirmar: " se a teoria monetária e de crédito neoliberal é essencialmente correta, então o próprio sistema de referência do sistema monetário e de crédito precisa ser criticado como tal ". E diz mais.


           "Já não é mais possível uma crítica imanente do neoliberalismo e de seus efeitos bárbaros tal como é ruminada por keynesianos, social-democratas e socialistas de esquerda. Pode-se virar e desvirar a coisa do jeito que se quiser: a limitação objetiva da acumulação de capital não pode ser evitada por truque nenhum. É o que deverão sentir também os economistas de esquerda que rezam pela economia de mercado e atualmente preocupados com as 'chances de um bem sucedido processo de transformação'. Mas não haverá transformação alguma na economia de mercado. O que se requer é uma transformação do conceito de transformação, isto é, uma crítica que supere a modernidade produtora de mercadorias como um todo. É preciso levantar a questão de como se pode, na situação histórica de crise sistêmica, se organizar uma vida social, além das instâncias fetichistas anômimas, cegas, do mercado e da máquina estatal."

sábado, 20 de setembro de 2014

Caça ao urso e tiro pela culatra

Caçada? Esquece: abate à distância, isto sim. Este faroleiro não se emenda. Olavo de Carvalho criou um teatro de aventuras e valentias em torno de uma fabulosa caçada ao urso e presenteou a platéia com um maçante, covarde e ridículo espetáculo de abate de animal indefeso à distância.
        
         Quando Olavo de Carvalho anunciou que ia caçar ursos pretos ferozes, predadores assassinos perigosos de tamanho descomunal, ele estava contando lorota para enganar idiotas, pois ele sabia o que ia encontrar: ursos novos, pequenos, de pouco peso, e que só se aproximam da área onde estão os caçadores - aboletados em cima de árvores, com arma de mira telescópica, a safo de qualquer perigo - porque são atraídos por comida (iscas).
     
      "Mike with his bear 88 lbs"

 Basta olhar as fotos dos ursos abatidos, publicadas no site da Cedar Ridge, onde os valentões Olavo, Silvio Grimaldo e Pedro de Carvalho estavam. O urso da foto, abatido no dia 25 de agosto passado, pesava 40 QUILOS (88 lbs). O urso de Silvio pesava 63 QUILOS (140 pounds), e o do filho Pedro, que Olavo chamou de Big Bear (sic), pesava 127 QUILOS (280 pounds), peso de um homem apenas corpulento.  


        Sílvio não mentiu quando informou que sua vítima "está dentro da média para a idade e a região". Os 'três patetas" sabiam disto. São uns nojentinhos, este Olavo, filho e amigo.


                                                       
       
O valente, corajoso, destemido e muy macho Silvio Grimaldo descreveu assim o monstro que ele abateu do alto de uma cadeirinha, em cima de uma árvore, com uma arma de repetição de mira telescópica, sem correr qualquer risco ou perigo:

      "um urs
o maduro de quase 3 anos e meio. Ele está dentro da média para a idade e a região, 140 pounds. Há ursos maiores, que chegam até 200kg, mas sao mais difíceis de aparecer. O Pedro pegou hoje um realmente grande, mas tem gente que pega bem pequeno, com menos de 100 pounds e até filhotes, o que não é ilegal, apesar de não ser nem um pouco recomendável."
     
       PS 1: eu peso 50 quilos. O urso de Sílvio Grimaldo é mais pesado do que eu, pesa cerca de 60 quilos (140 pounds/libras). O urso de Pedro, que é 'realmente grande', pesa menos de 150 quilos (280 lbs). Como se vê, bichos descomunais, ameaçadores, perigosíssimos.

     
       PS 2: repara que ele evita referir-se ao peso do bicho em 'quilos'. Em 'pounds' (brasileiro nem sabe o que é), o bicho dobra de tamanho. Espertinho.


sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Mentiras cor-de-rosa. Pura fumaça.

         Ô, cabra que mente. Olavo de Carvalho resolveu inventar agora que ele não fuma por vício, mas por frescura (no caso dele, eu concordo. Olavo é fresco). Quem conhece sabe: a Chaminé da Virginia fuma compulsivamente, obsessivamente, alucinadamente, descontroladamente. É viciado no mais alto grau. 

