Façamos as contas: Olavo nasceu em 1947 (Dirceu em 1946 e Ruy em 1943). Se ele diz que morou com Ruy Falcão e José Dirceu, na Casa do Estudante, vinte anos antes da fundação do PT, em 1980, então, isto aconteceu em 1960.
"Morei com os srs. Rui Falcão e José Dirceu num apartamento da Casa do Estudante. (Que isso acontecesse duas décadas antes da fundação do PT parece não significar grande coisa para o sr. Pedroso."*
Em outra ocasião, Olavo de Carvalho, disse que ele foi do Partidão entre 1965/1966, quando tinha de 18 a 20 anos, por aí.
E aí?!
Claro, ele vai dizer que errou de novo. Ô, filósofo distraído.
*http://www.olavodecarvalho.org/avisos/091213-almas.html
Olavo de Carvalho (a área de comentário fala por si)
Momentos inesquecíveis:
Quando eu morava na Casa do Estudante do XI de Agosto, ali todo mundo era militante de esquerda, mas havia dois tipos: os revolucionários sérios, de vocação, que sonhavam com carreira política (como Rui Falcão), e os que eles chamavam de Lumpenproletários, a escória da revolução, os desclassificados como eu e o Rocco Buonfiglio, que só pensavam em revolução quando não estavam pensando em mulher, o que acontecia, digamos, uns trinta minutos por semana. Eu e esse simpático companheiro de farras freqüentávamos nas noites de sexta uma gafieira então muito famosa, o Som de Cristal, na Rua Rego Freitas. Não havia prostitutas naquele estabelecimento, cujo público feminino constituía-se eminentemente de empregadinhas domésticas em busca de compensações eróticas para a rotina deprimente da semana. Cada namoradinha que ali arrumávamos tinha sempre algumas amigas que, sabendo que íamos para um prédio de população exclusivamente masculina, logo se assanhavam e queriam ir junto. Essa era a nossa principal contribuição à causa revolucionária, como guias da massa feminina em direção à Casa do Estudante. Quando cruzávamos a Avenida São João, o pessoal nos via dos andares superiores e comentava:
-- Lá vêm o Rocco e o Olavo com a massinha deles.
As garotas permaneciam ali o fim de semana inteiro, passando de apartamento em apartamento até que na manhã de segunda-feira saíam tontinhas e felizes, de volta ao trabalho.
Quando eu morava na Casa do Estudante do XI de Agosto, ali todo mundo era militante de esquerda, mas havia dois tipos: os revolucionários sérios, de vocação, que sonhavam com carreira política (como Rui Falcão), e os que eles chamavam de Lumpenproletários, a escória da revolução, os desclassificados como eu e o Rocco Buonfiglio, que só pensavam em revolução quando não estavam pensando em mulher, o que acontecia, digamos, uns trinta minutos por semana. Eu e esse simpático companheiro de farras freqüentávamos nas noites de sexta uma gafieira então muito famosa, o Som de Cristal, na Rua Rego Freitas. Não havia prostitutas naquele estabelecimento, cujo público feminino constituía-se eminentemente de empregadinhas domésticas em busca de compensações eróticas para a rotina deprimente da semana. Cada namoradinha que ali arrumávamos tinha sempre algumas amigas que, sabendo que íamos para um prédio de população exclusivamente masculina, logo se assanhavam e queriam ir junto. Essa era a nossa principal contribuição à causa revolucionária, como guias da massa feminina em direção à Casa do Estudante. Quando cruzávamos a Avenida São João, o pessoal nos via dos andares superiores e comentava:
-- Lá vêm o Rocco e o Olavo com a massinha deles.
As garotas permaneciam ali o fim de semana inteiro, passando de apartamento em apartamento até que na manhã de segunda-feira saíam tontinhas e felizes, de volta ao trabalho.
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