domingo, 19 de setembro de 2010

Cara de pau

 Betinho confessa que a esquerda partiu para a luta armada sabendo que o povo brasileiro apoiava o Movimento de 64. "Era tudo expressão de um desejo, que custou caro. Porque houve prisões, tortura, desespero, crise pessoal e familiar no meio de tudo".
"Em cima de uma consciência anti-golpe e anti militar supostamente existente na sociedade brasileira, a gente daria uns tiros".
 A confissão na boca do criminoso. 
A mal-sucedida guerrilha de Brizola teve um financiador (Fidel Castro) e um pombo-correio: Herbert de Souza, Betinho, o primeiro a ir a Cuba, em 64, logo depois do golpe:
"Tínhamos, no Uruguai, um "Comando da Revolução". Fui a Cuba tratar do treinamento de brasileiros e também do apoio financeiro ao movimento. Cuba nos vendeu, e nós compramos,  uma estratégia de guerrilha."
‎"Em 64, o golpe foi dado com ampla cobertura da mídia e da opinião pública". "Os golpistas eram tímidos. Eram quase institucionais (sem arma, tiro e morte, como em 30)". "Eles iam fazer uma marcha. Tanto é que o golpe acabou tendo uma versão parlamentar". "Digo: errado era fazer guerrilha. (O que) não conseguia levantar apoios nacionais - e dependia fundamentalmente de apoio externo - começava mal".

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