           Vai ter que ficar sem fumar para caçar seus ursos? Diz ele que vai. Mas ficar sem fumar, quando não há meio de fumar, qualquer um fica. Só não se consegue ficar sem respirar. E finchè eu veja provas desta caçada, sei não... Olavo vai dizer que o bichão não apareceu por medo e ele cancelou a caçada e voltou. Para fumar.

          Paralaxe cognitiva ou delírio de interpretação? Nada, mentira deslavada mesmo. Olavo de Carvalho é uma piada. 

À moda do Facebook: KKKKKKKKKKKKK

"Matheus Leite O senhor fica com ansiedade se ficar sem fumar? Isso atrapalha qualquer atividade.
Olavo de Carvalho Matheus Leite: Nem um pouco. Só fico puto se alguém me MANDAR parar de fumar.
Olavo de Carvalho Fumar não é vício. É frescura."

Maçadas de Carvalhinho

          Monteiro Lobato escreveu um clássico da literatura infantil - Caçadas de Pedrinho. O Fanfarrão da Virginia já pode escrever Maçadas de Carvalhinho.

          Olavo de Carvalho é fanfarrão ridículo. Fica alardeando coragem e valentia, encarapitado em cima de uma árvore, com arma de alto poder de fogo, mira telescópica e repetição, à espera de um urso que não o está atacando, para abater o bicho f
riamente, sem risco nenhum. Zero.   

          Vem até São Paulo ver o que é bom pra tosse, covardão, fujão, bundão. É aqui que acontecem 50 mil assassinatos por ano. Isto aí embaixo foi bem perto de minha casa, e aconteceu ontem na hora em que meu marido e meus filhos estavam a caminho de casa ou da faculdade. O perigo é aqui.

PS: será que Olavo está mesmo nesta caçada? Nunca vi internet funcionar tão bem numa região cheia de árvore e quase deserta, mesmo nos EUA. Ele posta asneiras o dia todo no Facebook.
http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2014/09/protesto-bloqueia-avenida-giovanni-gronchi-no-morumbi-em-sp.html
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Olavo de Carvalho
há 7 minutos
Todo psicopata assassino é sentimentalóide.

Olavo de Carvalho
há 21 horas
Sentado na cadeirinha, estou absolutamente tranqüilo, mas, não sei por que, sinto uma tristeza sem fim. Acho que ter por único companheiro um urso que não aparece e que, se aparecer, morre, traz à mente a tristeza ancestral, quase geológica, de um planeta condenado.
Mas, às vezes, confesso que fico falando mentalmente com o urso: "Vá embora, seu filho da puta. Não apareça por aqui que terei de dar cabo de você."

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         Caçada? Abate à distância. Este faroleiro não se emenda. Olavo de Carvalho criou um teatro de aventuras e valentias em torno de uma fabulosa caçada ao urso e presenteou a platéia com um maçante, covarde e ridículo espetáculo de abate de animal indefeso à distância.

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        E Sílvio Grimaldo, que está encarapitado em cima de uma árvore, congelando, à espera de urso, no Maine? 
Nunca vi caçador que fica no Facebook.
Reclamando que está tudo ruim, chato, horrível e maçante.

quinta-feira, 11 de setembro de 2014

OdeC, a foca* das galáxias

       "Sendo apenas um professor e morando no campo, visto-me como um trabalhador manual e estou muito contente com isso".(Olavo de Carvalho)
      

       Uai, mas Olavo de Carvalho não é jornalista, que se apresenta às autoridades americanas como 'correspondente do Diário do Comércio em Washington'? Por que será que ele omite neste mesmo curriculum que é professor de Filosofia num curso online com mais de dois mil alunos inscritos, ao custo de trinta dólares por mês?
      

       Sobre o assunto, convém esclarecer: eu não estou discutindo documento de Olavo de Carvalho para entrar ou permanecer nos Estados Unidos. Eu estou dizendo e repetindo que Olavo não é correspondente do Diário do Comércio em Washington, nem nos Estados Unidos, nem em lugar nenhum. 

      Olavo não faz trabalho de correspondente, não tem fonte nos Estados Unidos, não entrevista ninguém, não vai a Washington nem para ver a posse do presidente, como 'povo em geral'. E mais: o Diário do Comércio não existe. É um jornaleco sem a menor importância. 
      
