domingo, 29 de julho de 2018

OdeC é fraude


      Publicado no Facebook 1 de maio de 205.

      "
Olavo de Carvalho, que se apresenta como o 'filósofo da sinceridade, não passa de uma fraude. "No fundo, a sua 'filosofia',  aquela de verdade, que coincide com o homem Olavo, é esta: criar uma rede de confusões, de conselhos e orientações contraditórias e conflitantes, que acabe por render ao estado de subserviência e submissão a maioria daqueles seguidores sem retaguarda psicológica e intelectual. 

       Naquele mar de 'sabedoria', que encanta os neófitos e incautos, os peixinhos vão como carneirinhos para a boca do tubarão. Alguns escapam e conseguem ver de fora, tempos depois, como é que a arapuca funciona. 

       É bom dizer: outros, que têm estofo e sabem do que se trata, permanecem por covardia, falta de coragem de enfrentar a Besta, e por interesses mesquinhos de vender uns livrinhos ou cursos de qualquer coisa sublime."

       O busílis é que Olavo de carvalho repete sempre que a filosofia surgiu como 'filosofia moral'. A filosofia é o homem. Por isto, Olavo de Carvalho afirma que Marx é uma impostura. Pois, burguês, Marx escreve que só  a classe operária compreende, interpreta e muda a história  de forma verdadeira. O mais é ideologia, que é o mundo invertido visto pelos olhos do burguês. Ou seja, a teoria de Marx teria de refletir os interesses de sua classe - dos burguese, e nunca a do proletariado. 

      O mesmo ele diz sobre Foucault. Que denuncia o poder, e, sado-masoquista, extraía
 prazer do exercício do poder. 

Fazendo vista grossa para OdeC

Publicado no Facebook em 1 de maio de 2015

     "Ninguém foi mais poupado e bem tratado que Olavo de Carvalho durante todos estes anos. 

     Pelo respeito que lhe devotavam e pela credibilidade que lhe atribuíam, seus alunos e admiradores fizemos vista grossa aos seus destemperos verbais, grosseiros e dispensáveis;

    aos arroubos megalomaníacos de auto-valorização; 

    aos furos evidentes na (im)possibilidade de ter lido todos os livros e todos os autores por 'mais de 40 anos';

     nas incontáveis versões, informações e afirmações contraditórias sobre o mesmo assunto (levando-o a estar sempre certo sobre o que quer que fosse);

     ao modo ambíguo e escorregadio com que sempre tratou temas como a maçonaria, que, para um católico não tem meio-termo; 

     ao modo desrespeitoso e vulgar, blasfemo e inadmissível com que se referia à hierarquia da Igreja (sob o pretexto santarrão de defender a ortodoxia); 

      ao exagero mentiroso sobre os Estados Unidos serem um país maravilhosamente bom e solidário, e não uma gente poderosa que discute com o porrete na mão. 

      E por aí vai.."

Chorumelas olavianas *

*Publicado no Facebook em 18 de maio de 2015.

      "A gente tem de combater o que não presta, o que é deletério e nocivo. Fazer o quê? Eu, durante bom tempo, louvei e incensei as virtudes de Olavo de Carvalho. Devo ter contribuído para convencer pessoas a admirá-lo e segui-lo. Agora, eu tenho dever moral de combatê-lo, para minimizar danos. 

     Eu já confessei que a 'filosofia' de OdeC encantou-me a princípio propriamente porque eu sou tosca e analfabeta no assunto. Todo mundo que não manja nada de matéria filosófica acha aquela chorumela olaviana a suprema maravilha. Uns manés, como eu, ficam se achando quando dizem que fazem um 'curso de filosofia'.

    Depois, eu afastei-me dele, porque começou a cheirar mal aquele papo de que, para criticá-lo ou discutir com ele, era preciso ler 30 mil páginas e para nominá-lo o maior filósofo da humanidade bastava dar um like nos seus posts do Facebook. 

      Ah, sim: eu também compreendi o que era paralaxe cognitiva quando constatei que ele, que reivindicava o papel de restaurador da alta cultura, (ab)usava da linguagem de sarjeta e esgoto - pornografia é pouco - no trato de qualquer assunto e referindo-se a quem quer que fosse, de um Eli Vieira ao Vigário de Cristo na terra.   

      E mais: eu provei que o 'filósofo da sinceridade e da confisssão' mente o tempo todo. Na sua biografia, não há um dado ou data que se sustente. Um(a) nega o/a outro/a. Distração? Ma va... Ma-fé. 

      E mesmo a sua 'crítica cultural', que, a um tempo, era brilhante, original e bem escrita (falo do primeiro Imbecil Coletivo), virou um samba do crioulo doido  em que OdeC - como faz atualmente - passou a se contradizer e a dizer e se desdizer, ao mesmo tempo, simultaneamente, no momento mesmo em que escreve sobre qualquer assunto. 

      Eu desafio qualquer um a dizer o que raios é, por exemplo, 'comunismo' para Olavo de Carvalho. Ele, espertamente, formulou um conceito sobre 'mentalidade revolucionária', que é muito bonito quando expresso, mas que permite que ele, e qualquer um, enquadre tudo e qualquer coisa dentro do conceito.
       A propósito, uma sua (ex) aluna, brilhante e que também caiu fora, observou com propriedade: o que Olavo faz, e como faz, é exatamente isto: mentalidade revolucionária. Ele prepara o terreno para o seu senhor, que atende por O Coiso. Alguém duvida?

Aprender é (re)lembrar - Platão

Escrevi no Facebook  dia 1º de maio de 2015 21:01

      "Não há qualquer estranheza no fato de que muitos de nós nos derramamos em rapapés a Olavo de Carvalho, naqueles tempos que antecederam a recusa em continuar a ser seu admirador ou aluno. 

       A bem da verdade, alguma coisa boa aprendemos: Olavo diz sempre que não basta ser ex, é preciso ser anti. Por exemplo, não basta ser ex-comunista, é preciso ser anti-comunista. É dever moral, segundo OdeC, reparar o mal que fizemos, ao aliciar pessoas e fazer propaganda das virtudes de ser comunista. 

       Lição aprendida, é assim que eu faço diante da farsa intitulada Olavo de Carvalho. Denuncio e desmascaro. Se ele preferiu sacrificar a cultura que acumulou e seus talentos como professor para tornar-se um homem a caminho da degradação sem limites e sem medidas, acometido de vaidade atroz e descaradamente mentiroso, ele que arque com o resultado. 

      E ninguém se engane: Olavo é amoral, mas não é burro. O que ele está fazendo é empreitada seletiva. Os que ficarem a seu lado são os que lhe servem e de que ele precisa. Para onde ele vai, ele sabe quem é que ele leva.
 

PS: Bem pouco tempo antes de rejeitar radicalmente o marxismo e as idéias comunistas, eu vivia enaltecendo os feitos dos países socialistas e alçando às excelsas alturas homens da 'estirpe' de Fidel Castro. 

     Era uma atitude inconsciente de defesa, uma compensação pela insegurança de abandonar um terreno seguro, abrir mão de códigos e clichês que identificam (e te identificam perante) o grupo.

      Em relação a Olavo de Carvalho, foi igual. Elegias e elogios à mancheia, antes de tomar vergonha na cara e cair fora."