       Ser correspondente do Diário do Comércio e falar em 'alto privilégio no jornalismo nacional' é delírio e dor de cotovelo de quem sabe que não tem qualquer relevância na imprensa brasileira. Olavo de Carvalho quer fazer crer que é Paulo Francis. Acontece que Francis foi correspondente em Nova Iorque de alguns dos maiores veículos de comunicação do País: a Folha de São Paulo, O Globo, o Estadão e a Rede Globo, além do Pasquim. 

     Só um sujeito complexado e invejoso como o Guru de Varginha escreveria esta estupidez, falando de si mesmo: "A condição de correspondente que está livre para escrever sobre o que quiser, sem obrigação de cobrir os acontecimentos do dia ou fazer entrevistas, é um alto privilégio no jornalismo nacional". Qua qua quá.

     
     E quer saber mais? Eu tenho cá minhas dúvidas se Olavo de Carvalho é mesmo contratado pelo Diário do Comércio como "correspondente'. Vai ver ganha como freelancer, por artigo que escreve. E não deve ser muita grana não.


    Vamos falar sério, Olavo de Carvalho é apenas um colunista do Diário do Comércio que mora na roça, na Virgínia/EUA e que escreve sem que para isto seja necessário morar lá. O fato de Richmond ficar a menos de 200 KM de Washington não muda em nada o fato de que ser 'correspondente' é tutta un'altra cosa.

     E o Diário do Comércio é nada, é o jornal da Associação Comercial, sustentado pela publicação obrigatória dos balancetes das empresas em veículos de comunicação. O DC não tem qualquer importância, relevância ou influência. Levanta a mão aí quem lê o Diário do Comércio?

Foca: repórter principiante e sem experiência. Figura protagonista do mais rico folclore do jornalismo.

segunda-feira, 8 de setembro de 2014

OdeC: ele é e gosta de picareta.

                   Como é que um sujeito que se apresenta como jornalista e analista político, que dá palpite sobre estratégia de ação, que fala que é o bambambam da sapiência, do discernimento e da confiabilidade e garante que conhece como ninguém a vida econômica, cultural e política do Brasil, publica um documento supostamente assinado pelas mais altas patentes militares, com abrangência e conseqüências gravíssimas para a vida do País, sem ter uma única fonte militar para confirmar a informação publicada? É um picareta este Olavo de Carvalho:
        "Não tenho meios de verificar nada. Perdi todo contato com os militares brasileiros há dez anos e não tenho a menor idéia do que estão fazendo ou pensando" (Olavo de Carvalho, em sua página no Facebook).

Olavo de Carvalho: a foca que caça ursos

        Olavo de Carvalho sabe que ele não é repórter, nunca foi. Não é do ramo. O Guru de Varginha mentiu às autoridades americanas, para efeito de green card, informando que é correspondente do Diário do Comércio em Washington. Não diga, Olavo. Morando na roça, numa fazenda em Richmond, na Virginia? 

     Quero que Olavo de Carvalho prove que é credenciado na Casa Branca e no Congresso americano (condição essencial para ser correspondente lá) e publique as entrevistas que ele faz em Washington com gente que tem influência na política americana. 

     Para escrever o que ele escreve para o DC, ele não precisava sair do Brasil. Se morasse na Vila Nhocunhé, ele podia cometer os mesmos artigos (que aliás, são sempre os mesmos repetecos, e delírios e chutes e teorias sem pé na realidade). 
'Comer barriga' de novo? Nenhuma novidade.
     PS:'comer barriga' é publicar noticia falsa, sem checar a fonte e a confiabilidade da informação. Coisa de foca (repórter iniciante, inexperiente e que é figura folclórica nas redações).


https://www.facebook.com/olavo.decarvalho/posts/10152657899387192

http://www.uptualiza.com/2014/09/tomada-de-poder-congresso-nacional-sera.html

sábado, 30 de agosto de 2014

Matemática de OdeC: nem de quinta. De quarta.

      E Olavo de Carvalho continua ruim de matemática. Na caradura, no hangout com Puggina, Gurgel, Giulliano e um outro lá, ele mentiu sem pejo e sem dó, ao dizer que em 1964 era estudante secundarista. 

     Não diga, OdeC. Foste tu mesmo a confessar que não terminaste sequer a quarta série do ginásio, que todos nós concluímos com 14 (no máximo, 15) anos. Como nasceste em abril de 47, tu tinhas 17 anos quando o golpe aconteceu. Não eras estudante coisa nenhuma.

Escreveu não leu, pau comeu

        Dizer que, em 1975, quando era copydesk do Jornal da Tarde, ele só corrigia textos mal escritos de repórteres analfabetos e precários, vindos das faculdades de jornalismo, é outra lorota de Olavo de Carvalho. 

        Aquela safra de primeiros repórteres formados, com diploma universitário, era fruto das boas escolas públicas e particulares que existiam no Brasil na década de 50 e 60, os alunos sabiam escrever, liam os clássicos da literatura, era outro nível. 

Os professores das (poucas e boas) faculdades eram geralmente medalhões e grandes profissionais da imprensa. Na UnB, onde eu entrei em 72 e saí em 80, fui aluna de Carlos Chagas, Manoel Vilela de Magalhães e Vladimir Carvalho. Era assim. 

        Olavo nunca foi aluno universitário, morre de inveja de não ter diploma e gosta mesmo é de falar mal de quem tem um canudo na mão. 

        Mas quem era mesmo que queria um diploma de bacharel em Direito, a ser concedido por uma faculdade paulista sem o ônus de frequência e de avaliações?

quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Sorvete na testa (Prometheo Liberto)

quinta-feira, 28 de Agosto de 2014

Sorvete na testa



 


Não se pode ser ex-perenialista sem ser anti-perenialista. Sabendo disso, e querendo conformar sua vida à verdade pela qual está buscando ativamente, Caio Rossi segue empenhando-se no cumprimento da promessa de denunciar e combater o luciferianismo velado oferecido pelos heresiarcas esotéricos Guénon e Schuon. O mais recente resultado de seus esforços de reparação ao erro perenialista no qual esteve envolvido está no interessante e oportuno texto a seguir:



Do texto em questão, convém destacar os trechos abaixo:
2º Fato:

O perenialismo guenoniano não é guenoniano: é ismailita. Ele já existia há séculos. O Simbolismo da Cruz, por exemplo, é um antigo tema ismailita que foi posteriormente desenvolvido por Guénon. Ele só fez dar aos preceitos dessa seita o upgrade necessário aos novos tempos, e contou, para isso, com o auxílio de organizações secretas. 

3º Fato: 
Historicamente, os ismailitas adotaram a estratégia de revezamento entre "ocultação" e "atividade pública", que se alternam de acordo com as condições objetivas que vão encontrando. Quando havia reação poderosa à sua agenda, adotavam a "ocultação" através do discurso duplo ou dúbio,conseguindo frequentemente se passar pelos mais ortodoxos dos fiéis.
A partir da leitura atenta dos excertos destacados, pode-se compreender a tática por trás da alternância radical de posições acerca das turuq que está presente no discurso ad extra de pessoas como Olavo de Carvalho, um pretenso dissidente daqueles sodalícios gnósticos. Tendo em conta o aumento das resistências a si e àqueles colaboradores que andam sendo expostos, pode-se notar que ele está (inabilmente) investindo na fase de "ocultação":

"O pessoal, quando entra para a tariqa, quando começa a freqüentar estes meios, já se imbui da autorização islâmica para mentir para os infiéis, e começam a mentir como uns loucos" [True Outspeak de 16/02/2011 (de 3min13s a 3min32s)]





Com tantos sorvetes arremetidos por si contra a própria testa, é de se surpreender como ainda haja quem dê fé pública ao sr. Olavo. Talvez isso se explique por haver em demasia no mundo ingênuos, distraídos, interesseiros e oportunistas.



VER TAMBÉM:  "
O Novo Aeon conservador"

http://libertoprometheo.blogspot.com.br/2014/08/sorvete-na-testa.html

Está claro isso aí? (Caio Rossi)

quarta-feira, 27 de agosto de 2014


Há alguns anos eu publiquei, em meu antigo blog, uma lista de 10 passos para uma introdução ao perenialismo guenoniano. Muita gente me agradeceu por tê-los postado. Espero que esses 11 fatos iniciais - pois tem muito mais por vir - sejam suficientes para ajudar os leitores a entender melhor de que se trata, de fato, a desgraça chamada perenialismo, qual a sua verdadeira agenda e quem são seus agentes ocultos no Brasil. 


 1º Fato:

René Guénon era maçon e cripto-ismailita. Em outras palavras, um defensor e, mais do que isso, um  representante destacado de uma heresia entre os católicos e uma heresia correspondente entre os muçulmanos. O ismailismo é uma praga esotérica que se infiltrou no Islã - e domina sabe-se lá quanto do sufismo - e que, através dos templários, constituiu as bases da "moderna Maçonaria".

Percebi esse vínculo somente há algum tempo. Ao procurar mais sobre o assunto no Google, encontrei esse e-book em espanhol e descobri que haviam não só percebido esse vínculo antes, como também já estava escrito um livro imprescindível para se entender a farsa perenialista.

2º Fato:

O perenialismo guenoniano não é guenoniano: é ismailita. Ele já existia há séculos. O Simbolismo da Cruz, por exemplo, é um antigo tema ismailita que foi posteriormente desenvolvido por Guénon. Ele só fez dar aos preceitos dessa seita o upgrade necessário aos novos tempos, e contou, para isso, com o auxílio de organizações secretas.

3º Fato:

Historicamente, os ismailitas adotaram a estratégia de revezamento entre "ocultação" e "atividade pública", que se alternam de acordo com as condições objetivas que vão encontrando. Quando havia reação poderosa à sua agenda, adotavam a "ocultação" através do discurso duplo ou dúbio, conseguindo frequentemente se passar pelos mais ortodoxos dos fiéis.

4º Fato:

A agenda perenialista consiste em infiltrar uma "elite gnóstica" aparentemente ortodoxa e "conservadora" nas grandes tradições espirituais - sobretudo a Igreja Católica e o Islã - e controlá-las a partir de dentro e, uma vez estabelecido esse controle, conduzi-las à tal "religião mundial".

5º fato:

Mas René Guénon escreveu contra a "religião mundial"! Sim, assim como escreveu, sob o pseudônimo Sphinx, contra a maçonaria em uma revista católica pseudamente anti-maçônica. Releia o 3º fato se ainda não entendeu o que significa "ocultação".

6º fato:

Voltando à agenda perenialista:

De um blog brasileiro sobre perenialismo, resumindo o pastiche que Guénon faz entre uma profecia católica (a do Grande Monarca) e uma islâmica (sobre o advento do Mahdi):

Assim organizações iniciáticas e contra-iniciáticas se enfrentarão em um antagonismo dialético muito sutil; onde “o verdadeiro esoterismo está além das oposições que se afirmam nos movimentos exteriores que agitam o mundo profano, e se estes movimentos são por vezes suscitados ou dirigidos invisivelmente por poderosas organizações iniciáticas, pode-se dizer que estas as dominam sem se misturar, de maneira a exercer igualmente sua influência sobre cada uma das partes contrárias” (René Guénon, O Esoterismo de Dante) 

O papel das organizações iniciáticas e sociedades secretas seria duplo: restaurar para cada indivíduo «qualificado» o nível de consciência original, designado como estado primordial ou adâmico; acelerar em modo «subversivo» o processo de decadência coletiva que permitirá o advento de um novo ciclo, iniciado pelo «Grande Monarca» francês, o «Imperador Adormecido» germânico ou o «Mahdi» muçulmano. 


Entendam que, para Guénon, o "Grande Monarca" católico seria, ao mesmo tempo, o Mahdi muçulmano, o descendente de Maomé que irá resgatar o Califado.

7º fato:

Os ismailitas são uma vertente do xiismo, e herdaram de sua origem a crença de que cada "Profeta" teve um "continuador" (wasi) - quase que um "sub-profeta" - que daria prosseguimento a seu trabalho e que os descendentes desse "Profeta" - ou desse "sub-profeta"-  herdariam essa função.

Existe toda uma rebuscada explicação "arquetípica" para isso, mas o que importa, em termos práticos, é que os ismailitas acreditam, como os xiitas, que Maomé foi o "Profeta" e Ali, seu sobrinho, era seu "continuador", assim como os advindos do casamento desse com a filha de Maomé, Fátima (daí a doutrina xiita do imamato).

No caso do Cristianismo, o natural seria procurar um descendente direto de Jesus, o que se relaciona com a teoria gnóstica sobre uma dinastia advinda de sua suposta união com Maria Madalena (história essa que foi popularizada em um famoso bestseller).

No entanto, essa vertente é muito pouco crível. Mas existe outra: a do "sobre ti edificarei a minha Igreja". Sim, Pedro seria o "Ali" de Jesus Cristo para os ismailitas. O Grande Monarca católico seria, portanto, um descendente de Pedro, o "continuador" da revelação cristã, e, ao mesmo tempo, enquanto Mahdi, seria descendente de Maomé via Ali e Fátima.

Muitos ismailitas acreditam que Nargis tenha sido uma descendente de Pedro e que, por ser esposa do 11º Imã do xiismo, de sua prole sairá aquele que supostamente unificará as duas linhagens dinásticas de wasis (ou seja, o Grande Monarca/Mahdi). E é essa a convicção de um certo tariqueiro ameaçador com quem convivi por algum tempo.

8º Fato:

Os perenialistas menosprezam a moral das religiões. Para eles, o que importa é a metafísica que as embasa e, de sua prática, só querem uma coisa: o ritual! Segundo Guénon, em seu livro sobre iniciação, os ritos exotéricos de uma tradição - como as 5 orações diárias dos muçulmanos, ou a Eucaristia dos cristãos, etc. - podem passar a ter função também esotérica caso o indivíduo tenha sido "iniciado". Por isso, esforçam-se em ser os mais zelosos praticantes dos rituais das religiões que adotaram sem que isso signifique absolutamente sua adesão aos preceitos dessas mesmas religiões.

9º Fato:

A suposta iluminação gnóstica sempre esteve vinculada a uma figura feminina: Sofia, Spendarmat, Fátima (para os fatímidas ismailitas), Laila, ou nomes semelhantes, para os sufis (daí o nome da filha de René Guénon e da filha de um certo perenialista em "ocultação"), e também Maria, a mãe de Jesus. Não seria, porém, a Maria conforme compreendida pela tradição cristã (ou mesmo pela islâmica), mas o "arquétipo" ismailita com o qual a mãe de Jesus foi identificada como sendo uma das manifestações.

Segundo Guénon, o culto às Virgens Escuras ou Negras na Europa seria de caráter esotérico. Estima-se a existência de cerca de 500 imagens de Virgens Negras naquele continente. A Virgem Maria retratada por Frithjof Schuon também tinha a pele escura. Este, aliás, escreveu um artigo sobre a Virgem Negra de Czestotchowa, que era venerada também por Jacob Frank (da seita neo-sabataísta que se infiltrou na Igreja Católica, sobretudo na Polônia, e que também possui aparentes vínculos com os perenialistas). O perenialista Jean Hani dedicou um livro a essas virgens.

10º Fato:

Jutando-se o 8º ao 9º fato, temos que, entre as práticas católicas que tendem a ser muito apreciadas pelos perenialistas que se infitraram na Igreja, está a consagração à Virgem. Mas, como revela o fato acima, isso não quer dizer que a Virgem seja compreendida da mesma forma. Para eles, trata-se do "Eternal Feminine", como diz Hani, ou, se preferirem, a hindu Kali, segundo Schuon.

Por isso, fiquem atentos para um certo "pacto com Maria" fora da Igreja proposto por algum perenialista online, e desconfiem de algum sacerdote muito vinculado a algum perenialista "oculto", pois ele pode estar utilizando a fumaça das consagrações à Virgem para se camuflar de bom católico e, ao mesmo tempo, estar tentando atingir outros fins com essa prática.

11º Fato:

Segundo "um certo" brasileiro que foi muito ligado a Schuon, os romenos foram os que melhor compreenderam a obra de Guénon e até desenvolveram sua própria estratégia. A propósito, Guénon esteve de fato naquele país e foi amigo de Mircea Eliade, o famoso "historiador das religiões" romeno e um notório perenialista. Eliade, por sua vez, foi amigo do maçon e antigo praticante de Meditação Transcedental, Andrei Plesu (Pleshu), que defende a Angelologia ismailita, conforme exposta por Henri Corbin, que unificaria as 3 tradições abraâmicas. E, para coroar tudo isso, Plesu/Pleshu acredita que a União Européia deve se integrar espiritualmente ao Maghreb, o Norte da África, reproduzindo as antigas invasões bárbaras!

E daí eu fico me perguntando: quem mais estará na lista de amigos de Plesu/Pleshu? E quem mais tem vínculos com a Romênia? Aliás, além das razões de um Van Helsing, por que cargas d'água um estrangeiro moraria na Romênia, hein!?

Está claro isso aí ou quer que eu desenhe?
http://perolasdanovadireita.blogspot.com.br/#09633647766895592